A Namorada do Luan Santana

Capitulo 14 - Declaração, decepção, realização :Luana narrando

Eu estava completamente congelada por dentro e meu coração batia forte com aquela imensa adrenalina, o Vitório estava realmente doido, mas eu não podia ser capaz de dizer que não estava gostando. Depois de mais alguns segundos, interrompemos o beijo. Eu olhei em volta e todos estavam nos olhando boquiabertos, ainda como se eu não esperasse, Vitório gritou para que todos ouvissem:

Vitório: Esse foi o melhor beijo da minha vida, Luana! - eu olhei para baixo, morrendo de vergonha, ainda não estava acreditando no que tinha acabado de acontecer - Ouviu Luana? - Diminuiu o tom de voz - O seu beijo é muito bom, o melhor - repetiu olhando para minha boca e em seguida voltou a me beijar.

Roberto: Vocês realmente vão continuar com essa palhaçada? - ouvimos uma voz bem ao nosso lado, era o diretor que nos olhava, com uma cara de aborrecido. Imediatamente eu desgrudei do Vitório - Os dois na minha sala, já!

Vitório: Ferrou. - falou baixinho e seguimos para a diretoria.

Eu estava com o coração na mão, o senhor Roberto era extremamente rigoroso e não permitia nenhum tipo de agarração na escola. Os namorados tinham que se segurar para não ultrapassar as regras, que valiam apenas em andar de mãos dadas, abraços rápidos e raros selinhos imediatos, ou alguns beijinhos escondidos. O que não podia, era exatamente o que a gente fez: dar longos beijos no meio do pátio, onde todos pudessem ver.

Roberto: Eu só queria entender o que está se passando pela cabeça de vocês. Por um acaso estão achando que a escola é algum tipo de boate?

Luana: Não senhor.

Vitório: Senhor Roberto, desculpa-nos é que...

Roberto: Logo você Vitório? Um aluno sempre tão exemplar cometendo esse tipo de ato fora das regras? - O Vitório era o queridinho da maioria dos professores, sempre recebia todos os possíveis elogios. Ele era o menino mais inteligente do 2º ano, o que tirava as maiores notas - Não sei, mas parecem que estavam querendo me desafiar. Vocês sabem muito bem que em hipótese nenhuma é permitido fazer o que vocês fizeram.

Vitório: Sim, eu sei. Só queria dizer que a Luana não teve culpa de nada. Fui eu que roubei um beijo dela, garanto que se não fosse isso, ela nunca iria concordar em fazer aquilo, bem no meio da escola.

Roberto: Não precisa defender a moça, Vitório. A Luana sabe bem o que estava fazendo, garanto que ela não fez nada obrigada. Vocês dois agiram erradamente igual.

Luana: A gente sabe senhor Roberto. Desculpas.

Vitório: Mas eu que fui o culpado, agi por impulso. Perdão.

Roberto: Se desculpar agora não vai adiantar muito, caro rapaz.

Vitório: Estamos muito encrencados?

Roberto: Bem, a minha vontade mesmo era de expulsar vocês dois.

Luana: Expulsar? - levei um susto ao ouvir aquilo, meus pais iriam acabar comigo de tanto brigar.

Roberto: Sim. Mas confesso que não posso. Até porque vocês nunca me deram nenhum tipo de trabalho, e seria uma tremenda injustiça expulsa-los no primeiro erro. Mesmo assim não posso deixar de puni-los. Vocês irão receber três dias de suspensão para pensarem e refletirem e terão que fazer, cada um, alguns trabalhos extras de cada matéria para entregar quando voltarem.

Luana: Três dias de suspensão? - De qualquer jeito eu iria receber intensas broncas dos meus pais, fora os castigos que com certeza eu não estaria livre, mas assim já estava melhor do que expulsão.

Roberto: Sim, três dias. Eu ainda estou aliviando, poderia ser pior. Agradeça as boas notas do Vitório, e ao seu razoável comportamento de todos esses anos.