Capítulo 28

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[Narrador]

Amanda estava estranha a dias e ninguém, nem mesmo Louis e Kate sabiam o que estava acontecendo com ela. Amanda acordava no meio da noite recebendo ligações estranhas, só Deus sabe quem era! Seu relacionamento com Louis estava ficando fraco e frio, não era denso e cheio de energia como antes. Tudo isso mudou quando Kate desaparecera com Luan naquele maldito acidente de avião, e isso é culpa de quem?

- "Ah eu vou embora!" - ela se irrita com a situação e sai do quarto onde a amiga estava internada.

- "Hey Mandy!" - Kate grita a amiga, mas a mesma ignora seu chamado - "Volta aqui!" - grita novamente.

Amanda não queria deixar a amiga naquele momento, queria saber o que estava acontecendo em seu coração, saber se ela ainda está com raiva de Luan por ter batido em Liam e se ela voltaria com ele. Queria ser a amiga que Kate precisava naquele momento, mas ela não poderia ser essa amiga, era como se tivesse sido hipnotizada para não fazer isso, como se estivesse à mercê de um algo ou alguém maior e mais poderoso que ela.

- "Ei ei ei!" - Louis pega em seu braço - "Espera um pouquinho ai!"- exaspera - "Posso saber porque está agindo igual a uma idiota com sua amiga e com o Luan? Na verdade, quero saber por que está agindo como uma idiota com todos a sua volta. Você não era assim quando começamos a namorar Amanda, porque está agindo assim?"

- "Se está incomodado, termina!" - ela se solta do braço de seu amado com um tremendo aperto no coração - "Não sou obrigada a lhe dar satisfações e muito menos ficar dizendo o que se passa na minha vida." - ela dá de ombros e entra em seu carro.

Louis fica parado ali sem entender o que estava acontecendo com a mulher que mais amava nesta vida, mas a mesma não colaborava com nada naquela situação e ficava mais difícil ajudá-la perante ao que estaria passando. Amanda estava com a cabeça a mil e queria terminar logo com tudo o que estava acontecendo. Seu telefone tocou, e por intermináveis minutos ficou pensando em deixar o celular tocar e não atender aquele chamado maldito. Ela só gostaria de ter a vida de antes e voltar a ser quem era e do jeito que era com todos a sua volta.

- "O que é?" - diz friamente revirando os olhos.

- "Não deveria atender o celular enquanto dirige. Pode sofrer um acidente docinho." - aquela voz, fazia o estômago de Amanda embrulhar.

- "É? Então porque me ligou caralho?!" - bufou de raiva.

- "Queria saber se o plano está ocorrendo como planejado. Caso contrário, terão consequências." - ela ouviu gritos ao fundo e freou rapidamente o carro - "Acho que eles não gostariam de sofrer não é querida Amanda, ou melhor docinho."

- "Se encostar um dedo neles, eu juro que dou um jeito de acabar com sua raça, babaca!"

- "Você tem 1h, docinho." - desligou.

Ela não conteve as lágrimas, as pessoas que mais amava neste mundo estava correndo perigo e tudo isso por que? Por culpa de quem?

Ela ligou o carro novamente e foi até o banco. Acessou sua conta e a conta de seus pais e somando a quantia de dinheiro que tirou, tinha no máximo um bilhão em libras, aquilo seria o suficiente para que todos que mais amava neste mundo, estarem seguros. Colocou o dinheiro que o gerente lhe deu em uma mala de mão preta, colocou no banco traseiro do carro e foi até o local marcado, encontrá-los para entregar esse maldito dinheiro. Assim que chegou ao cemitério que haviam marcado com eles, desceu do carro, respirou fundo e pegou a mala no banco de trás do carro, foi até a lápide onde havia uma certa escritura "Aqui jaz, Marilyn Elizabeth Owens", queria saber como era a vida de Marilyn e se fora tão difícil quanto a sua.

Ela os viu se aproximar da tal lápide, sua mão começou a soar frio e suas pernas a ficarem bambas. Não sabia se eles cumpririam a promessa que fizera para Amanda, se deixariam as pessoas que mais ama em paz assim que lhe entregasse o dinheiro combinado.

