capitulo 2 - Miss Bennet and Mr. Darcy

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"E que este casal tenha um casamento pleno e cheio de amor, assim como eu e minha esposa temos, está união dará bons frutos" as palavras de meu pai ecoaram por minha mente vaga a noite inteira, me perdi em meus pensamentos nos primeiros cinco minutos de seu discurso, a maior bobagem, mas a última frase ainda ficou vagando e vagando até que consegui pegar no sono, mas mesmo assim, a primeira frase que me lembrei foi a dele.

Que união pode dar bons frutos quando não há amor nela?

Não importa o quanto minha mãe diga que iremos aprender a amar um ao outro, o amor não é uma coisa que se aprenda, ele simplesmente surge como uma chama duradoura, que se alimentea de todo o seu ser.

— Bom dia família linda. — comprimento meus país sentados a mesa tomando o café da manhã, a mesma está cheia de gostosuras.

— Bom dia princesa. — diz meu pai

— Bom dia Lizzy. — minha mãe me beija na bochecha

— Posso saber o motivo desta animação toda? — não sei, qual seria?

— Nenhuma paizinho lindo, apenas sentia falta de tomar café da manhã com minha família. — ele me olha desconfiado, minha mãe apenas sorri

— Paizinho lindo? — ele diz divertido — você só me chama assim quando quer alguma coisa.

— Mas que mentira. — tento me defender, segurando o risso diante da situação.

— Vamos, diga. — ele insiste sorrindo.

— Mãe, me ajude aqui. — olho para ela, que nos olha rindo baixo.

— Desculpe querida, mas ele tem razão.

— Até você? — finjo indignação. —Estou decepcionada.

Começo a comer minhas torradas com geleia de morango, — Simplesmente amo geleia de morango — bebo meu suco de laranja e observo meu pai ler seu jornal e minha mãe sua revista.

Sentia tanta falta disso, tomar café com eles, ser uma família de novo. Eu queria e não queria voltar de Londres, os prós e os contras, os pós seria poder passar mais tempo com meus pais, rever meus amigos, mas os contras são os piores; casar, aprender sobre a empresa e andar para todo lado com um segurança.

Isso me lembra o quanto estou com saudades dos meus amigos daqui, faz muito tempo que não os vejo, me lembro de quando éramos pequenos, aprontávamos muito. Lembro de uma vez que Cally deu uma tacada na bolinha enquanto jogávamos beisebol e acabou acertando, quebrando a janela do carro do senhor Donni, meu vizinho, saímos correndo para dentro de casa, mas ele sabia que tinha sido nós, sempre sabia quando aprontávamos. Chaz acabou assumindo a culpa por nós. Não concordamos com aquilo, ele apenas tomou a frente sem nos dar a chance de nos entregar. Chaz gostava de Cally, sei que sim, ele sempre fazia tudo por ela. Éramos tão jovens, não tínhamos noção de como as coisas do mundo real era.

— Então paizinho, eu estive pensando. — começo.

— Eu sabia. —  ele e minha mãe caem na risada.

— Ei, não tem graça. — faço bico.

— Tem sim querida. — até a minha mãe está me chamando de interesseira.

— Tudo bem, diga o que quer. — o senhor Henry ainda sorri.

— Como estava dizendo, eu estive pensando... Que poderia ir de carro para a escola sozinha...

Vejo o sorriso de meu pai desaparecer e minha mãe ficar totalmente tensa.

— Isso está fora de questão. — Henry diz serio.

LisbellaOnde histórias criam vida. Descubra agora