Companheiro de Jogo

Capítulo 1

- Samantha! Quanto tempo! - ele disse finalmente. Parecia ansioso e confuso ao mesmo tempo. Quando eu olhava pra ele eu via o meu próprio reflexo, seus olhos azuis maravilhados, cabelos negros, sua testa franzida em confusão. A diferença era que ele é um homem muito alto e magro. Por fora continuava o mesmo de sempre, mais por dentro deveria haver algo diferente nele. Ele ainda continuava com as mãos nos meus ombros. - Como está a sua mãe?

- Eu não sei. Já faz anos que não a vejo. - respondi dando ênfase no "anos". O aperto de suas mãos nos meus ombros me fez estremecer.

- Tem razão... Ela te deu pra Antonita.

- Como você sabe?

- Sam, eu sei de tudo. - ele suspirou cansado e abriu um sorriso frio. - Onde Kiara e Grant estão?

- Não sei. - minto descaradamente. Kiara e Grant são os meus dois meio-irmãos por parte da minha mãe eu me contatava com os dois sempre e sei muito bem onde estão mas eu precisei mentir pra segurança dos dois e pra minha. Mais eu esqueci de um detalhe, ele era Abe, o meu pai, me conhecia mais que ninguém, e sabia que eu estava mentindo.

- Não minta pra mim! - exclamou entredentes, me sacudindo. Senti que a qualquer momento eu choraria, mais não na frente dele.

- O que você quer, afinal? Quer destruir a minha vida? Me fala! - ele me olhou decepcionado e voltou pra sua postura arrogante de sempre. Ele sorriu e sem dizer mas nada foi embora.

Eu queria chorar e gritar mais eu estava em público e muita gente me olhava. Procuro o meu celular na minha bolsa e disco o número de Antonita, minha madrinha. Ela atende no segundo toque.

- Samantha, estás bien?

- Abe. Me. Encontrou.

- Oh, Dios mío. - ela fala e murmura algo em espanhol que eu não pude entender muito bem. Devia ser um palavrão, ela não parava de repetir. - Menina Samantha, venha me visitar. Diviamos ter esta conversa a muito tempo...

- Madrinha, quê conversa?

- Apenas venha. Irei pedir para Cosmo buscar-te.

- Madrinha...

- Ven pronto estoy esperando a ti niña - assim que ela fala, ela desliga. Meu coração acelera de repente.

Minha vida definitivamente esta um caos.

*****

Tirei dois dias de folga graças a Ethan, meu chefe, e irei passar com Antonita. Eu estou muito ansiosa pra encontrar a minha madrinha e tomar um pouco do seu chá que eu amava. O taxista para perto de uma casa grande e amarela. A única casa amarela do barro, a casa da minha madrinha.

Antonita estava parada na porta acenando feito louca enquanto Cosmo, o seu taxista há décadas estava manobrando.

Eu fiquei feliz em de ver como ela estava bem. