01 - Reencontrando alguém

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Preciso de ficha técnica? Tá, não precisa insistir, sei que ficou curioso para saber quem sou. Meu nome é Emma Swan, mas nessa cidade todos me chamam delicadamente de "Rapunzel Prostituta". Sim, eu sei, horrível não é? Só para saber não faço o que faço pelo dinheiro e sim pelo prazer. Eles me pagam por que querem e consigo me sustentar com esse dinheiro, apesar de ser uma ótima perita nas horas vagas. Tenho 24 anos e essa vida de... Bom, você já sabe, começou desde que eu tinha uns 13 anos? É, acho que sim. Mas espere, ainda terei muito tempo para lhe explicar sobre tuuudo isso, agora de volta para a realidade... Cá estou eu, esperando o sujeito que mandou uma mensagem com as seguintes palavras:

"Sua casa, 19 horas. Até lá, Daniel."

Entendi Daniel, você quer transar comigo, mas vejamos, você está atrasado 15 minutos e odeio atrasos, então espero que me satisfaça na cama, já que está me fazendo perder um tempo precioso.

Acho que você já entendeu, certo? Eu gosto de sexo, muito. Esse é simplesmente o prazer da minha vida. Eu pensava que era ser perita, uma profissão que sempre sonhei, mas descobri que não era quando transei pela primeira vez no banheiro da minha antiga escola com um menino do terceiro ano.

Eu ainda estava no oitavo, mas sempre passei por mais velha por conta do meu corpo "evoluído" e ele vivia olhando para mim. Antes eu só dava umas olhadas também, uns selinhos no escuro e no máximo ele passava a mão no meu peito ou na minha perna, mas nada além. Minha desculpa era "ainda não menstruei e tenho medo de dar merda" e sempre funcionava, até que eu(finalmente!) menstruei e ai não tinha mais desculpa e nem por que não fazer. Então eu fiz. Foi fantástico, sério. Melhor sensação da minha vida. Não quero entrar em detalhes ainda sobre minha primeira vez, até porque a campainha acabou de tocar e tenho que descer toda essa escadaria, então mais tarde eu conto, pode ser?

✳✳✳

Daniel estava meio suado, apesar das roupas frescas e da brisa forte de verão. Seus braços fortes me deixaram sem ar por alguns segundos e pude ver sua covinha ao sorrir. Ele era lindo. Abri passagem para ele, que entrou na mesma hora. Fechei a porta atrás de nós e fomos subindo para o meu quarto, ou como alguns diziam por ai, a "Torre Mágica".

– Por aqui. - falei, mostrando o caminho de forma delicada. - Vamos subir as escadas.

– Eu conheço sua casa, Emma. - ele era a primeira pessoa, desde que criaram esse apelido delicado, a me chamar pelo meu verdadeiro nome. - Também morei no orfanato.

Droga, odiava quando lembravam da merda da minha infância. Mas, ele fazia parte dela e eu sabia disso. Só precisava aceitar esse fato.

– Você está muito bonita. - ele disse, me analisando enquanto subíamos as escadas. - Como conseguiu ficar com a propriedade? - perguntou Daniel. "Ninguém me quis, ninguém me quis...", era o que vinha ao meu pensamento, mas não foi o que eu disse.

– Ah, depois da morte da Irmã e toda aquela burocracia, viram que eu era a única possível dona desse lugar. - doía falar aquilo - Então passou tudo pro meu nome e é meu, nem pagar eu pago, já que era um orfanato, ainda está como um lugar público e de certo modo ainda é né... - falei, sorrindo para ele, que rebateu o sorriso.

– Ai Emma, só você mesmo. - ele fez cócegas em mim. - Desculpe o atraso. - finalmente o senhor atrasadinho se redimiu, ponto pra ele. Daniel tirou a camiseta branca e jogou-a em um canto do quarto, enquanto me olhava de rabo de olho. Depois começou a tirar a calça e perguntou se eu tinha camisinha, pois com a pressa ele acabara esquecendo.

– Só saio para comprar isso, Dan. - falei, mostrando a intimidade de nossa infância. Ele sorriu. Abri a gaveta do criado-mudo perto da minha cama e joguei uma para ele. Sentei-me na cama e esperei ele tirar toda a roupa, até ficar apenas de cueca e já protegido.

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