Capítulo Quatro - Fernando Serrano

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Atenção!

Essa história ficou disponível para leitura até 10/09, foi retirada para revisão, sendo deixado apenas alguns capítulos para degustação.

***


Depois de deixar Becca na loja de variedades, segui para o mercado mais próximo. Precisava abastecer a geladeira e parar de ficar comendo na rua. Eu não era um excelente cozinheiro, mas pelo menos não passava fome.

Peguei tudo o que precisava e mais algumas besteiras e caminhei para o caixa. Quando destranquei a porta do carro para pôr as compras no banco do carona, vi um pequeno objeto deixado de lado. Era o celular dela.

Sorrindo, coloquei o aparelho em meu bolso e segui até o apartamento. Confesso que muitas vezes me sentia sozinho demais por morar só, mas era melhor assim. Dividir quarto com alguém estava fora de cogitação. Eu tinha tentado e não foi algo prazeroso.

Ajeitei as compras na dispensa e na geladeira, depois segui para o quarto e larguei a mochila no chão, antes de me jogar na cama. Tirei o celular dela do bolso e desbloqueei a tela. Sei que o que estava preste a fazer era errado, mesmo assim abri sua galeria e comecei a ver suas fotos. Nenhuma foto realmente me chamou atenção, tinha com uma garota, uma senhora, um senhor, um cachorrinho e um cara que a abraçava, loiro com cara de idiota. Namorado? Amigo? Bem, não sei.

Parei em uma foto sua sozinha. Ela tinha sardas pontuando seu nariz perfeito. Seus olhos azuis eram grandes e expressivos. Ela era bonita, na verdade. Na foto seu sorriso era sincero e os cabelos voavam livres e dourados ao vento. Ela era realmente bonita. Era uma pena ser nova. Talvez nova demais para mim.

Passei para a próxima foto e me vi na imagem com cara de lesado. Com certeza estava apagando esta foto. Voltei para a tela inicial e abri a câmera, daria a ela um foto decente minha. Por um momento pensei em tirar uma foto nu para provocá-la, aposto que ficaria vermelha como tinha ficado hoje. Becca definitivamente ficava ainda mais bonita corada. Tirei algumas fotos e acabei deixando apenas duas, uma sorrindo e outra dando a língua.

Devo dizer que fiquei um pouco decepcionado. Esperava encontrar uma foto dela nua, como as adolescentes adoravam tirar hoje em dia.

Porra! O que eu estava pensando? Ela era menor de idade e eu aqui imaginando ver uma foto da garota nua... Alguém precisava me lembrar de que pedofilia era crime.

Deixei o celular dela na cômoda e fui tomar banho. Essa seria uma das noites em que eu saciaria as minhas necessidades. Lyana provavelmente já estava me esperando. Ela era a única garota que eu conhecia que queria exatamente o mesmo que eu: sexo. Apenas horas de prazer sem nenhum compromisso ou cobrança depois.

***

Uma coisa que nunca faço é dormir com a garota da vez. Lyana entendia isso e simplesmente depois de passarmos horas usando sua cama de todas as formas possíveis, fui embora.

Porém, não queria ir para casa, onde o vazio e a solidão me esperavam.

Como a casa de Lyana era próxima ao meu apartamento, não tinha necessidade de sair com o carro, então agora eu andava pelas ruas vazias com as mãos nos bolsos, olhando o movimento. A essa hora da noite não tinha muito para ver, mas algo definitivamente chamou minha atenção.

Em uma enorme casa amarela, eram visíveis vários jovens se divertindo em uma festa. Eles dançavam, bebiam e gritavam. No passado, eu era adepto a festas e bebidas, nada para mim importava, a não ser a diversão. Bebia até não lembrar mais meu próprio nome, e com o tempo comecei a fumar também. Não me orgulho de minhas atitudes, principalmente por elas serem o motivo de eu estar aqui hoje.

Colidindo em Você (DEGUSTAÇÃO!)Onde histórias criam vida. Descubra agora