Excuse me ?

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Típica sexta-feira em Doncaster. Estavam em outubro e o ambiente não poderia estar mais agradável; É possível avistar um garoto caminhando pelas ruas gélidas, folhas alaranjadas e marrons embelezam o calçamento com sua graciosidade. Poderia ser um dia perfeito, mas não para Louis Tomlinson. Mas, veja bem: O garoto anda timidamente com as bochechas coradas e o nariz um pouco mais rosado que o normal, por conta do frio, além do que o garoto se encolhe mais e mais no tecido fino do seu sweater, o que, com certeza, geraria uma bronca da dona Jay, sua mãe, quando chegasse em casa; e qualquer pessoa que parasse ao menos um segundo do seu tempo para observar o frágil garoto acharia, no mínimo, adorável. Sua franja castanha caída sobre seus olhos azuis vibrantes, que poderiam ser facilmente associados à beleza do mar infinito, e claro,  curvas bem delíniadas em seu sweater azul claro com estrelas desenhadas que o deixavam com um ar mais "feminino", mas por Deus, ele não era uma garota.
Ele apenas tentava ser o mais invisível possível, por que ele era apenas Louis, aquele Louis que não gosta de chamar atenção, o Louis que gosta de passar despercebido. Mas simplesmente não tinha como passar despercebido, quando se é dono de uma beleza tão indescritível como aquela.
O fato é, que o pequeno garoto, sim, Louis era baixinho, andava olhando para seus all-stars brancos surrados, o garoto pessoalmente tinha uma grande paixão por vans, mas por algum motivo desconhecido no natal do ano passado ele pediu à uma de suas tias, aquelas que sempre te dão roupas não importa a ocasião um simples converse. Talvez por que a última conversa que tivera com o seu avô, antes de ele partir, tenha sido exatamente sobre estrelas, aquela velha história que os adultos contam pra crianças de seis anos de idade que as pessoas morrem e viram estrelas. Então, no leito da sua morte, seu avô lhe proferiu as últimas palavras dirigidas ao mesmo:
"Quando olhares o céu de noite, eu estarei habitando uma dessas estelas, e de lá, estarei rindo; então, será para ti como se todas as estrelas rissem! Desta forma, pequeno Louis você, e somente você terá estrelas que sabem rir. "
Ele sentia como se a vida fosse tão injusta! Niall Horan era injusto, esse era o motivo de ele estar quase congelando ao frio do outono. E se perguntas a ele por que, o loiro falsificado simplesmente o abandonou à porta da faculdade e não se sabe o por que. E agora, ele caminhava lentamente até chegar à uma pequena padaria, de onde vinha um cheiro maravilhoso; o que fez seu estômago roncar, por que veja bem, a última vez que ele fez uma refeição foi à manhã, quando saiu de casa, e isso seriamente iria lhe causar uma segunda bronca em um dia da senhora Jay.
Abriu a porta, o que fez com que o sininho da pequena padaria soasse por todo o ambiente calmo e aconchegante. Andou até o caixa, observando tudo com os olhinhos atentamente e se encolhendo um pouco por causa do frio.
"O que deseja, senhora ?" Disse a mulher de meia idade, ao qual o crachá dizia ser Lou.
"Hum, e-eu sou um menino"
Então a mulher praticamente ficou vermelha de vergonha por ter o confundido com uma garota. Mas quem não confundiria ?
"Oh, desculpe, querido, eu realmente estou um pouco cansada do trabalho, quanta falta de educação da minha parte."
"Não, tudo bem, eu já estou acostumado com isso. Hm, eu desejo alguns donuts e uma xícara de chá de menta, por favor."
"Claro, e mais uma vez, me desculpe."
O garoto apenas se lançou um sorriso educado e sentou-se em uma das mesinhas brancas do local. Observava tudo. Desde a mulher que brigava com a, aparentemente, sua filha, por comer doces de mais, ao senhor  que aparentemente só queria observar as pessoas, pois bebia seu café devagar de mais.
Então, por questão de higiene, levantou-se e perguntou educadamente à um dos atendentes dali onde se encontrava o banheiro. Lavou suas mãos, como sua mãe sempre o ensinou. Sendo confundindo por uma menina, novamente, no banheiro masculino.
Voltou à sua mesa, então a alguns passou de distância observou outra pessoa, ou melhor, um garoto de costas largas e cachos rebeldes sentado em seu lugar. E, por Deus, ele só queria poder fazer uma "refeição" em paz e esquecer tudo o que Niall o fez passar essa manhã. Então gentilmente tocou as costas do garoto à sua frente.
"Com licença, mas o senhor está comendo os meus donuts."
E aqueles malditos olhos verdes se voltaram à sua direção.

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