Capítulo Um

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Jennifer estava se preparando para ir até a sala de Química, mas no meio do caminho uma mão tapou seus olhos e a arrastou até o banheiro masculino. Uma mão bastante conhecida. E depois que essa mão a virou, fazendo com que ela ficasse de frente para o dono dela, ela sentiu seus lábios sendo pressionados a outros.

—Derek! – riu, largando os cadernos no chão e o abraçando pelo pescoço enquanto admirava os olhos azuis dele. – Você deveria estar na aula de Educação Física agora!

— Já decorou o meu horário? – ele perguntou, prensando seu corpo ainda mais no dela.

— Não. Mas eu dei uma olhadinha no de hoje. – riu, beijando o queixo do namorado.

— Já se decidiu sobre as férias? – ele perguntou, colocando o cabelo dela atrás dos ombros.

— Não, amor. E eu tenho plena certeza que meu pai não vai deixar, minha mãe está indecisa, então...

— Seus pais me amam. É claro que eles vão deixar. – Derek sorriu, mordendo a ponta do nariz de Jenn. – E eu posso ir lá conversar com eles, se você quiser.

— Não precisa. Já é muito eu passar as férias de inverno com vocês, não quero abusar ainda mais. – ela riu, negando com a cabeça.

— Você sabe que não está sendo abusiva. O que há de errado em querer minha namorada comigo durante três semanas? – ele perguntou, erguendo mais o rosto dela para que seus olhares se alinhassem. – Não é só por isso que você está assim. – constatou, vendo que ela não conseguia manter o olhar com o dele.

Ela estava inquieta desde que tocou no assunto "viagem", e só agora ele havia percebido.

— É que... Seu pai, eu não sei...

— É por causa do meu pai? – arqueou as sobrancelhas, incrédulo.

— Eu ainda não o conheço, Der. E faz um tempinho que nós dois estamos juntos... E são três semanas! Não quero viajar com vocês e conhecer ele somente na hora do embarque.

— Por que você não esquece o meu pai e pensa em nós dois, no hemisfério sul, e enquanto Londres congela, nós estaremos numa praia com mais de trinta e quatro graus. Pensa só nisso. – ele roubou-lhe um selinho, implorando.

— Não, Derek! O seu pai pode não gostar de mim. E nossas férias de inverno começam na próxima semana! Eu ainda não planejei nada. – ela mexeu, inquieta, no cabelo.

— O meu pai não tem nada a ver com a minha vida!

— Esse é outro motivo! Você e seu pai não se dão bem, e eu não quero ser uma intrusa e ainda por cima ficar olhando os dois brigarem. – ela suspirou, entrelaçando os dedos aos dele.

— Amor! Por favor, eu não quero passar três semanas numa praia perto dele, sem pelo menos você por perto. Eu prometo que vou tentar não brigar muito com ele, e... Você pode conhecer ele antes! – arqueou as sobrancelhas, como alguém que alcança uma solução para o seu problema.

— Como?

— Hoje à noite. Você vai jantar na minha casa.

— O quê? – arregalou os olhos. – Der, não! É muito em cima da hora, e eu não quero dar trabalho, e...

— Você nunca dá trabalho, entendeu? – segurou o rosto dela pelas bochechas. – E eu te amo. Meu pai, com certeza, vai te amar também.

Ela não percebeu o sarcasmo na voz de Derek, então sorriu bobamente, dando-lhe um selinho.

Fruto ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora