Ela olhou pra lá.
- Quem escreveu isso? - questionou ela, chegando perto da janela e observando o pedido de "socorro". - Fala filha?!
- Uma garotinha. - Gaguejei atônica.
-O que?!
- Uma garotinha! - Gritei, não mais gaguejando.
- Uma garotinha? Que garotinha? - Ela passou a mão na janela.
- Não sei. - Voltei a gaguejar.
Ela olhou um pouco o local, olhou para o Diego e falou: "Deve ser só uma brincadeira de mau gosto, volta pra sala vocês, eu dou um jeito nisso". Ela parecia um pouco preocupada. Diego pegou pelo meu braço e me puxou até a sala, sentamos no sofá e continuamos a ver o filme.
- Não liga, aquilo só foi uma brincadeira de mau gosto. - Ele falei olhando em meus olhos.
- Não foi! A menina estava cheia de sangue, e aparentemente triste. - Falei inconformada, ninguém me entende.
- Isso é coisa da sua a mente, não liga, um dia isso tudo vai passar. - Ele falou voltando a olhar pra TV. eu não liguei muito no começo, mas depois eu raciocinei "Um dia isso tudo vai passar" , isso tudo o que?
- Diego?! - Falei, ele se virou pra mim. - Isso tudo o que vai passar? - Questionei-o.
- Ham...? Do que está falando. - Ele pareceu confuso. Então repeti.
- Você acabou de falar que um dia isso tudo vai passar. Isso tudo o que?
- Eu falei isso? - Ele fingiu uma tosse. - Você ta delirando! Ai, ai... Eu falei isso. - Ele novamente fingiu tossir.
- Fala logo, o que é isso? O que tem naquela casa? O que era aquela garotinha? O que é você? - Questionei ele, que simplesmente me encarou.
- Você quer saber mesmo Sophia? - Ele olhou profundamente em meus olhos, aquele olhar atingiu minha alma.
- Sim, eu quero saber de tudo agora. - Falei pausando o filme.
- Isso é a maldição, aquela casa é a causadora da maldição, aquela garotinha é a maldição. - Ele deu uma pausa. - E eu... eu sou o Diego.
- O que? - Comecei a rir sem graça. - Maldição não existe. - Dei uma pausa. - E se existe, porque você não está "amaldiçoado"? - Fiz aspas com a mão. - Em porque? - Minha expressão mudou.
- Eu também estou com a maldição, aliás, estou tentando acabar com ela faz tempo, porém, não consigo. - Eu olhei assustada pra ele. - E aquela sua amiguinha que estava com a gente, também foi amaldiçoada.
- O q...que? Isso é impossível! Maldição não existe! - Falei.
- Existe sim, e com o passar dos anos, você estará louca e paranoica. - Falou ele como se fosse a coisa mais normal do mundo falar daquilo. - Eles agora querem a sua alma. Mas afinal, ninguém nunca te falou que aquela casa tem uma maldição não?
- Sim, mas eu pensei que fosse boatos. - Falei olhando pra cozinha.
- Demente... Bem demente você. - Eu olhei para ele raivosa. - Foi mau... Mas e a verdade, todos por qui falam da maldição pelo menos que eu saiba.
- Hum... Mas porque você não está louco nem paranoico?
- Bom... Eu não sei.
- E como é que você sabe que eu vou ficar?
- Por que todos que entraram naquela casa, que eu conheci pelo menos, ou ficaram loucos e foram para um hospício, ou se mataram. - Fiquei atônica. Ele então começou a passar as mãos em frente ao meu rosto, e a falar alguma coisa que eu não entendi. Minha mente estava super barulhenta, eu não conseguia raciocinar. E várias e várias perguntas vinham a minha mente. A maldição existe então? E vou enlouquecer? Eu vou morrer? O que vai acontecer? Ele então gritou "Sophia!", e eu "novamente voltei pro planeta terra" .
- Oi?! - Falei coçando os olhos.
- O que aconteceu? - Perguntou ele pegando em minhas mãos.
- Nada, só estava pensando. - Falei, botando o filme pra rodar novamente.
- Ei, não precisa se preocupar, eu sempre vou estar aqui pra te proteger, ok? - Assenti com a cabeça, e voltei a assistir o filme, eu não estava prestando atenção em nada.
[...]
Até que enfim, o filme acabou, olhei então pra o relógio que marcava 23:36 da noite, nossa estava bem tarde, também nós depois botamos mais 2 filmes. Minha mãe desligou a TV e falou:
- Diego, hoje você vai dormir aqui, ok!? Está muito tarde pra você ir embora, você é um criança. - Ela falou, eu olhei pra ela com um olhar tipo "O quê?". - Liga pra algum familiar seu e fala.
- Não senhora, pode deixar, eu vou pra casa agora, não quero incomodar. - Ela falou se levantando do sofá.
- Não, não, não, não e não! Está muito tarde, você não vai agora!
- Mas senhora, eu não posso, os meus pais vão brigar comigo.
- Garoto! Olha as horas, eu não vou deixar! Liga pro seus pais toma. - Ela entregou o celular dele a ela. Ele olhou pra ela.
- Mas senhora...
- Mas nada! - Ela o interrompeu. - Liga, vamos!
Ele então olhou pra ela e pra mim e falou "Ok já que insiste, eu vou ali fora pra ligar então" e então ele saiu, eu peguei nas mãos de minha mãe.
- Mãe! Ele é um desconhecido, deixa ele ir embora! - Falei indignada, ela puxou seus braços de mim.
- Olha as horas garota, já está tarde! E também ele parece um bom garoto. - Ela falou.
- Mas mãe...
- Mas mãe nada, e ele vai dormir no seu quarto que tem duas camas. Seu pai vai voltar amanhã de manhã, e tenho uma surpresa pra vocês. - Ela falou sorridente. - Ele está vindo fica quieta, e sem gracinha. - Ele então entrou, e falou:
- Meus pais deixaram, mas disseram que amanhã teria uma conversinha comigo. - Ele devolveu o celular de minha mãe.
- Ótimo! Vocês sobem lá pra cima. A Sophia vai arrumar a sua cama. - Ela falou indo pro quarto dela.
- Mas mãe...
- Mas nada Sophia, vão subam. - Então ela entrou no quarto dela.
- Vem eu te mostro o caminho. - Então eu subi as escadas, e entrei no meu quarto abri o guarda roupa e dei um travesseiro, um lençol, e um cobertor pra ele. Ele forrou a cama dele, e deitou. E eu deitei na minha. Conversamos um pouco, um pouco não, muito. Sobre a maldição, Deby, Jonas, e outras coisas.
Então eu vi um vulto preto passando pela fresta de minha porta e dei um grito. "O que é aquilo?" Pensei.
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Oi! Se vocês gostaram deste capítulo, deixem suas stars (estrelas) e comentários. Quando vocês fazem isso dá mais vontade de escrever, e também seria muito gratificante :3.
E eu criei um livro sobre creepys, dá uma olhadinha lá.
Bjs...
J.K
♡♥♡♥♡♥♡♥♡
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A Maldição das Duas Amigas [Parada]
Mystery / ThrillerHistória Parada. Motivo: Bloqueio criativo. Meu nome é Sophia Halley, e aqui vou relatar algumas coisas que aconteceu e acontecem comigo e com minha melhor amiga Débora Kaditty ( Debby). Tudo começou no dia em que a professora de história passou um...