Capitulo 7 - Curvas no destino

58 4 0
                                    

Eu achava tudo aquilo muito complicado e monótono parar de viver numa situação ruim para entrar em uma pior, acordas a maioria das manhãs querendo comer um pão com presunto e queijo e um leite achocolatado e na maioria das vezes não poder , parecia mesmo que estava tudo para dar errado e tudo me dizia que só tinha a piorar.

Numa manhã de feriado minha mãe aproveitou para me levar na igreja, de algum modo ela achava que havia alguma salvação ainda pra gente e eu não neguei ir, pois na situação que tava eu achava que ir a igreja não iria causar algum mal pra mim. E então seguimos até o ponto de ônibus e nos dirigimos até a igreja. Era um local aberto com uma natureza exuberante e varias flores e um som harmonioso me senti em uma casa que sempre quis estar interiormente, pois mesmo vivendo de algumas luxurias antigamente eu ainda tinha dentro de mim de encontrar meu lugar na natureza me encontrar em um lugar que eu me sentisse livre com o vento adentrando todo meu corpo e essa igreja parecia ser um lugar bom e exato para mim.

Começamos a frequentar e descobrimos que a cultura daquela igreja era de origem japonesa e que a crença deles era acreditar que um dia iriamos ter um paraíso terrestre e em minha mente eu simplesmente adorei, era uma religião que eu nunca havia visto e que não era muito reconhecida. Comecei a frequentar bastante a igreja e até mais do que minha mãe, porque lá alem de eu me encontrar com Deus eu me sentia em harmonia era como se todos meus problemas pessoais fossem embora e como diz o ditado "A casa de Deus é para todos".

Mas mesmo com essa religião minha mãe não se alegrava muito e ela tinha o apoio de Deus, mas isso não preenchia o vazio do teu coração e para o nosso azar na terceira semana que vivíamos lá minha mãe acabou perdendo o emprego, o que dificultou ainda mais a situação, mas mesmo com todas as dificuldades e todas as angustias de minha mãe ela nunca parava de me incentivar e dizer que um dia tudo ia melhorar e que iriamos passar por cima de todas as adversidades de nossas vidas, algo que ela sempre me dizia era que eu nunca devia parar de acreditar nos meus sonhos, que sim poderia chegar o dia de eu ter a perda da visão e nunca mais poder ver a vida, mas para ela não precisamos de olhos para ver a vida, mas sim de um coração e esse coração nos guia até o infinito, pois no final de tudo você é do tamanho dos seus sonhos e ninguém nunca pode tirar o seu valor e essa foi uma frase que eu nunca esqueci, se tinha alguma razão para eu levantar com um sorriso no rosto de manhã e esquecer os problemas era porque minha mãe existia e acreditava em mim.


Olhos IncandescentesOnde histórias criam vida. Descubra agora