Sentada em minha mesa no trabalho olhando para o horizonte me perguntando o que eu teria feito de errado.
As coisas estavam indo bem, eu me recuperando de tudo e voltando a viver minha vida sem a sombra do passado.
Mais como sempre me vem algo do meu passado para me atormentar.
Já não suportando mais ficar naquele local abafado, decido sair para dar uma volta, já que hoje o expediente está mais tranquilo. Levanto sem ao menos pegar minhas coisas e mês dirijo ao elevador pronta e decidida a caminha para o mais longe possível na minha hora do almoço. Então a porta se abre revelando uma dona Flavia abatida e com olhos inchados e vermelhos.
-O que você faz aqui. –Pergunto sentindo o sangue fugir do meu rosto.
-Bia, precisamos conversar, eu preciso falar com você antes de partir. –Sinto os olhares de curiosos fuzilarem minhas costas, se tem algo que eu não suporto são pessoas prestando atenção em minhas conversas.
-Olha Flavia, não tenho mais nada para conversar com você, desde o dia em que me expulsou de casa para ficar com aquele escroto do seu marido. Agora por favor me da licença que estou na hora do meu almoço.
Entro no elevador ignorando os olhares em mim.
Minha mãe continua ao meu lado me olhando com os olhos cheios de lagrimas segurando para não derruba-las.
Sinto um comichão em minha nuca, e uma inquietação enquanto o elevador desce para o primeiro andar, aqueles dez segundos provavelmente seria os segundos mais longos dos últimos tempos.
-Bia. –Ela dia encarando o chão. –Sinto muito.
Quando enfim eu decido olha-la melhor as luzes se apagam e o elevador da um tranco, caio de bunda no chão sentindo uma dor agua se espalhar em meu traseiro, meus olhos começa a arder e lacrimejar, sinto que vou começar a chorar e antes que as lágrimas se rompam pelos meus olhos sinto uma mão quente e macia aperta meus ombros. Lentamente dona Flavia me agacha passando as mãos pelos meus cabelos, ela segura em meu queijo me obrigando a olha-la nos olhos. Seus olhos tão parecidos com os meus. Suas feições tão idênticas as minhas, por um segundo imagino como minha mão era quando ela tinha a minha idade, não tínhamos muitas fotos de família.
–Eu realmente não sei o que você quer aqui. –Digo entre soluços.
–É claro que você sabe. Eu vim atrás de você para lhe pedir desculpas, na verdade te pedir perdão. E agora que estamos sozinhas iremos conversar sem ser interrompidas.
–Eu só queria que você tivesse me colocado no colo e me amparado, eu só precisava da sua compreensão, só seu amor eu tudo o que eu recebi foi seu desprezo e indiferença. –Eu disse tentando conter as lágrimas que mais pareciam cachoeiras. Dentro de mim algo mudou, um peso que eu nem sabia existir saiu do meu peito, me senti mais leve por desabafas algo que sempre senti porem nunca admiti.
Queridos leitores. Mais um cap para vcs, esta curto porem é somente a primeira parte do cap.
Espero que gostem.... Bjos e até a proxima.
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Diários secretos
Roman d'amourOBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - PLÁGIO É CRIME! Beatriz não sabe o que significa amar, ou ser amada. Não sabe o que é uma família, depois de uma grave acusação é expulsa de casa e não sabe para aonde ir. Aos...