Depois de me revirar uma noite inteira na cama. Eu dormir.E claro, acordei cedo, a ansiedade é algo de louco. Eu queria que o dia passasse rápido, mas pelo que eu estava vendo, ele ia demorar em cada segundo.
Lavei meu carro, superaqueci o motor da minha moto, corri até a hora do almoço na praça, tomei um longo banho, fiz um almoço bem incrementado. E quando notei ainda eram 12:30
-Porra, tempo! Passa!- berrei
-Ansioso Andrew? -Danillo surgiu rindo
-Não. .-Menti
-Então por que está gritando com o relógio? - Danillo ergueu as sobrancelhas
-Vou socar meu saco de boxe- Desviei do assunto indo para a garagemTreinei socos, e até fiz minha lição de casa, verifiquei meus e-mails, e arrumei meu armário. Me joguei na cama colocando os fones, irritado com às horas que não passavam, será que ela estaria tão ansiosa quanto eu?
Muito provavelmente não.Meu celular toca me fazendo saltar, atendo ele rapidamente da esperança de ser Samira.
~Alô? -atendi sem olhar
~filho?- a voz de minha mãe atravessa a linha
-Mãe? - falo totalmente surpreso
~Oh querido, estou com tanta saudade- ela começa a chorar- achei que você viria para o enterro do seu pai.
-Mãe, para com isso...-murmurei
~Você não pode fingir não se importa.
-eu não me importo, eu lamento ele ter morrido, mas eu não sinto culpa nem remorso
~E nem deve, mas você já pode voltar para casa querido. .
-mãe, eu não vou voltar- afirmei
~Como? Mas Andrew, seu pai..
-meu pai deixou tudo para mim? Certo, mas eu não vou administrar nada.
~Mas...
-Mãe, eu tenho um encontro. Passar bem...- desligueiFiquei parado por longos segundos revivendo os minutos anteriores, nada me parecia mais irritante que isso. Olhei para o relógio vendo os ponteiros finalmente onde queria.
16:45 h
Sorri. Vesti uma calça leaves' s escura, uma blusa preta, meu tênis cinza e minha jaqueta de couro. Passei as mãos pelo cabelo, vendo minha barba rasa sobre o queixo. Nada mal.
Peguei as chaves passando pelos meninos na sala
-arrasa Andrew! - gritou Rick aos risosGirei as chaves no dedo indo para o carro, seguindo a caminho da casa dela.
A casa...casa? Mansão!
A casa de Samira era enorme. Tinha uma escada que levava para a praia, uma varada com parapeito de vidro, o chão de madeira brilhante, e a porta preta com detalhes de mármore preto. Me senti pequeno ali.
Toquei a campainha que emitiu um som suave, ouvi vozes do lado de dentro e logo a porta se abriu revelando o rosto de Elena.De entrada se via a escada enorme com detalhes de vidro- como um shopping- Elena sorriu para mim totalmente tímida
-Samira está quase pronta- Ela falou
-Humm- Sorri maliciosoEla se atrasou, sorri. No topo da escada, uma deusa surge.
Ela está com uma bota cano curto preta, meia calça, uma short jeans e uma blusa preta estampada um caveira feita de paitê. Por cima, um casaco fino sem mangas também preto, os olhos acesos sobre a maquiagem preta que não era muita.
-Oi...-Ela falou parando na minha frente
-Está atrasada- provoquei
-eu dormir- ela defendeu
-Você está linda então, está perdoada- sorri
-Claro- ela revirou os olhos sorrindo
-Bom, melhor vocês irem- Elena falou
-Estou sendo expulsa da minha própria casa- Samira questionou
-Não! - Elena corou- Ah, que droga Samy, vai logo. Você se atrasou- Elena começou a empurrar SamiraNós saímos indo para meu Jeep, eu teria vindo de moto, mas não sabia se Samira iria gostar. Enfim...
Samira entrou no Jeep parecendo tímida e nervosa, dois modos que nunca tinha a visto. Me pus no banco do motorista indo dando a partida
-Posso saber para onde vamos?- ela perguntou
-Um lugar- provoquei
-Ajudou muito- Ela bufou
-Relaxa- falei muito animadoTinha um pier em Malibu, era um lugar calmo, e bem bonito. Tinha o mar sobre a vista, o sol reluzindo sobre ele, e uma passarela que nos permitia ir mais perto das águas, que se quebravam em ondas. Samira absorvia o local enquanto eu estacionava o carro.
-Aqui?- ela me olhou
-Não gosta?- perguntei curioso
-Gosto, mas, sei lá. . .Caras como...- ela se interrompeu quando meu rosto assumiu uma expressão séria- desculpe. É que..você é surpreendente.Isso me fez sorrir. Saí do carro e ela veio em seguida. Ela sorriu para mim e nós caminhamos pela grande ponte chegando nas águas, tinha um banco na plataforma, me sentei enquanto olhava às ondas se quebrarem abaixo de nós.
