01. ele é o meu protetor

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H A R R Y' S P O V

Chegou a hora. Eu preciso ser forte, eu consigo fazer isso. Já se passaram 3 décadas, Harry. Sabia que Niall precisava da minha ajuda, o nosso mundo estava com protetores em falta e eu estava livre, poderia muito bem proteger a garota... Mas estava com medo, como era suposto eu agir à isso? Depois de tanto tempo parado, será que eu pelo menos ainda sabia como acalmar o choro de uma criança?

Paro em frente à uma grande janela branca e respiro fundo. A cortina de mesma cor do lado interior estava balançando por entre as dobraduras da janela aberta. A noite estava fria, mundanamente falando. Anjos não eram capaz de sentir a diferenciação de temperatura, à não ser é claro, que a fonte desse fenômeno esteja relacionado as criações de Lúcifer

Dou uma pequena espiada dentro do médio quarto bege e logo focalizo meus olhos em uma mulher de longos cabelos loiros de costas para mim. Conseguia ouvir os seus sussurros para algo que estava em seu colo que ela teimava em ninar de um lado para o outro. Era a bebê! Dou uma pele pequena olhada ao redor da casa de segundo andar à minha frente e me certifico que nenhuma criatura esteja rodeando a mesma. Provavelmente sentiram a minha presença e recuaram com a intenção de retornar quando não estivesse por perto, porém se aqui desse as fuças novamente, ele irão ter uma surpresa que estará esperando ansiosamente por eles

Bato as minhas asas em linha vertical e entro facilmente pela janela. Sinto uma onda de medo e susto passeando por minha pele, olho para frente e sei que toda essa agitação vinha da criança que estava chorando desesperadamente nos braços de sua mãe

"Não chora bebê, não faça isso com a mamãe." a mulher a minha frente pede,balançando sua filha incansávelmente de um lado para outro, tentando com que isso à fizesse se acalmar. A bebê estava com medo, sentia a onda e nas suas ainda desordenadas lembranças a imagem do devorador em cima do seu frágil corpo era o que dominava a sua cabeça

Pouso no chão e hesitante caminho, distanciando-me da janela. Eu precisava ser forte, a escolhida precisava de mim e eu faria o meu dever. Paro em frente as costas da mulher e observo que ela continuava cantando calmante uma canção de ninar, mas isso parecia aumentar ainda mais o choro de sua filha. Eu sabia por que ela estava assim, o porquê dela sentir todo esse medo. Ela precisava me ver, eu precisava fazer o primeiro contato com a minha protegida, eu precisava mostrar pra ela mesmo que ela não me entendesse muito bem que comigo ela estaria segura

Dou o primeiro passo e paro a frente da mulher abrindo os meus olhos antes fechados. Olho para a pequena miniatura nos braços de sua mãe e sinto meus olhos se acederem como se alguém tivesse jogado neles uma grande árvore que lentamente ia sendo consumida pelas labaredas do fogo. Ela era tão linda!! Seus olhos estavam vermelhos e tinha sua pele branca marcada pelas lágrimas que não paravam de cair dos seus olho

"O que você quer, meu amor? Você não quer leite, dormir não quer e com cólica você não me parece estar. Será que você está doente? sua mãe ainda tentava dialogar fazendo-me olhar seu cansado rosto. Agora eu sabia a quem sua garota tinha semelhança

"Hey Callie , chorar nos faz tão mal." falo em um tom calmo, chamando atenção da garotinha que solta um pequeno soluço antes de fazer uma careta e retornar a chorar. Todos os escolhidos, quando bebês tem a sensibilidade de nos ver, porem essa visão do mundo Protéles vai se perdendo com o tempo e só volta á nos ver com a nossa permissão. Suspiro e coloco meu dedo anelar entre os seus cinco pequenos. Era sempre o mesmo! definitivamente eu não sabia fazer o tão importante primeiro contato

"Qual é Calliope? Eu sou tal feio assim?." chamo novamente sua atenção e faço contato direto com os seus olhos avelã, eles me faziam lembrar dos primeiros raios de sol em épocas atrás. Nem sempre ele fora amarelo "Nada vai te fazer mal, eu cheguei." ela retonou o olhar para os meus olhos, fez uma leve pressão no meu dedo anelar e lentamente foi parando de chorar a cada simos que mandava entrar em sua cabeça para tirar suas lembranças do devorador e substituir pelas minhas. Seus olhos estavam vidrados nos meus e os meus, nos dela. O primeiro contato já estava feito, e mesmo se eu quisesse não poderia mais a abandonar. A partir de agora, tanto ela como eu, fazíamos parte um do outro e era disso que eu tanto temia "Está tudo bem agora, Callie." declaro mais para mim do que para ela "Eu vou proteger você."

HEY ANGEL - H|S [PARADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora