8° Eu sendo Eu (uma idiota)

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Era sábado, e eu dormi na casa da minha avó, aproveitei já que não via ela a muito tempo. Eu adoro ela.
Ela consegue saber oque está acontecendo com qualquer um so de olhar.

As vezes eu tinha medo disso mas agradeço muito hoje por conta dos concelhos dela pra mim, isso me ajudou muito no começo da adolescência.

Deci e o cheirinho de waffles no ar com a manteiga derretendo e varios cupcakes caseiros em volta da mesa pra mim e minha irmã me convidavam ainda mais a decer. Lisa já estava lá, ela é muito gulosa e era parecida com meu pai so que com os olhos da minha mãe. Meu pai é um homem moreno mas não tão escuro, com os cabelos negros e seus olhos verder. Minha irmã e igual a ele so que com cabelos grandes e tinha os olhos de minha mãe como já disse.

Ela estava sentada na mesa e parecia esperar alguma coisa, foi quando minha avó apareceu com uma tigela de cereal, o preferido por mim e Lisa. Terminei de decer a escada até correndo. Dei bemsa pra ela e peguei uma tigela, fui pra varanda sentar em um banco feito de madeira já antigo, bem antigo.

A casa da minha avó dava de frente para uma das trilhas entre a floresta que da pra estrada, mais avia varias outras que davam pros riachos e uma outra dava pra cachoeira, um belo lugar.

Preferiria morar aqui mas é longe de tudo.

- Minha filha, está tudo bem com você? (Vò Doris)

- Tudo vozinha, porque? (Eu)

- O minha netinha eu sei que você não está bem, esqueceu dos meus poderes, eu sou uma vidente de mão cheia. - Ela disse se sentando ao meu lado - não fique assim, seu coração vai escolher aquele que você se sente feliz, apaixonada e segura você vera. Mas não se confunda ok, e tome cuidado com suas decisões meu amor. - vozinha me disse aquilo com um tom de voz tão calmo que não consegui me segurar e dei um abraço nela que me deu um beijo na testa - Você vai querer oque pra comer mais tarde? (Vò Doris)

- Obriga vozinha. Quero bolo de carne. Pode ser? (Eu)

- Claro meu amo. Vá se vestir e me dé essa tigela, se quiser sair pode ir. (Vò Doris)

Minha avó é um anjo daqueles perfeitos, sei que com ela meus segredos estão guardados.

Subi, me troquei e deci. Precisava sair, preciso pensar em quem escolher......não, não preciso, eu não devo gostar deles eles merecem coisa melhor.

Peguei a segunda trilha a mais longa que dava pra cachoeira. Fui o mais devagar possível, não aguentava pensar, mas como poderia gostar de algum deles, não eu so estava me iludindo e os iludindo, em pensar que achei que gostava deles, mas sera que gosto, não acredito como poderia começar a gostar dele quer dizer Márcio, meu melhor amigo, e se esse amor so fosse eu e ele confundindo as coisas não me perdoaria se machucasse Márcio.
Lucas, gosto do geito dele mas se Cristina for ficar com Márcio quero conhecer ele melhor não quero me iludir e quebrar a cara, não mesmo.

Cheguei até a cachoeira mais linda do que de normal. A água estava cristalina com os raios de sol que refletia na mesma, que tentava invadir a escuridão formada pelas arvores. Os peixes nadavam até mais felizes e eu tive o privilégio de ver dois Camarinhos se apaixonarem.

Me sentei em uma pedra de frente pra tudo aquilo, ainda prestando atenção nos canarinhos que me fizeram pensar na quilo tudo dinovo, e o desespero, medo e culpa caíram sobre mim. Lembranças do passado me rodiavam me prendiam a pensar no futuro e a vivelo; meus pesadelos recordados e os monstros da infância pareciam ainda mais reais e eu não pude empedir as lágrimas que escorriam em meu rosto e me faziam soluçar, mas com cada lágrima meu desespero almentava e me faziam querer gritar e berrar, não aguentava mais me prender as lembranças e não me decidir. As escolhas erradas me faziam lembrar das consequências, minha respiração pesada e minha falta de ar me sufocavam, não aguentava mais, então berrei, gritei com todo o meu coração eu precisava queria e as lágrimas não paravam de rolar, mas meus soluços não me impediam de continuar gritando e foi oque fiz. Não era um grito alvoroçado como de pavor, mas um grito de " me ajude " "socorro", de alguem quase sem voz que não tinha esperança e nem força.

