Quatre

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Ao passar para próxima página, notou algo incomum: nada de sumário, dedicatória e outros itens que normalmente um livro têm. Mesmo assim continuou.
Já no primeiro parágrafo, uma confusão. Várias palavras embaralhadas, como se estivessem cada uma escrita em pedaços de papel dentro de um pote de vidro e tivesse um pequeno tornado fazendo todos se misturarem! Como jovens dançarinas de ballet, elas dançavam em sua mente.
Olhando para sua cerveja, franzia a testa, piscou algumas vezes.
- É Você não é mesmo? Você que está me fazendo ver estas palavras miúdas saltarem dos meus olhos! - Falou, sozinho em sua casa, apontando para a cerveja!
Resolveu então parar de beber, pois, o álcool já estaria fazendo efeitos! Mas não estava.
Elas realmente estavam embaralhadas mesmo. Pensando consigo mesmo, já certo de que a cerveja não estava-o deixando fora de si, que este livro deveria ser algo do tipo de um desafio, todo muito secreto, cheio das suas surpresas. Deveria estar guardado à séculos, pensou. Sendo assim, por isso que nunca abriram ele.
Com muito trabalho, conseguiu ler as palavras e montar uma frase que fez mais sentido, que dizia: Prepare-se para uma viagem, caneta em mãos e vamos, a felicidade nos espera! Achou que algo estava errado e decidiu verificar outra vez, e mesmo assim nada mudou, era isso mesmo que estava escrito. Pois bem, com a caneta em mãos, deu mais um passo na leitura virando a página seguinte.
Nesta página, um novo paragrafo, que havia apenas um singelo, "Oi"!
Já um pouco atordoado pelo álcool, rindo de tudo, pegou a caneta e começou a escrever: Olá! Respondendo assim o cumprimento.
E dai por diante várias frases, questionamentos, como se fosse um diálogo.
- Quem é você ? Me fale de você. -- O "livro" perguntou!

Quem é você?Onde histórias criam vida. Descubra agora