Only Wolf 2 - Reviver ( Obra sendo reescrita)

Capítulo Dois

(...)

— Emma, por favor... de quem é a Liz filha?

(O celular interrompe com seu toque urgente)

— Alô, Bryan?! Não é uma boa hora.

— Olivia, Rayn está aqui, rondando. Vi ele logo após deixar a Liz na creche. — A voz de Bryan tremia, ofegante.

— Rayn?! Mas... como ele...

Meu olhar se voltou para Emma, cuja expressão turva sugeria mais do que desconforto. Rapidamente, instruí Bryan e Lucas a pegar Liz e levá-la para um lugar seguro.

(Desligo o celular com uma mão trêmula)

— Emma?!

— Olivia, depois que você deixou Rayn para ficar com Rebeca, ele enlouqueceu. Mudou-se para Nova York, mas continuou obcecado por você. Ele manipulou Rebeca a se envolver com ele depois que alguém lhe contou sobre Alice Ficcher estar na sua casa durante sua ausência. Olivia, Liz é filha deles.

— Como ela descobriu isso? — perguntei, a ansiedade apertando minha garganta.

— Não sei... tem mais alguém envolvido. Alguém muito próximo de você.

Emma, com lágrimas transbordando, segurou minha mão com força:

— Ela te amava, Olivia! Do jeito dela, ácido e rústico, mas amava. Rebeca se casou com Dave só para te proteger, para fazer Rayn pensar que ela tinha desistido de você.

— Ela se sacrificou por mim...

Uma única lágrima escorreu, cortando a tensão como uma confissão silenciosa.

Depois de alguns minutos angustiantes, Emma se despediu, tremendo ao caminhar para o carro que a levaria para a casa de seus pais. Megan se aproximou, o rosto carregado de sombras:

— O que aconteceu?

Contei tudo, e ela me pressionou para que me afastasse de Alice, como se soubesse de algum perigo iminente. Após o almoço, inquieto, dirigi até o apartamento de Lucas e Bryan para desabafar. A culpa que sempre atribuí a Rebeca pelo fim tumultuado do nosso relacionamento agora parecia injusta; talvez 60% fosse minha. Eu a coloquei em terrível perigo. Sabendo do temperamento quase psicopático de Rayn, meu medo pela segurança da minha família só crescia.

Ao revelar tudo a meu irmão, Bryan sugeriu uma medida drástica:

— Devíamos envolver nosso pai. Ele poderia proteger a Liz, colocar guarda-costas...

— Papai ainda não conheceu a Liz. Não sei como ele reagiria.

— Olivia, ele apoiava seu relacionamento com Rebeca. Ele entenderá. — A convicção de Bryan era uma pequena luz na escuridão.

— Temos outra opção?

— Já pensou em mudar de cidade? — Lucas propôs, a preocupação marcando cada palavra.

— Seria uma saída, mas acabei de abrir um negócio aqui em Miami. Seria devastador ir embora agora, depois de tanto investimento.

— E se você deixasse Liz com Emma? Afinal, ela é tia, tem direito à guarda. — Bryan ponderou, seu olhar desviando para o chá que esfriava lentamente.

— Não posso me separar da Liz... não sei o que fazer, Bryan. — Minha voz falhou, sufocada pela incerteza.

— Às vezes, separar-se de quem amamos, mesmo que temporariamente, é o único jeito de garantir a segurança dessa pessoa. Um dia, Liz entenderá sua decisão, Olivia. — Lucas me confortou, segurando a mão de Bryan.

Era irônico, pensar que Rebeca havia feito o mesmo por mim. Deixar Liz com Emma enquanto essa tempestade não passasse era a decisão mais sensata. Nunca me perdoaria se Rayn tocasse um fio de cabelo dela, especialmente considerando que Rebeca morreu tentando me proteger. Não seria justo com ela, nem com nossa filha.

Levantei-me, arrastando meus pés até o berço onde Liz dormia tranquilamente, alheia ao caos ao seu redor.

— Como eu te amo, pequena — sussurrei, uma promessa e um adeus temporário misturados na quietude tensa do ambiente.