Mundos Opostos

A festa

Meu nome é Jennifer Lawrence, tenho 19 anos e moro em Los Angeles. Atualmente estou cursando medicina. É um curso muito difícil, e requer bastante dedicação, por isso, não tenho namorados e não saio para festas a um bom tempo. Clary, minha amiga e colega de quarto, faz de tudo para que eu possa ser uma adolescente "normal", mas sempre acabo dizendo...
- NÃO! - Digo abrindo os livros.
- Qual é Jennifer? Vamos lá. Faz um esforço - A encaro por alguns segundos - Só hoje.
- Sinto muito, mas tenho que estudar.
- A PROVA SÓ É DAQUI A TRÊS SEMANAS - Ela Grita.
- E desde quando, só estuda para provas? - Ela senta em uma cadeira ao lado, respira fundo e diz
- Olhe para mim - Tiro a atenção dos livros e olho para ela - Eu não estudo o tempo todo, e tiro ótimas notas.
- Mas eu não sou você! - Ela bate com uma das mãos na testa.
- Tudo bem, olha só. Se você vir nessa, eu não te chamo mais para nenhuma - Parece uma proposta razoável. Se eu for a uma, não precisarei ir mais a outras.
- Tudo bem - Ela sorri e comemora - Mas, não irei mais para nenhuma, entendeu? - Ela balança a cabeça em modo afirmativo. Ela diz que espera ansiosa e sai em seguida. Estudo ate da o tempo da festa. Tomo um banho rápido, me visto e espero Clary.
- Eu estou tão feliz que você veio - Diz Clary. Isso dava para perceber, pois ela não parava de sorrir o tempo inteiro. Sinceramente, isso já estava começando a me incomodar.
- É legal - Digo desaminada. Não demora muito ate chegarmos. O caminho não era grande, mas Clary fez questão de ir de carro. É a festa da piscina. Algumas pessoas estão lá dentro gritando e pulando, enquanto joga água um no outro. Outras estão completamente bêbadas e vomitando o tempo inteiro. "Eca!" penso - É isso que você acha divertido?
- Você está com pensamentos negativos - Ela pega um copo de cima de uma mesa - Aqui, pode beber - diz ela me entregando o copo.
- O que é isso? - Digo bebendo o liquido rosa, que havia no lá dentro.
- Não sei, achei ali em cima - Nesse momento cuspo a bebida no chão. Ela ri
- Você tá louca? - Ela não para de rir - E se tivesse com veneno?
- Bom pelo jeito não está. Agora vem - Diz ela puxando por uma das minhas mãos - Quero te apresentar umas pessoas - Saio esfregando a língua na manga da blusa. Ela me leva a dois garotos muito bonitos - Gente, essa aqui é minha amiga, Jennifer.
- Oi Jennifer - Diz o garoto com cabelos castanhos e olhos reluzentes - Meu nome é Peter - Sorrio para ele.
- O meu é Marcus. É um prazer - Nos olhamos por alguns segundos e Clary logo interrompe o silêncio.
- Então, vou deixar a Jenn com você, por que ela está precisando se divertir - Ela levanta uma das sobrancelhas e completa - Se é que vocês me entendem - Ela sai de fininho, mas puxo seu braço.
- Tá maluca? Vai me deixar sozinha com dois garotos - Sussurro.
- Eu estou te ajudando - Ela se solta, e vai embora.
- Então Jennifer, quantos anos você tem? - Pergunta Marcus
- 19.
- Tão novinha... - Ele olha para meu copo, que por um acaso, eu ainda estava segurando - O que está bebendo?
- Não sei. Clary que me deu.
- Isso, vai faze - lá ficar melhor - Ele tira um pacotinho do bolso, abre e joga um pó dentro da bebida - Tome. Garanto que está uma delicia.
- Então toma você essa droga - Jogo todo o liquido do copo em seu rosto, viro as costas e saio. Com certeza aquilo era boa noite cinderela. Esfrego as mãos no rosto. Não acredito que a Clary me fez vir a essa festa ridícula. Procuro-a para avisar que vou embora, mas ela me impede.
- Qual é? A gente acabou de chegar.
- Essa festa ta um saco! Eu quero ir embora.
- Aqui, pega essa bebida.
- NÃO! - Grito. - Nem tudo se cura com uma bebida, Clarysse - Ela tinha esse costume, se estava ruim, ela achava que uma bebida iria melhorar. - Além do, mas, você pode ter pegado essa bebida do lixo. - Ela sorri.
- Não peguei não, foi do bar mesmo - Depois de insistir muito acabo bebendo uma, depois mais uma, depois mais uma, ate ficar completamente bêbada. Dessa vez, vou embora sem avisar Clary. Pego um táxi e sigo em direção a minha casa.
No outro dia, acordei com um cachorro latindo em meu ouvido. Abri os olhos lentamente e percebi que não estava em casa.