CAPÍTULO TREZE

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- É sério, você não precisa jantar com a gente. – a ruiva murmurou nervosamente para Steve.

- Mas eu quero! Seus pais devem ser mais do que incríveis! Eu quero, realmente, conversar com eles... – ele segurou na mão de Ginger – Afinal, não deve ser tão ruim.

- Se as pessoas te virem entrando na minha casa... – ela parou abruptamente no meio da calçada e encarou o rapaz – Você não sabe onde está se metendo, Stev.

- Eu não me importo com as outras pessoas, Ging! Eu quero conhecer seus pais, quero conhecer os caras que fizeram você ser maravilhosa como é. E eu quero beijar você, mas preciso da autorização deles antes – ele sorriu atrevidamente – Então, eu vou nesse jantar.

- Você ainda não me beijou por que vai pedir para os meus pais? – a garota ergueu sua sobrancelha ruiva e riu debochadamente – E eu achando que tinha caído na sua friendzone!

- Ging, acredite quando eu digo que estou usando toda a força que possuo para não te agarrar aqui mesmo. Vamos para a sua casa e resolvemos esse assunto depois.

As bochechas da garota ficaram da cor de seus próprios cabelos. Como Steve conseguia deixa-la assim? Depois do almoço de ontem eles passaram a tarde toda conversando sobre tudo que já viveram e que querem viver, mas quando ele foi deixa-la em casa não a beijou e aquilo a broxou instantaneamente.

Lá estavam eles, com os dedos entrelaçados, na frente da casa colorida dos Campbell. Ginger respirou fundo e abriu a porta, conseguia ver a mesa já posta e as risadas dos pais na cozinha. Steve parou perto da escada onde Ginger caiu há alguns dias atrás e observava as fotos constrangedoras da garota com um sorriso bobo nos lábios, ela o fascinava de maneira que ninguém era capaz de compreender.

- Então você gosta de purê de batata? Interessante – as gargalhadas escapuliram da boca de Steve no mesmo instante.

- Essa era outra razão para que eu preferisse comer em um restaurante qualquer – a ruiva revirou os olhos sorrindo.

Ginger não conseguiu se segurar e encarou novamente o rosto do rapaz ao seu lado, ele estava ocupado demais observando os momentos mais catastróficos da vida dela. Ele sorria como bobo, mas ela não entendia o porquê, seria por ela? Nunca ninguém ficara daquele jeito por ela, ainda mais um rapaz que ela conhecera há poucos dias atrás. Ela não poderia julga-lo, pensava nele desde a primeira conversa no quintal... Ele era diferente de todas as pessoas que moravam naquela cidade e, felizmente, era uma coisa boa.

- Crianças, chegaram cedo! – Richard sorriu ao perceber o quão sua filha estava encantada pelo rapaz – Trenton está terminando o purê.

Os jovens se encararam e começaram a rir, deixando o pai de Ginger mais perdido do que nunca. Tão pouco tempo e eles estavam tão conectados.

- Richard, é um prazer finalmente conhece-lo, sua filha falou bastante sobre você e o Trenton nesses últimos dias – Steve cumprimentou o homem mais velho.

- O prazer é todo meu, estava louco para conhecer o rapaz que conseguiu tirar minha garotinha daquele quarto. Sinta-se em casa, Steve!

- Hãn, Sr. Campbell?! Posso perguntar uma coisa? – o pai da ruiva afirmou enquanto ela apenas observava estranhamente aquela cena.

Steve chegou perto de Richard e murmurou algo em seu ouvido, ao terminar um sorriso se abriu no rosto dos dois homens naquela sala, o mais velho apenas afirmou com a cabeça e voltou para a cozinha gargalhando e chamando pelo amado.

- O que você falou com ele? – Ginger deu seu famoso olhar curioso enquanto se aproximava de Steve.

- Bom... – ele disse se aproximando e envolvendo seus braços na cintura da ruiva – Eu apenas disse que ele tinha feito uma filha muito bonita e que isso estava me enlouquecendo porque eu estava morrendo de vontade de beija-la, então como o criador dessa tentação ele deveria ter piedade e me deixar matar a vontade.

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