- "Que ótimo saber que trouxe o dinheiro, Mandy." - a voz daquele ser era de se dar nojo.

- "Quero saber onde estão meus pais!" - ela recuou o dinheiro - "E quero que deixe a Kate e o Luan em paz! Vai embora, você é infeliz aqui e só está fazendo isso para achar que pode ser superior a qualquer pessoa!"

- "Querida, entenda." - se aproximou de Amanda - "Eu estou sempre por cima de tudo e todos, então me entrega logo esse dinheiro, ou eu darei ordem para que matem seus pais." - esbraveja.

- "Só quando eu tiver a certeza que meus pais estão bem." - grita - "Fora isso, eu queimo tudo o que tem nessa mala!"

Amanda viu que seus pais estavam bem, e que estavam vivos. Com os olhos cheios de lágrimas ela lhe entregou a bolsa cheia de dinheiro - "Fez uma boa escolha, docinho." - riu sarcasticamente - "Mas acho que preciso mandar alguém fazer uma visitinha para a sua amiga no hospital."

- "O que? Você prometeu que ficaria longe dela!" - gritou e deu tapa na cara daquele ser maldito - "Sua vadia!"

Na mesma hora ela sacou uma arma da cintura e deu uma coronhada na cabeça de Amanda, que caiu desmaiada em cima da lápide de Marilyn - "Vadia? Acho que isso é um elogio."

- "Eu também acho." - ri.

- "Porém, eu acho Karen muito mais sexy." - ele lhe deu um beijo longo - "Vamos embora, vadia." - deu-lhe um tapa na bunda.

- "Você me paga pilantra." – mordiscou o pescoço do rapaz em meio à um riso.

***

Amanda acordou naquele cemitério horrendo e se lembrando do que a vadia da Karen havia feito com ela e o que havia dito sobre fazer uma visitinha para a sua amiga. Ela deveria estar blefando. Correu em direção ao seu carro e com a cabeça sangrando foi em direção ao hospital, ver se Kate estava bem e em segurança. Estava agindo daquele jeito pois Karen havia ameaçado a mesma, dizendo que se não fizesse tudo o que mandasse, iria acabar com seus pais e principalmente com Kate e Luan, e claro, depois com Louis. Ela faria de tudo para manter Louis e Kate a salvo das garras daquela maldita.

Ela estacionou no hospital e saiu correndo do carro, quando Tales a pegou pelo pescoço - "Onde vai princesa?" - apertou mais a garganta de Amanda - "Acho que Karen não gostaria de saber que você quer atrapalhar os planos dela."

- "O dinheiro já não foi suficiente?" - um meio fio de voz foi o suficiente para Tales a jogar no chão com força.

- "Nada é o suficiente para Karen." - chutou a barriga de Amanda.

Ela se levantou com uma certa dificuldade, e se encostando no carro. Enquanto Tales estava de costas, abriu a porta sem fazer barulho e pegou um bastão onde bateu com força no pescoço de Tales onde ficou com um grande hematoma.

- "Sua vadia!" - ele sacou uma arma e colocou no pescoço de Amanda que a esse ponto já estava chorando feito louca - "Não teria feito isso se fosse você." - pronuncia de uma forma sombria - "Ninguém sentira sua falta mesmo." - ri sarcasticamente.

- "Você está me machucando." - exaspera.

- "Foda-se!" - aperou mais a rama contra seu pescoço.

- "Tales, deixa essa vadia quieta." - Karen tirou a arma de sua mão e deu outra coronhada em Amanda - "Vai embora e deixa ela aí neste maldito estacionamento."

Tales obedeceu a ordem de Karen como se fosse um bonequinho de marionete. Ela entrou no hospital e entrou no elevador, e decidiu fazer uma visitinha ao quarto 654, onde a Srta. Kate Smith estava. Ao entrar viu que seu amor estava bem próximo daquela vaca miserável e não deixaria aquilo assim.

- "Ora, ora, ora..." - ironizou - "A vagabunda está viva..."

***

Secret | L.S. - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora