UMA NOVA VIDA

Capítulo I

Olá Rainhas.

Gostaria de agradecer de antemão a todos que me dão a oportunidade de mostrar meu trabalho. Ralo danado pra poder trazer algo legal pra vcs e sou muito grata por todo e qualquer retorno. Quero pedir humildemente à VC QUE GOSTA DO QUE ESCREVO, que indique as suas amigas, inimigas, irmãs, etc...
Isso será de grande valia para mim.
Obrigada por estarem em mais essa comigo.
Boa leitura.
Lucy Xx

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Luzes. Luzes brilhantes bailavam diante de meus olhos. Vultos. Não sabia discernir qualquer daquelas pessoas. Vozes. Eram arrastadas, lentas, desconexas.
O sangue corria levando o entorpecente em meu corpo, minhas veias martelavam nos ouvidos juntamente com a música. Sabia que estava em uma boate com meus amigos e meu namorado, mas isso não fazia muito sentido, como qualquer outra coisa no momento. Fumei meu terceiro baseado, perdi as estribeiras e a noção de quase tudo. Ria sem qualquer motivo consistente, só por rir, e tudo era leve, solto, muito leve...

TRIIIIIIIIIMMMMMM...

Ai droga! Mas como odiava esse maldito despertador do Theo. Bem que ele poderia usar um toque menos estridente.

- Merda. - resmunguei baixinho, a cabeça pesava uma tonelada e uma fome intensa mais conhecida como larica, devorava minhas entranhas.

Tentei algum equilíbrio, catando a roupa do chão. Estava nua em pêlo, lembrava em quadros da minha transa com Theo. Não sei direito, mas foi bom. Eu acho...

- Volta pra cama Clark. Tá cedo. - ele me disse sonolento.

- Foi você quem colocou despertador. - resmunguei enquanto tentava me vestir.

- Esqueci de desativar, desculpa. - ele disse embolado. Revirei os olhos.

Observei rapidamente Theo Jameson deitado de bruços na cama, tinha uma bela bunda, mas estava só um pouquinho acima do peso, nada que o tornasse feio. Seus cabelos castanhos combinavam perfeitamente com os olhos ocre brilhantes e a boca carnuda. Aprendi a achar lindo o nariz de batatinha dele.
Continuei vestindo minha roupa, o relógio marcava dez e dezoito da manhã, minha mãe ou deveria estar pirando ou na terceira tulipa de Martini. Sim, ricos são insanos, mamãe pôs uma câmera no meu quarto quando era bebê para poder ir ao Country Club enquanto me monitorava pelo celular e bebia todas.

- Hey C, volta pra cá vamos.

- Não posso amor, já passam das dez. A gente se fala mais tarde.

Beijei rapidamente seus lábios, me retirando do quarto com as sandálias nas mãos. Todos na casa ainda dormiam, menos os empregados é óbvio, inclusive ela, uma vadiazinha magrela chamada Norma, era faxineira, nova e bonitinha. O fato é que essa criatura era apaixonada descaradamente por Theo e isso me irritava pra caramba.

- Senhorita Everett. - cumprimentou. Sonsa!

Não respondi, desviei de Norma e me pus a descer a escadaria com pressa.

- Não precisa se apressar senhorita. Já liguei para sua mãe e avisei que você estava aqui.

- Você o quê? - dei meia volta, parando no meio da escada. Notei que minha voz subiu duas oitavas e o volume era alto demais.

Norma fez pose de acanhada, mas eu sabia muito bem o que se escondia por trás daquela carinha sardenta.

- Bem, só estou seguindo ordens da patroa. Ela pediu que os pais de todos os amigos do Theo fossem avisados de antemão caso seus filhos dormissem aqui. - a coisinha sorria solene, porém, não me enganava.