Fifth Harmony & Eu em NY.

What happened in the elevator

Pouco mais de 6 da manhã e lá estava eu, no aeroporto JFK de Nova York depois de 8 horas de viagem. Eu mal consegui dormir no avião já que pro meu azar eu fui cercada por bebês que revezavam a hora do choro; um bem na minha frente e o outro que pelo volume do choro devia estar à umas três poltronas atrás de mim. Mas é de lei ter bebês chorando em aviões, então eu tive que me conformar e tentei ler um livro.

Mas ah, aquelas horas lendo de mau jeito me renderam uma dor que ia do meio das costas até a nuca. Eu não ia começar minha semana aqui ficando na cama por causa de uma dor na coluna. Achei uma daquelas poltronas massageadoras e inseri 5 dólares pra 5 minutos de massagem. Terminado o tempo eu estava quase como antes, disposta, e era o que eu queria.

Sai do aeroporto lotado e fui atrás de um táxi já sentindo a diferença do tempo, é inverno no Brasil, enquanto aqui é verão. Entrei no primeiro táxi vazio que vi e dei o endereço do hotel que eu havia reservado pela internet há semanas.

Era um hotel 4 estrelas bem localizado. Fiz o check-in sem problemas e fui pra minha suíte. O quarto era branco, cama king side arrumada de branco e prata. No banheiro uma banheira meio oval, um grande espelho e uma pia de mármore cheia de cosméticos e sabonetes que eu iria usar depois que eu voltasse do meu breve passeio. Voltei pro quarto, abri a porta de vidro e fui pra varanda. Suspirei com a vista do 7° andar, eu pude ver as pessoas correndo, os táxis colorindo a avenida de amarelo,os outdoors e telões, tudo que eu imaginei e um pouco mais. É, eu estava vivendo o meu sonho, eu queria compartilhar com o mundo, mas redes sociais não mais até eu voltar de viagem, agora eu vou curtir. Deitei pra cochilar um pouco e acabei dormindo até as 9h.

Me arrumei e saí da minha suíte vestindo uma camiseta preta, um short macacão jeans azul marinho, meu all star preto cano alto, meu óculos aviador e uma bolsa média bege atravessada.
Entrei no elevador e logo do corredor uma garota negra de cabelo com as pontas azuis me pediu pra segurar a porta; ela tinha a barriga chapada com um piercing me chamando atenção, que inveja senhor. Em seguida entra uma loira baixinha com um short curtinho, tava calor mas eu não precisava ver aquelas pernas perfeitamente bronzeadas, principalmente em público. Eu solto a porta e elas seguram.

"Só mais pouquinho, as outras estão vindo" disse a baixinha como se eu soubesse quem eram as outras que estavam vindo.

Uma latina com um laço no cabelo foi a próxima a entrar. Meu Deus, o que que é isso? Corpo magro com uma bunda de outro mundo. Eu preciso descobrir qual academia que ela freqüenta. Depois foi a vez de uma loira alta entrar com a cara de sono olhando o celular. Ela tinha um corpão. A analisei por um segundo e me convenci de que ela devia ser parente da Beyoncé, se eu tivesse coragem eu a perguntava.

"Até que enfim, dorminhoca. Eu quase deixo você e a Mila pra trás". Disse a garota de cabelo colorido. "A Lauren foi buscar vocês e resolveu ficar, foi?"

"Bom dia pra vocês também" disse a mais alta "Lauren sismou com o cabelo e só vai sair da frente do espelho quando a juba tiver controlada".

"Lauren, caramba, eu tô com fome. Se apressa ou a gente vai sem você". disse a garota do laço.

A próxima visão que eu tive foi de uma branquela vestida toda de preto, mas só o que eu reparei mesmo foi a postura confiante e os olhos verdes. Ela vinha em câmera lenta com os seus cabelos ao vento - pelo menos era o que parecia. Resolvi parar de encará-lá, essa gente muito bonita são sempre prepotente, e se você der moral aí é que elas pisam em cima mesmo.

O grupo enfim estava todo reunido atrás de mim e eu pude finalmente apertar o botão pro térreo. Em segundos estávamos no 5° andar e foi lá que o elevador empacou. A baixinha tirou o celular e chamou o gerente, este disse que só conseguiríamos sair em uma hora. Todas sentamos encarando ora o relógio, ora as unhas, coçando o pescoço, cruzando os braços.