- Oi você está bem? (....)

Ham!? OQUE !? Sequei as lágrimas mais que de presa e começei a olhar envolta.

- Quem...está...ai? - Disse meio assustada, e me engasgando com os soluços - É....é melhor sair.
(Eu)

- Olivy? É você? (...)

- Quem esta ai? Anda saía. (Eu)

- So eu...eu o..... (....)

- Ham? Eu quem, cade você. (Eu)

- So eu...(....)

- Marlom? (Eu)

- Olivy! É você mesmo então. (Marlom)

-Marlom oque você esta fazendo aqui? (Eu)

- Ham! - Ele parecia meio abobado e não parava de me olhar. (Marlom)

- Oque você tá fazendo aqui? - Ele veio até mim e continuava me olhando - E então você pode me responder? (Eu)

- HAm!? Sim, é....posso. Mas oque você me pergunto? (Eu)

- Oque você está fazendo aqui? E da pra prestar atenção em mim agora? (Eu)

- É impossível parar de te olhar... ......hum quer dizer sim, é , meu avô mora aqui do lado e esse é meu lugar favorito, mas acho que não sou o único que acha isso. Mas você, oque faz aqui, e porque está assim? - Ele disse se sentando ao meu lado. (Marlom)

- Vim pensar e andar um pouco pra distrair, eu to assim porque to me sentindo mal com algumas coisas familiares - assim que disse isso abaixe a cabeça e senti sua mão em minhas costas, era tudo o que eu precisava. Me levantei e olhei nos olhos dele que pareciam me olhar com admiração, e sem motivo encostei minha cabeça em seu peito o que fez ele me abraçar carinhosamente e acariciar meu cabelo, e uma lágrima desceu.

- Livy, não fique assim, são seus pais e eles querem seu melhor, meu amor. (Marlom)

- OQUE? Aaaaaa, que intimidade você tem com migo pra me chamar assim, eu não sou uma de suas cadelas, não preciso disso. E se você acho que ia ser tão fácil assim, ta muito enganado. Seu safado, agora entendo o que as meninas estavam falando. Você aproveita de qualquer situação pra dar em cima das garotas. E eu achando que você so era visto assim porque namorou a Camilla, mas isso não tem nada haver. - Me levantei com tanta raiva que fiz ele cair e saí bufando e pisando duro dali. (Eu)

- Livy, Livy, Olivy, Olivy, espera, desculpa se eu fiz alguma coisa, mas isso é so um apelido, não entenda mal, Livy espera por favor. (Marlom)

Cheguei em casa até bufando, não acredito que achei que ele poderia ser um bom amigo.

- Livy, você esta bem? ( Vó Dóris)

- Desculpe vozinha, mas não quero falar disso. (Eu)

- Hoooo minha netinha pode me contar. - ela disse com uma voz tão carinhosa parecida com a de quando eu me machucava e ela falava " um beijinho cura tudo meu amor" , que eu não pude ignorá-la e subir. (Vó Dóris)

- Haa minha vò eu sou uma tola, achei que tinha achado um amigo que me desse o ombro pra chorar, mas era na verdade um aproveitador safado, me chamou até de meu amo. - Disse até mordendo os lábios de tanta ráiva. (Eu)

- O minha neta, foi so um apelido, seus tios, pais e parentes não te chamam assim. Coitado, ele deve ter ficado sem entender nada. (Vò Dóris)

- Sério vò, você acha isso. Eu devo ter sido uma idiota. Eu sendo simplesmente eu mesma. - disse isso abaixando a cabeça. (Eu)

- Calma minha netinha, mas não é nada que não consiga resolver meu amor, só não brigue com ele atoa entendeu, na verdade com ninguém. Venha jantar, está pronto. (Vò Dóris)

- Vozinha talvez eu dessa mais tarde, mas agora quero subir e deitar, mas obrigada. (Eu)

- Ok minha princesa. (Vò Dóris)

Não parei de pensar como fui uma idiota, mas ia me resolver com ele a se ia.

Namoro ou AmizadeOnde histórias criam vida. Descubra agora