Samira estava olhando quando eu olhei para ela. Isso me deixou surpreso.
-Que foi?- sorri
-Ah, nada só estou tentando entender- Ela falou
-Entender?
-Você parece tão superficial. Parece ser comum. Mas, você é o oposto, e diferente, não como os garotos que costumo lidar- ela falou me deixando contente
-Não sou comum, desde que decidi ser assim, quando eu amadureci- SuspireiEu já havia feito todas as perguntas comuns para Samira, talvez, eu posso perguntar outras coisas agora.
-Então. .- comecei ganhando sua atenção- Você não tem pais?
-Meus pais moram em Houston- Ela falou como se não gostasse do assunto
-Ah, e não tem namorado?- confirmei
-Claro que não- ela riu- e você sabe.
-É, só confirmando.
-Você não tem?- ela perguntou
-Não, nunca conheci um garota que despertasse meu interesse para esse tipo de relacionamento- falei a verdade vendo seu rosto cair- Até agora- acrescenteiEla me olhou corando de um jeito incomum.
-já namorou? -perguntei mudando de assunto
-Uma vez- ela falou com desgosto- Não é algo que me orgulhe. Não foi um paixão, nunca me apaixonei antes.Antes...
-Ah...-falei com desgosto. Ela tá apaixonada, droga.
-que foi?- ela perguntou
-Nada- suspirei
-Falei de mais- ela gemeu
-Não há problema em se apaixonar Anjo- sussurrei
-Eu acho que há sim- ela resmungouQuem seria ele?
Olhei para ela vendo que ela se remexeu.
Ela me olhou de um jeito apaixonante.
-Me sinto uma boba- ela falou
-Então somos dois- eu sorriEla riu mostrando um sorriso com covinhas. De repente o ambiente mudou, e não lembro de ter me movido dali, eu só tinha como foco ela, e ela me olhava. No último mês havia ido com calma, sem pressa, mas agora queria mais do que nunca mostrá-la o que eu sentia. Me aproximei bem devagar, vendo se ela iria correr, e sentindo medo dela se afastar e eu estragar tudo. E por surpresa, ela se aproximou de mim na mesma velocidade, tendo meus lábios como objetivo. Minhas mãos tocaram seu rosto, e seus olhos se fecharam junto com os meus. meus lábios se encaixaram nos dela, e então senti aquele beijo, como nunca havia sentindo.
Não conseguia me lembrar onde estava, nem ouvir som algum.
Só sentia os lábios de Samira nos meus.
Eu aprofundei o beijo sentindo ela corresponder, ela ficou mais urgente, e mais feroz, seus dentes puxaram meu lábio inferior me fazendo sorrir. Suas mãos afundaram em meus cabelos e eu a puxei pela cintura, tendo-a mais perto de mim.
Quando eu sentir a falta de ar, ela se afastou ofegante.
Seus olhos surpresos vieram ao encontro dos meus.
-Uau...-falei sorrindo
-Que foi?- perguntou
-Nunca havia beijado assim- sussurrei
-Nem eu- ela corouSorri satisfeito. Talvez ela estivesse apaixonada mesmo, por mim.
Seu sorriso sumiu, fazendo sua testa franzir.
-Melhor eu ir- ela falou
-Não vai não- falei rapidamente- acabamos de chegar
-o que vamos fazer?- ela me olhou
-hmmm. .- toquei nos lábios dela com o polegar
-Andrew...-Ela se afastou
-Anjo, eu não beijo garotas com quem não quero nada- falei
-O que quer dizer?- ela perguntou
-Seja minha? - pediEu queria isso, queria mais que tudo. Queria namorar Samira, ser seu e ter ela para mim.
-Como assim? - ela corou
-Eu quero ser seu, quero que seja minha. Eu gosto de você, e quero fazer dá certo. Namora comigo anjo- pedi de novo
-Você vai ser meu? Só meu ? Exclusivos?
-Bom, acho que é assim que funciona- sorri- sou seu, e você minha.Ela corou.
-Se você pensa assim- ela sorriu olhando para mim
-Sim?- toquei o rosto dela
-Sim...- ela me beijou com total vontade me fazendo esquecer tudo de novo.
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Crescente
Teen Fiction"Havia muitas maneiras de se perder, eu mesmo já havia me perdido várias vezes. Mas,quando mergulhei naqueles olhos verdes esmeralda, me perdi de tal forma que não queria ser encontrado" Vivendo em Nova York, tendo uma família de boa índole e sendo...