Os quatro cantos da casa

Amor limitado

Eu poderia jogar tudo na sua cara. Poderia dizer o quanto foi perca de tempo está ao seu lado durante tantos anos. Poderia dizer as coisas que abri mão, porque não te faziam se sentir bem. Poderia jogar nessa sua cara o quanto dói ao lembrar o turbilhão de coisas que ficaram para atrás quando decidi caminhar com você. Mas não. Não vou fazer isso. Deixa que o tempo vai te mostrar o quão tolo você foi, a consciência pesada vai ser o primeiro golpe quando o arrependimento bater a porta.

Mesmo você me ferindo bastante, ainda assim eu continuo te amando. Porque eu não amo suas qualidades nem seus defeitos, suas falhas e muito menos o seus acertos. Eu amo essa pessoa tola que você é, que tagarela mais que tudo nesse mundo, que volta e meia está expondo uma nova personalidade diferente, que quando menos se espera faz birra e fica com raiva. É essa pessoa resumida que eu amo e não as expectativas projetadas por mim que te tornavam perfeito.

Eu bem que poderia não te amar pelas mil e uma razões que tenho, mas não sou eu mesma quem controla meus sentimentos. Por isso que estou rendida a essa vida limitada que você me propõe, a esse resumo de vida que tenho quando estou com você.

O amor é essa obsessão maluca que nos possui e nos torna dependente das pessoas. E ele me tornou dependente á você. Só que foi até ontem, porque hoje sou forte o suficiente para te ver saindo por aquela porta. Eu sei que vai doer quando a saudade apertar, quando a nossa música tocar, quando você me procurar. Mas posso dizer que estou vacinada contra você. Ganhei ati-corpos que me mantém forte diente da tua presença.

Peço que partas sem despedidas, peço que pela mesma porta que te fez entrar te faça sair. Não quero que me procures, não. Se lembrar de mim e sentir saudades não quero que tente me ligar, faça outra coisa que não me envolva. Por favo não torne as coisas mais difíceis do que estão, faça de conta que isso tudo foi apenas um sonho. Não acordes pensando em mim.