Vamos, Tanner. Viva um pouco. Ou você está com medo?
- Você está me desafiando? Que idade você tem, 12 anos?
Ah, ela não se sentia com 12 anos, admitiu lyy em silêncio enquanto olhava para ele. Sua boca ficou seca. Não. Não há nada de 12 anos por aqui.
- Você está fugindo do desafio? - rebateu ela. - O que você é? Um covarde?
Ele arregalou os olhos e sorriu.
- Nunca conheci alguém como você.
Ela oscilava para a frente e para trás e não tinha certeza se era o chão inflado que fazia seus joelhos balançarem ou se era por musa do brilho nos olhos dele.
- Obrigada.
- Não tenho certeza se fiz um elogio.
- Eu sim.
- Isso é loucura - murmurou ele, curvando-se para entrar.
- E você não faz loucuras? - provocou Ivy.
- Em geral, não - respondeu Tanner. Ele olhou em tomo e, em seguida, olhou para ela.
- Muito bem. E agora?
- Agora vamos pular. - Ivy saltou tão alto quanto pôde e, ao cair, viu a onda resultante fazer Tanner perder o equilíbrio.
Ele cambaleou um pouco, recuperou o equilíbrio e disse: - Quer jogar duro, não é mesmo?
- O que for preciso - disse ela, pulando novamente.
- Desafio aceito. - Ele deu um salto, caiu e derrubou Ivy.
Em um segundo, Tanner estava ao seu lado. Ela olhou para seus olhos azul-escuros e estremeceu. Meu Deus, ele estava tão perto, com a boca a apenas um sopro da dela.
- Perdeu o equilíbrio, Ivy?
Ela tinha muito medo de ter perdido. Não o tipo de equilíbrio ao qual ele estava se referindo e, sim, a delicada arte de estabilizar suas emoções que vinha praticando nos últimos quatro anos.
Desde que David morrera, ela vinha vivendo a vida, fazendo as suas tarefas, rindo e conversando sem realmente viver. Agora, graças a Tanner King, corpo e coração estavam acordando e aquilo era quase doloroso.
- Não por muito tempo - respondeu ela. E voltou a pular. Ele lutou para manter o equilíbrio.
- Sabe - disse ele - estou começando a gostar deste lugar.
- Bom - exclamou Ivy, forçando alegre inocência em sua voz. - Estou feliz por você estar se divertindo.
- Ah, e pretendo me divertir ainda mais em alguns segundos. - Os olhos dele a mediram da cabeça aos pés até finalmente se deterem sobre o seu rosto.
- Hum, Tanner, talvez a gente devesse...(????)
