Capitulo 1: 1.Apenas um Casal

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"Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."
- Fernando Pessoa

Jharshan Já estava deitado quando a Srtª Araújo chegava do Children's Hospital New Orleans, ser médica e gerente tem muitas responsabilidades e muito trabalho por esse motivo muitas vezes chegava tarde de seu serviço.
Children's Hospital se localiza no distrito da universidade de Uptown New Orleans. Por ser um hospital que originalmente foi feito para o tratamento de crianças com problemas físicos, além de ter muita técnica no que faz, também tem muita paciência.
Morando em um apartamento perto de seu serviço em comparação ao de Jharshan, com a noite fresca e o vento batendo em seu rosto pela janela aberta de seu quarto, ela da um aceno a Jharshan que corresponde com um beijo mandado aos ares, logo depois ela escolhe suas roupas e vai ao banho, aliviar de todo seu dia, cada gota do chuveiro, era como uma massagem, uma recompensa de seu dia cansativo, e em alguns momentos monótonos em seu dia, depois de muito cantarolar no chuveiro, foi a cozinha, pelo cansaço pegou algumas guloseimas com uma certa preguiça de pedir ou fazer alguma comida, olhou ao relógio e os ponteiros mostrava que era hora de descansar e se preparar pra mais um dia, já mostrava 9 horas da noite. Foi a cama e deitou-se ao lado de seu marido, e naquele momento teve um déjà vu, se lembrou da primeira noite ao lado dele, e se lembrou que dali alguns meses faria um ano de casados e três anos de união. Também não esquecia do primeiro abraço, depois de um dia cansativo na faculdade lá em Ashreveport , ela só queria dormir, estava chegando perto de onde morava, quando seu marido, que naquele tempo era apenas um garoto de 19 anos, ele com uma flor na mão e um cesto cheio delas na outra mão, entrega a flor e diz que ela era mais especial do que imaginava, deu um abraço e continuo distribuindo rosas e palavras de alegria a todos a sua frente naquela calçada junto com um amigo ou melhor Kheleb, naquele abraço suas energias se renovaram, foi como estivesse acabado de acordar de um sonho. E com esses pensamentos Meire descansou depois de um dia de certo modo extenso, e descansou em sonhos e em um sono leve.
Acorda com um pequeno grito, assustando jey, (Meire chamava jharshan de jey, porque se pronúncia jhershan), que alisava seu rosto:
- Calma, sou eu... sonhos?
-Sim, sonhei com um cara todo de preto passando a faca sobre meu rosto...- Meire lhe disse já se levantando e sentando na cama com o rosto envergonhado fixado para baixo.
-Não tem ninguém aqui além de nós Senhora Araújo - Diz seu marido suavemente transmitindo tranquilidade a ela,e com apenas um dedo ergue seu queixo para que ele possa ver seus olhos. - vamos fazer um ano e você ainda tem vergonha?, vamos levantar já fiz café.
Ainda sim ficou sentada, ele a puxou pelo braço, fazendo a levantar, com as mãos dadas ele a arrastou para a copa que ficava ao lado da cozinha, como se fosse um comodo apenas, divido apenas por um balcão. Lá na copa havia uma mesa, imensa cheia de alimentos, feito para o café da manhã dela. Depois de terem sentados e já se servir com algo, ele conta o porque não falou com ela na outra noite, pelo motivo que queria apenas que ela esfriasse a cabeça e descansasse, ela fala como foi o seu dia anterior e como estão alguns pacientes já conhecido por eles, sendo a maioria crianças com problemas físicos.
Ela se vestiu para seu último dia de serviço naquele mês, era uma sexta-feira novembro e a próxima semana seria ‎"Day of Thanksgiving" (dia de ações de graça) e na semana de ações de graças diminuiria 70% dos serviços do hospital. Terminando a maquiagem foi até a porta aonde jey esperava por ela, para irem ate a garagem juntos, desceram já despedindo e dando bom dia, cada um pegou seu carro, jey foi a empresa. Herdada pelo pai e a parte da sua irmã foi comprada com um pequeno empréstimo que ele fez, e já foi pago, e Meire fez sua trilha diária para o Hospital no distrito da universidade de Uptown.
Todos talvez imaginam que Jharshan é um homem sério, chato e talvez até histérico, mas não era isso, era o contrário, bem humorado, ele coordenava uma empresa de prestadora de serviços, aonde havia trabalhadores para todas áreas, e isso que muitas vezes era complicado, ele com seus olho castanhos claros, e seu cabelo louro médio sempre olhava aos céus, talvez achando que alguns problemas só Deus resolveria. Quando se tratava apenas de construção, na época do pai, era tão simples coordenar, apenas achar a obra e mandar alguns empregados, mas antes do pai morrer, ele havia um sonho, era aumentar sua área para cinematográfica, fotografia, moda, entre outros, essa prestadora de serviços era falada até no exterior.
Sua empresa faria um jantar, paralisando todos serviços, para homenagear seu pai, mas enquanto não era noite, os serviços continuavam. A hora corria e a cada hora mais problemas havia para ser resolvido, até que ouviu conversas no corredor ao lado de sua janela, era alguns de seus empregados indo para o almoço, todo funcionário usava o carro da empresa monitorado 24 horas via satélite, e nos horários de chegada, de saída e de almoço, teriam que passar o cartão ou ligar justificando a ausência de passar o ponto, e esses funcionários chegando para passar o ponto faz com que ele pare para ver a hora, e já estava na hora do almoço e começar o preparativo da noite, sua mulher sairia mais cedo então ela também viria a homenagem de tão conhecido José Araújo, pai de Jey, fez sua empresa aos 2 anos de Jey, no meio de muitos desastres, e da queda da economia em 1996, vindo de uma familia mais que humilde, ele valorizava o que tinha, sem menosprezar qualquer um.

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