♥ Capítulo 11 - Revelação e indignação.

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Ela olhou pra lá.

- Quem escreveu isso? - questionou ela, chegando perto da janela e observando o pedido de "socorro". - Fala filha?!

- Uma garotinha. - Gaguejei atônica.

-O que?!

- Uma garotinha! - Gritei, não mais gaguejando.

- Uma garotinha? Que garotinha? - Ela passou a mão na janela.

- Não sei. - Voltei a gaguejar.

Ela olhou um pouco o local, olhou para o Diego e falou: "Deve ser só uma brincadeira de mau gosto, volta pra sala vocês, eu dou um jeito nisso". Ela parecia um pouco preocupada. Diego pegou pelo meu braço e me puxou até a sala, sentamos no sofá e continuamos a ver o filme.

- Não liga, aquilo só foi uma brincadeira de mau gosto. - Ele falei olhando em meus olhos.

- Não foi! A menina estava cheia de sangue, e aparentemente triste. - Falei inconformada, ninguém me entende.

- Isso é coisa da sua a mente, não liga, um dia isso tudo vai passar. - Ele falou voltando a olhar pra TV. eu não liguei muito no começo, mas depois eu raciocinei "Um dia isso tudo vai passar" , isso tudo o que?

- Diego?! - Falei, ele se virou pra mim. - Isso tudo o que vai passar? - Questionei-o.

- Ham...? Do que está falando. - Ele pareceu confuso. Então repeti.

- Você acabou de falar que um dia isso tudo vai passar. Isso tudo o que?

- Eu falei isso? - Ele fingiu uma tosse. - Você ta delirando! Ai, ai... Eu falei isso. - Ele novamente fingiu tossir.

- Fala logo, o que é isso? O que tem naquela casa? O que era aquela garotinha? O que é você? - Questionei ele, que simplesmente me encarou.

- Você quer saber mesmo Sophia? - Ele olhou profundamente em meus olhos, aquele olhar atingiu minha alma.

- Sim, eu quero saber de tudo agora. - Falei pausando o filme.

- Isso é a maldição, aquela casa é a causadora da maldição, aquela garotinha é a maldição. - Ele deu uma pausa. - E eu... eu sou o Diego.

- O que? - Comecei a rir sem graça. - Maldição não existe. - Dei uma pausa. - E se existe, porque você não está "amaldiçoado"? - Fiz aspas com a mão. - Em porque? - Minha expressão mudou.

- Eu também estou com a maldição, aliás, estou tentando acabar com ela faz tempo, porém, não consigo. - Eu olhei assustada pra ele. - E aquela sua amiguinha que estava com a gente, também foi amaldiçoada.

- O q...que? Isso é impossível! Maldição não existe! - Falei.

- Existe sim, e com o passar dos anos, você estará louca e paranoica. - Falou ele como se fosse a coisa mais normal do mundo falar daquilo. - Eles agora querem a sua alma. Mas afinal, ninguém nunca te falou que aquela casa tem uma maldição não?

- Sim, mas eu pensei que fosse boatos. - Falei olhando pra cozinha.

- Demente... Bem demente você. - Eu olhei para ele raivosa. - Foi mau... Mas e a verdade, todos por qui falam da maldição pelo menos que eu saiba.

- Hum... Mas porque você não está louco nem paranoico?

- Bom... Eu não sei.

- E como é que você sabe que eu vou ficar?

- Por que todos que entraram naquela casa, que eu conheci pelo menos, ou ficaram loucos e foram para um hospício, ou se mataram. - Fiquei atônica. Ele então começou a passar as mãos em frente ao meu rosto, e a falar alguma coisa que eu não entendi. Minha mente estava super barulhenta, eu não conseguia raciocinar. E várias e várias perguntas vinham a minha mente. A maldição existe então? E vou enlouquecer? Eu vou morrer? O que vai acontecer? Ele então gritou "Sophia!", e eu "novamente voltei pro planeta terra" .

- Oi?! - Falei coçando os olhos.

- O que aconteceu? - Perguntou ele pegando em minhas mãos.

- Nada, só estava pensando. - Falei, botando o filme pra rodar novamente.

- Ei, não precisa se preocupar, eu sempre vou estar aqui pra te proteger, ok? - Assenti com a cabeça, e voltei a assistir o filme, eu não estava prestando atenção em nada.

[...]

Até que enfim, o filme acabou, olhei então pra o relógio que marcava 23:36 da noite, nossa estava bem tarde, também nós depois botamos mais 2 filmes. Minha mãe desligou a TV e falou:

- Diego, hoje você vai dormir aqui, ok!? Está muito tarde pra você ir embora, você é um criança. - Ela falou, eu olhei pra ela com um olhar tipo "O quê?". - Liga pra algum familiar seu e fala.

- Não senhora, pode deixar, eu vou pra casa agora, não quero incomodar. - Ela falou se levantando do sofá.

- Não, não, não, não e não! Está muito tarde, você não vai agora!

- Mas senhora, eu não posso, os meus pais vão brigar comigo.

- Garoto! Olha as horas, eu não vou deixar! Liga pro seus pais toma. - Ela entregou o celular dele a ela. Ele olhou pra ela.

- Mas senhora...

- Mas nada! - Ela o interrompeu. - Liga, vamos!

Ele então olhou pra ela e pra mim e falou "Ok já que insiste, eu vou ali fora pra ligar então" e então ele saiu, eu peguei nas mãos de minha mãe.

- Mãe! Ele é um desconhecido, deixa ele ir embora! - Falei indignada, ela puxou seus braços de mim.

- Olha as horas garota, já está tarde! E também ele parece um bom garoto. - Ela falou.

- Mas mãe...

- Mas mãe nada, e ele vai dormir no seu quarto que tem duas camas. Seu pai vai voltar amanhã de manhã, e tenho uma surpresa pra vocês. - Ela falou sorridente. - Ele está vindo fica quieta, e sem gracinha. - Ele então entrou, e falou:

- Meus pais deixaram, mas disseram que amanhã teria uma conversinha comigo. - Ele devolveu o celular de minha mãe.

- Ótimo! Vocês sobem lá pra cima. A Sophia vai arrumar a sua cama. - Ela falou indo pro quarto dela.

- Mas mãe...

- Mas nada Sophia, vão subam. - Então ela entrou no quarto dela.

- Vem eu te mostro o caminho. - Então eu subi as escadas, e entrei no meu quarto abri o guarda roupa e dei um travesseiro, um lençol, e um cobertor pra ele. Ele forrou a cama dele, e deitou. E eu deitei na minha. Conversamos um pouco, um pouco não, muito. Sobre a maldição, Deby, Jonas, e outras coisas.

Então eu vi um vulto preto passando pela fresta de minha porta e dei um grito. "O que é aquilo?" Pensei.

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E eu criei um livro sobre creepys, dá uma olhadinha lá.

Bjs...

J.K

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A Maldição das Duas Amigas [Parada]Onde histórias criam vida. Descubra agora