Capítulo 25

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Estava chegando em casa, a festa havia durado o tempo suficiente para nos divertirmos.
Os meninos subiram, eu fui fechar a garagem e garantir o alarme
-Grande A!- ouço uma voz familiar ecoar

Me congelo sobre o chão reconhecendo a voz que soou em meus ouvidos. Sinto o cano da pistola pressionar sobre minhas costas, ergo minhas mãos devagar até a altura da minha cabeça
-Jonas. . .- sussurrei
-a quanto tempo, tá mais forte- ele falou

Viro-me lentamente para olhar seu rosto, sua pistola ainda está apontada para mim, e em meu rosto nenhuma expressão se passa
-Eu sei- respondi
-Não vim fazer nada, só quero conversar
-é por isso que esta apontando isso para mim?- perguntei
-Só quero que me ouça- ele enfatizou
-Isso é uma arma e não um aparelho auditivo- debochei
-Sempre gostei de você- Ele baixou a arma e eu meus braços- tem uma parada grande, e um serviço que precisa do melhor para resolver. Você é o melhor.
-Já disse que eu não vou fazer isso- repeti- eu não vou voltar para essa vida Jonas.
-Andrew, mandei dois capangas e eles morreram, só você dá conta disso- Ele falou
-Eu não vou fazer, dê seu jeito sozinho- comecei a andar deixando ele para trás
-Quem é Samira? -Ele falou me paralisando

Senti meu sangue ferver e uma fúria assassina tomar contar dos meus pensamentos
-Será que ela sabe sobre você? -Jones perguntou- acho que vou visitá-la

Foi tão rápido, que em um minuto Jonas estava em pé, e em outro ele estava no chão e eu apontando a arma para sua cabeça
-Repete o que você disse?- destravei a arma
-Andrew- ele ergueu as mãos tremendo
-Repete! -Berrei
-nada, eu só preciso que você me ajude, não preciso mexer com ela- Jonas falou

Uma risada fria e diabólica saiu dos meus lábios.
-Você não está entendo- pressionei a arma contra a boca dele forçando o cano a esmagar seus lábios- Você não vai mexer com ela. Porque eu não tenho pena de matar para proteção pessoal e principalmente a proteção dela.

Puxei o cano e ele cuspiu o sangue que saiam de seus lábios feridos.
-Você vai voltar para nova Iorque- Avisei- e ficar longe dela!
-tá. ..- ele se pôs de pé
-Tô falando sério Jonas- apontei para ele- se chegar perto de Samira, eu vou me divertir matando você bem lentamente.
-Mas o que eu faço? Preciso da sua ajuda- Jonas disse
-Eu não existo Jonas. Esqueça. -Falei- Vai embora. E é melhor eu não esbarrar em você de novo.
-Adeus Andrew- ele saiu

Olhei para a arma em minhas mãos lembrando do que eu era capaz. A guardei em uma caixa preta que estava na garagem, e entrei, por fim indo dormir para o dia de amanhã.

-O Jonas? Aqui?- Danillo falou surpreso

Tomávamos café enquanto eu contava a história antes de Rick e Jared aparecerem.
-Ele ameaçou falar com Samira- contei
-ah, isso não é bom- Danillo passou as mãos no cabelo nervoso.
-Escola garotos!- Rick surgiu encerrando o papo entre mim e Danillo

Seguimos caminho até a escola, minha mente voando até Jonas. Será que ele voltou? Será que me obedeceu?
Estacionei o carro e saí indo ao encontro de Samira, tê-la em meus braços era a segurança de que estava tudo bem.

-você parece tenso- Samira disse comendo sua maça durante o almoço
-E você precisa comer algo mais- sugeri
-já comi, estou finalizando- Ela disse me fazendo sorrir
-Samira, já contou pra você? -Natália disse sentando ao meu lado com Jared
-Contar o que? -Perguntei olhando para Samira que fuzilava Natália com seus olhos verdes.
-Latrina veio provocar- Elena começou
-E eu sentei a mão na cara dela- Samira finalizou
-Anjo...-Falei desaprovando
-Ela não passa de uma metida snobe, não tenho paciência com isso- Samira atirou sua maça para longe
-Se machucou? - perguntei analisando ela
-Não, ela não teve chance- Samira sorriu
-vocês tem isso em comum- Danillo riu
-Isso o que? -Falei junto com Samira
-Temperamento- Danillo piscou para mim e eu entendi o ponto
-Não posso negar que o Andrew pareceu bem assustador no primeiro dia- Natália disse
-Concordo- Andy corou
-Falem por vocês- Samira deu de ombros
-Não achou?- sorri para ela
-pra mim você parecia muito exibido- Samy corou
-te falei que elas estavam falando de você- Rick gargalhou

O papo continuou até o fim do intervalo. Era bem animado ficar em turma. Nessa turma.

Quando as aulas acabaram, fomos para casa, na verdade, deixei os garotos e fui atrás de uma ferramenta para utilizar na minha moto, estacionei o carro a uns quarteirões da loja, atravessei um beco até chegar na loja.
Peguei a ferramenta, e coisas mais de que precisava, o sol já tinha se ido, dando a lua seu lugar. Paguei minhas compras, lamentando por ter estacionado tão longe. Voltei pelo beco que havia vindo, mas desta vez estava mais escuro.
Andei naturalmente lembrando que fazia isso constantemente.
-Andrew Montez ?-Ouvi uma voz ecoar

Parei no meio abaixando a cabeça vendo o que eu seria obrigado a fazer.
-Eu mesmo!- respondi alto e claro

Três surgiram na minha frente enquanto ouvia passos vindo por trás de mim.
-Queremos falar com você- Um deles falou- Sou Peter. Esses são Tony, Matt, e Gabriel.
-Olá rapazes- cruzei os braços- Meu nome já sabem
-soubemos que você fazia parte do beco furado.
-Não sei de nada disso...- falei naturalmente
-Não foi o que soubemos- Gabriel estalou seus dedos

A lua rompeu, dando a mim uma aparência sombria, meu olhar ficou ameaçador, tendo eles como alvos, suas expressões ficaram mais tensas e assustadas, querendo correr dali. Eu sorri sabendo o que estava causando, mesmo que ainda odeie ser temido.
-Vou ser direto, e claro- Falei- Eu não sei do que estão falando, e vocês provavelmente não vão querer me irritar. Mas, se realmente insistirem nisso, eu posso abrir uma exceção e me divertir matando vocês um à um- larguei a sacola no chão

Eles deram um passo para trás, olhei por cima do ombro vendo que o de trás havia corrido.
-Gabriel é bem corajoso- comentei
-Só queríamos saber se você ainda está de serviço- Peter murmurou
-Vou deixar claro Peter. Eu não faço ideia do que vocês estão falando- falei naturalmente
-Deixa o cara ir...-murmurou Matt
-Andrew. Deixa o Andrew ir- corrigi
-Sim, Andrew- Matt gaguejou
-desculpe por isso- Tony abriu passagem
-Não repitam, dá próxima não serei tão condescendente -Peguei minha sacola e segui meu caminho

Ao entrar no carro notei o que se passava, meu passado estava querendo voltar.
E se Samira estivesse comigo?
-Porra! - bati com força no volante

Meu sangue fervia na medida que minha mente compreendia tudo. Meu passado estava aqui, querendo por tudo à perder!

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