Harry Potter um novo Slytherin

2 - Uma mudança

Hoje, eu Harry ja tenho 10 anos, por sorte, tia Petúnia ainda não descobriu nada sobre minha querida amiga Morgana, esse foi o nome que dei a minha colega, ela fica no meu quarto, embaixo das minha cama e com ela a população raquítica esta acabando consideravelmente. Hoje particularmente sinto que estou muito azarado, se minhas contas estiverem corretadas, hoje infelizmente é o aniversário do nosso querido Duda. E me levantar hoje só confirmou minhas suspeitas, antes mesmo de eu acordar, Duda já estava pulando na escada, e a poeira caia sobre meu rosto. Ao acordar, limpo um pouco a poeira e me sento na cama, Morgana sai debaixo da cama e me encara, sibilando ela pergunta.

- Mestre, deixe eu dar uma boa lição nesse muleque...
- Infelizmente não... se você fizesse algo, de alguma forma eles dariam um jeito de me culpar.

Me levanto e abro a portinha do meu quarto, Duda já estava a mesa, como sempre. Chego a mesa e me sento, logo tia Petúnia vai me dando sermão.

- Dê parabéns a seu primo Harry, não te demos educação?

A olho tentando ao máximo não dar uma resposta engraçadinha que segundo Tio Valter, era o que eu mais gostava de fazer.

- Desculpa Tia Petúnia. Parabéns Dudinha- " Só de falar o nome dele me dá repulsa ", penso comigo mesmo. Duda me ignora e continua a comer sua torta, com a cara vidrada na televisão, como sempre. Comprimo os lábios em uma tentativa de amenizar a raiva, só de ver ele ali, mastigando sem parar, não se preocupando em ter o mínimo senso de educação em me responder fazia com que minha raiva sobe cada vez mais. Por sorte, tia Petúnia chamou Duda para receber seus presentes, e como sempre, eles fizeram a contagem de presentes, Duda ficou pelo menos uns 5 minutos pensando até perceber que tinha um presente a menos, e quando ele exclamou, dizendo que faltava um, sinto uma vontade enorme de dizer " Nossa, e descobriu isso sozinho? " , mas infelizmente minha condição social e hierárquica na família não me permite falar isso ou expressar qualquer opnião que de acordo com os Dursley, não combinam com seus pensamentos. Após o tomar o café, vou para meu quarto e me sento na cama, para terminar a digestão e para minha surpresa, escuto o barulho da fechadura da porta se trancando, levanto a cabeça assustado e olho através das grades o grande bigodão do tio Valter balançando enquanto ele fala.

- Pensou que poderia ir atrapalhar a festa do Dudinha né garoto? Pois eu não viu deixar, vai ficar ai até voltarmos do zoológico.

Então ele sai, enfurecido caminho pesadamente até a porta e começo a bater desesperadamente

- Vamos! Me deixem sair!

Paro por um momento de bater e escuto o barulho da arrancada do carro e o pneu cantando no asfalto. Volto para minha cama e falo com Morgana

E agora? Não posso ficar aqui dentro...
Ela responde sibilando de volta

Desculpa mestre, não há nada que podemos fazer por enquanto.

Frustado me deito na cama e tiro os óculos, observo a luz do teto baixo e penso " que vida ruim eu tenho... daria tudo pra viver em outro lugar " . Algum tempo depois acordo com algo estalando feito um chicote na rua e depois ouço o barulho da porta sendo arrombada, assustado apago as luzes do armário pensando ser algum bandido, me aproximo da porta e olhos pelas frestas dois homens vestidos de preto, usando mascaras cinzas de metal em seus rostos, e uma coisa se remexe em minha cabeça, em algum momento da minha infância... não, antes disso, eu já tinha visto algo parecido. Os observo sem fazer nenhum barulho. Um deles olha para o armáriozinho e com medo penso que ele possa ter me visto, ele continua me encarando, e depois de algum tempo seu parceiro desçe das escadas dizendo

- Está tudo limpo, vamos!
E os dois saem correndo pela porta, momentos depois mais dois barulhos de chicotadas são ouvidas e derrepente o silêncio. Ligo o interruptor e as luzes se acendem.

Morgana, rápido precisamos sair daqui, você conheçe alguma forma?

Ela vem se arrastando, e ergue a cabeça, já estava ficando difícil esconde-la, Morgana ja estava do tamanho de meu braço, ela fica um momento em silêncio e então responde cautelosamente

Conheço, mas é muito arriscado, pois o único lugar que sei te levar, é para a casa de uma amiga minha, Nagini, é lá onde ela fica, junto ao seu mestre.

Respondo,

Certo, eu aceito a oferta.

Então Morgana se enrola em meu braço, e por um segundo nada aconteçe, só que no segundo seguinte, sinto meu corpo se espremendo e girando loucamente, caio no que eu achava ser o chão, me levanto com a visão um pouco turva, e quando consigo focalizar, vejo nitidamente uma mansão que pelo tempo, foi se desgastando.