Aqui estou com um grande e desenhado muro ao meu redor.
Vejo neve e tudo é muito calmo lá fora. Prazer me chamo Amy, tenho dezoito anos de idade, estou presa em um campo de concentração de Auschwitz. Sinto falta de ar diariamente e é necessário eu ir para fora, pra que eu possa sentir a neblina me aliviar. Como se isso fosse adiantar, afinal meu final aqui é previsível, já que vejo todos os dias a câmara de gás ser ativada.
Meus pais estão localizados em um outro campo, e já não os vejo à aproximadente três anos.
Quando tenho a oportunidade de bisbilhotar a tevê dos soldados de Hitler, sempre ouço noticiários sobre a guerra que estamos vivendo. E o pior de tudo é que logo após noticias ruins das mortes ocorridas, o que escuto de um senhor é que devemos sempre manter a esperança, pois ela é a ultima que morre.
Sinceramente, em mim já não existe tal sentimento. Pessoas que foram cruelmente torturadas e jogadas nuas e sujas em câmaras, talvez tinham esperança, e ela se foi junto a eles ou até antes. Admiro grandemente pessoas que morrem esperançosas.
Não tenho a esperança de sair daqui viva, pois, não sou e nem tenho a oportunidade de ser livre. Como pode gerar dentro de mim essa "coisa" ?
Mas tenho a convicção de que o mundo aonde vivemos um dia possa melhorar, e que um dia iremos encontrar amores e pessoas que nos fazem bem. Acredito que nascerão pessoas com demasia bondade, e que um dia não só esta guerra irá acabar, mas toda. De que não mais haverá motivos para iniciar-se bombardeios. E que a fome excessiva já não mais existirá. Falando assim parece utopia, pra muita gente isso é fantasia. Mas também acredito profundamente que somente uma pessoa pode começar a mudar o mundo. Essa jamais será esquecida ou desconhecida, mas o que ela fazer será inexplicável. E talvez, essa bela e bondosa pessoa seja você.
Cordialmente
Nevaska. Amy
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Guerras e War
Historical FictionEsta é uma carta de uma garota que na qual infelizmente não sobreviveu as cruéis torturas corporais e de sonhos que foram apenas utopias.