A Princesa Flora(Esta Em Revisão)

O Começo

Depois de tanto tempo os pesadelos voltaram e eu não conseguia dormir tranquila. Esta noite acabei acordando mamãe. Ela estava tentando me acalmar, passando as mãos nos meus cabelos que, por sinal, eram iguais ao seus pretos. Minha mãe era muito bonita, com seus olhos azuis, sua pele clara, mas não tanto, e sua figura esguia: deveria ter um metro e setenta de altura.

Fiquei pensando se aos trinta e sete anos seria tão bonita quanto ela.

-Filha, no que está pensando?minha mãe me perguntou

- Nada demais... Só estava imaginado se eu serei bonita como você, quando tiver sua idade.

- Claro filha, você é linda. Sei que só completará dezoito anos no ano que vem, mas, com certeza, será linda até com cem anos.

É, pensando bem eu parecia um pouco com minha mãe. Tenho o rosto oval como o seu, olhos castanhos e cabelos pretos ondulados, minha pele é um tom de morena clara, meu nariz é pequeno e proporcional.

- Flora, Flora - disse mamãe me chamando.

- Sim, mãe

-Tenho que contar uma coisa pra você, já que está cada vez mais perto de completar dezoito anos

- O que mãe? perguntei interessada na mudança de tom dela

-Lembra que eu te falei que seu pai tinha ido morar em outro lugar? - questionou e eu fiz que sim com a cabeça - Bem esse lugar fica em outra dimensão... Em um mundo mágico, onde todos são humanos, só que todos também são mágicos. Seu pai é o rei de lá.

- O quê? Isso só pode ser brincadeira - disse rindo.

- Não é brincadeira filha - para meu espanto ela continuava séria - Você também pode fazer magia.

- Se é verdade essa loucura, por que eu nunca fiz?

-É porque, mesmo você possuindo a magia, precisa aprender a usá-la. Precisa ter aulas com um professor.

- É onde vamos arrumar um? - eu zombei, porque ainda estava esperando que ela dissesse que tudo aquilo era uma brincadeira.

- Nós iremos morar com seu pai no próximo ano, porém, ele já mandou um professor para que possa ir aprendendo sobre magia. Agora trate de dormir, ficarei aqui até que isso aconteça.

- Com toda essa coisa sobre magia, não sei se conseguirei - brinquei, embora estivesse falando sério.

- Vai sim, basta fechar os olhos e esvaziar sua mente, sentindo apenas o toque da minha mão em seus cabelos - respondeu, alisando meus cabelos - Acha que consegue?

- Sim - concordei, porque estava muito bom e estar ao lado dela me deixava segura. Acreditava que o pesadelo não ousaria se repetir, se ela permanecesse lá.

De forma surpreendente, dormi e não tive mais pesadelos. Quando acordei, minha mãe veio me ver.

- Estava com muito sono, acho. Porque me lembro de uma conversa estranha sobre magia - disse bem-humorada.

- Não foi sonho. Nós tivemos aquela conversa.

Sentei-me na cama, ainda sem querer acreditar.

- Estávamos falando sobre um professor. E ele já chegou - minha mãe continuou.

- E onde ele está, então? - perguntei ainda desconfiada.

- Ele está no quarto de hóspedes. Se arrume, pois o quanto antes, conhecê-lo, melhor. Pedi que viesse conversar conosco aqui em seu quarto.

Ainda achando aquilo tudo estranho, fiz o que foi pedido, levantando-me, trocando de roupa, escovando os dentes rapidamente e prendendo os cabelos de qualquer maneira. Minha mãe começou a me falar um pouco mais sobre o tal professor, porém, não teve tempo de dizer muita coisa, pois escutamos uma batida na porta.

- Entre - disse mamãe.

-Com licença, sra. Clara - disse ele entrando -Bom dia.

-Bom dia Albert - disse mamãe e se virando para mim - Filha este será seu professor.

- Olá - cumprimentei-o tímida.

- Olá meu nome é Albert - ele estendeu a mão

- Oh, desculpe o meu nome é Flora

- Prazer em conhecer lá Flora

- O prazer é meu, Albert

- Você se importaria de começar a aula hoje?

- Não, só tenho que me ajeitar, tudo bem?

- Sim, eu te espero lá no jardim

- Está bem

- Bom filha, agora que já se conheceram, eu preciso me arrumar para ir ao trabalho. Seu café da manhã já está na mesa.

- Tá certo mãe

-Tchau sra. Clara - disse Albert

-Tchau, Albert. Mas não precisa do sra. Basta me chamar de Clara, está bom?

- Está bem, Clara.