Pernico Moments

A New Start

Percy:

A guerra já havia acabado há semanas porém nós, que fazíamos parte da profecia, não parávamos de ter sonhos sobre os gigantes e para piorar as coisas, nossos sonhos eram todos iguais: todos os gigantes que derrotamos estavam caminhando em direção às Portas da Morte e parecia que sabiam o caminho decorado em suas mentes. Eles andavam e andavam pela mesma trilha, um gigante atrás do outro e, a cada dia, eles já haviam avançado um pouco mais mesmo com os pesadelos do Tártaro.

Quando a batalha acabou, fomos muito bem recebidos e apreciados, todos nos parabenizavam pelo grande trabalho que fomos encarregados de fazer: derrotar Gaia e impedir que o mundo virasse uma prisão para tudo e todos e assim concluímos nossa tarefa, mesmo que um tenha tido que se sacrificar para o bem dos meios-sangues, deuses do olimpo e mortais. Sem Leo, o clima estava meio tenso entre todos; ninguém sequer teve a coragem de pronunciar seu nome, porém sabíamos que no fundo de nossos corações Leo estava lá, rindo e contando suas piadas que mesmo sendo idiotas faziam falta. Leo não foi o único a morrer, Nico Di Angelo também quase se juntou ao nosso querido amigo por viajar muito nas sombras, ele só não se foi pois sendo filho do deus da morte, Hades, ele tem alguns privilégios no mundo dos mortos. Quando todos fomos visitá-los ele pediu para que todos saíssem menos Jason. Pude ouvir, pelo pouco que presenciei, Nico dizendo a Jason para que não espalhasse para ninguém pois era tudo uma ilusão que Eros pôs em sua mente. Não entendi de primeira, contudo isso também não é novidade.

Passadas algumas semanas, todos já voltavam a programação normal do Acampamento: os treinamentos, jogos, etc. Ainda estávamos de luto por Leo, principalmente Piper, ela não falava mais tanto como antes e na maioria das vezes se encontrava trancada em seu quarto. Annabeth me escreveu um bilhete para encontrá-la na área dos chalés ao amanhecer para conversarmos. Contei à ela sobre o acampamento Júpiter, sobre a vida que poderíamos ter lá e, por incrível que pareça, Annabeth ficou mais empolgada que eu. Estávamos começando a elevar o tom de voz pela ansiedade quando Nico nos interrompe:

-Então, como vamos passar pelo menos um ano nos esbarrando aqui no acampamento, acho melhor esclarecer umas coisas.

-Como assim?-digo mais confuso do que nunca

-Por muito tempo eu fui a fim de você. Só queria que você soubesse..

Olhei para Nico e Annabeth como se quisesse processar o que eu havia acabado de ouvir.

-É- continuou-Você é uma pessoa sensacional. Mas eu superei isso. Estou feliz por vocês. Você é bonito, mas não faz meu tipo.

Minha cabeça borbulhava de perguntas sem conseguir produzir a resposta de apenas uma. Nico gostava de mim. Não faço seu tipo. Sou sensacional.

-Não entendi o porquê de eu não fazer o tipo dele-disse para Annabeth e logo em seguida corei- Quer dizer, não que eu gostaria mas....

-Cale a boca, cabeça de alga- disse em um tom sarcástico- Não consigo entender como você é tão lerdo!

Demos uma volta pelos campos de morango, tomamos nosso café e fomos para as atividades empolgantes do acampamento. Era bom que tudo estava voltando ao normal.