Entro em casa profundamente confusa e triste, perdi meu primeiro e único amigo. Amigo? Tá mais pra colega Ana! Ou quem sabe apenas vizinho?
- Que cara é essa? - minha mãe pergunta.
- O garoto da casa ao lado, ontem falei com ele, e hoje ele me tratou como se nao conhecesse.
- Ja falando com os vizinhos? Que legal!
- Arghhh - vou pro quarto.
*HORAS DEPOIS*
- ANAAAAAA, SETE E MEIA, DESCE.
- O ANAAAA TA NA HORA.
- ANA SETE E QUARENTA! EU VOU AI HEIN.
- Ana, eu nao acredito. ANA LEVANTA AGORA.
Acordo assustada - Oi, o que?
- Filha, Oito horas! Eu te avisei que devíamos dar uma boa impressão e tudo.
- Eu nao vou mais - fecho os olhos.
- Não vai?
- Não. Pode ir.
- Mas e as roupas?
- Eu uso em outra ocasião.
- Então eu tô indo lá com o Antônio daqui a 20 minutos, se quiser ir, dá tempo. - sorri.
Eu? Ir? Eu nunca mais quero ver a cara de quem dá uma de amiguinho mas depois age como se nem conhecesse. Nao sou nenhuma boba não, prefiro não ter nenhum amigo do que ser amigo de alguém falso.
*DEZ HORAS*
- Foi demais! Conheci o William, o Eduardo e o Thomas, eles são uma galera mt legal!
- Mano.
- Diz.
- Quantas vezes que voce vai entrar sem abrir na porta? - faço uma cara de chata.
- Ah, tipo assim, sempre. Falou, eu vou sair com a galera.
- Já tem galera? - pergunto.
- É.
- Você só tem doze anos - rio.
- Voce tem quatorze e não tem nenhuma galera.
- Por enquanto querido. POR ENQUANTO.
A mamãe chega no quarto falando:
- Filho você ainda vai? Os meninos estão te esperando lá embaixo.
- Vou.
- Você so vai se for com a Ana, olha tua idade pra a deles.
- NANANINANÃO, mãe diz que é mentira - o meu irmão implora.
- É verdade. - ela fala.
- Ana - ele me olha.
- Não - digo.
- Ana.
- Não.
- Ana, por favor.
- Não.
- Vaiiiiiiiiii, eu arrumo teu quarto por uma semana?
- Fechado, agora deixa eu me arrumar.
*Minutos depois*
- Oi gente - sorrio para as pessoas que ocupavam minha sala de estar.
- Ana - Will me dá um tchau e um sorriso.
Nossa, que falsidade.
Meu irmão, atrevido, se achando o top, começa a apontar para todos e dizer o nome de cada um.
- Mariah, 13. Livian, 13. Marquinhos, 12. William, 15. Renata, 15. Thomas, 15. Eduardo, 15.
Tipo assim, eu tô louca ou tem três William's na minha frente.
- Ah, a garota que veio falar comigo sem nem me conhecer - o suposto Eduardo aponta pra mim.
- São trigêmeos? Tipo assim, ai meu deus. São três lindos? - coro - Ai, ignorem isso - todos riram.
- Vamos galera? - Renata fala.
No caminho Renata veio conversar comigo.
- Oi florzinha!
- Oi.
- Então, é o Will né? Tipo assim, vou te contar umas coisinhas. - ela ri - eu já sai com o Will, com o Tho e o Edu, o Tho é o meu namorado e tipo, tente não trocar os dois pelo amor de Deus!
- Ok - rio
- Will, chega cá
- Eaí. - Will sorri. - Ana, o que tá achando do vale?
- É um sonho, tipo você. - falo
- O que? - ele ri
- NADA. AI MEU DEUS, IGNORA.
- Aonde estamos indo? - pergunto.
- Sorvete.
- Flocos e chocolate.
- Eu também, bizarro - ele ri.
Todos nós tomamos sorvete e voltamos pra nossas casas, como apenas eu, meu irmão e os trigêmeos moravam na minha rua voltamos juntos, e os outros foram embora.
Antônio, Eduardo e Thomas estavam andando na frente enquanto eu e Will estávamos atrás.
- Quando é seu aniversário?
- Dia 07 de janeiro.
- Qual sua idade?
- Quanta pergunta Will, tenho 14.
- Ultima pergunta - ele ri.
- Fala.
- Vai fazer festa?
- Talvez, se sim, eu te convido, pode deixar!
Eles entraram em sua casa e eu e Antônio entramos na nossa, que noite. Nunca que eu iria saber que eram trigêmeos, fantástico!
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O garoto da casa ao lado
RomansaÉ tudo muito estranho quando você muda de casa, principalmente quando você descobre que tem três vizinhos iguais.