Prólogo

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Os cortes dos meus pulsos não doem tanto quanto a dor que eu estou sentindo aqui dentro do peito, chega rasgar mais eu sempre coloco um sorriso no rosto e ninguem percebe a dor que esta aqui dentro...
Passo o dia falando que estou bem, mesmo não estando, sorrindo quando a minha vontade é chorar, mentidos pra pessoas que me querem bem e pra outras que nem tanto, calma ae... alguém me quer bem? É eu acho que a resposta é obvia, mas enfim, passar pelo dia até que é "fácil", mas quando chega a noite, tudo que eu suportei forte durante toda minha vida vem em mente, tudo que me falam e finjo que não ligo, que não me atinge passa pela minha cabeça e a dor, a agonia que eu sinto aqui dentro parece se multiplica milhões de vezes e derrepente me vejo sozinha no quarto com a porta trancada, sentada no chão com a lamina na mão e o sangue já ali escorrendo, e nesse momento eu sinto um alivio inexplicável, é como se tudo o que eu sentia até então sumisse assim em um passe de magica, a dor dos cortes supera, ou faz com que eu esqueça pelo menos por um momento a dor que eu sinto aqui dentro. Mas depois que esse alivio passa, vem a culpa por ter se machucado de novo por causa dos outros, por causa de pessoas que nem ligam se eu estou respirando ou não, e eu me sinto mal de novo por ter feito o que fiz, e nessa acabo por dormir, e no dia seguinte é a mesmo coisa, levanta finge que nada aconteceu, sorrir, mentir e anoite desmorona novamente, e é esse ciclo vicioso que eu chamo de Vida...

Brincar de MorrerOnde histórias criam vida. Descubra agora