Victória acordou com o som dos pássaros em sua janela e totalmente indisposta para sair da cama. Odiava quando Nena tinha razão, felizmente a mulher não estava no quarto para vê-la naquele estado, iria matá-la se descobrisse. A ideia a fez sorrir. Levantou e se arrumou fazendo o máximo de esforço possível para que a empregada não percebesse ao ajudá-la ou contaria a Nena.
– E o Conde ? – Perguntou ao chegar na mesa e não encontrá-lo sem saber se era bom ou ruim
– Saiu bem cedo senhora.
Assentiu encarando a mesa sem apetite.
– Pode mandar tirar – disse ao pegar apenas uma maça.
Se obrigaria a comê-la para não ouvir mais reclamações de Nena que outra vez não havia sinal da mulher que assim como o conde estava feliz por não encontrá-la.
Chegou na sala bem a tempo de encontrar Phillip entrando.
– Sra. – a saudou e ela revirou os olhos.
– A que devo a honra de sua presença? Ah não, espere, trabalho certo? – Ele sorriu e ela deu outra mordida na maça satisfeita – Veio buscar algo?
– Preciso conversar com Alex.
Ela arqueou as sobrancelhas – Não está no escritório?
– Não... – olhou frustrado para os papeis em sua mão.
– Bem, se ele não está trabalhando pode chegar a qualquer momento, por que não faz companhia para mim enquanto espera?
– Entediada? – perguntou brincalhão e ela maneou a cabeça – O que quer fazer?
Sorriu contente e teve uma brilhante ideia.
– Poderia me ensina a montar – sugeriu e ele gargalhou
– Ainda não aprendeu?
Ela ficou séria pela graça
– Me espere no estábulo!
– Como quiser – fez uma reverência exagerada – Milady.
Ela subiu com toda a pompa de uma condessa mas sorrindo por dentro, infelizmente percebeu que apenas a subida a cansou consideravelmente. No entanto era a primeira vez que teria um tempo com Phillip e aprenderia a montar em um cavalo, não deixaria a indisposição lhe atrapalhar.
Quando se dirigiu ao estábulo encontrou não só Phillip mas também sr Clayton fazendo um cavalo malhado andar em círculos pelo aras.
– É lindo – disse ao se apoiar na cerca ao lado de Phillip.
– Ela – corrigiu se afastando e puxando as mangas da camisa até o cotovelo – Vamos?
Deu passagem a ela no mesmo instante que Clayton fez a égua parar.
– Que bom que decidiu dar uma chance a eles senhora.
– Vou tentar.
Phillip foi até ela e acariciou a crina – Chegue mais perto
Ela encarou ambos relutante mas se aproximou
– Como se chama?
– Cristal.
– Oi Cristal. Seja boazinha comigo sim?!
– Vai ser
– Como pode ter tanta certeza? – perguntou incrédula
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O amor vem devagar
AléatoireEra comum encontrar entre a alta sociedade da época, casais que estavam juntos por conveniência, necessidade financeira, poder ou exibição. Casar-se por amor era um privilégio para poucos. E para Victória, um sonho a ser alcançado. Como toda românti...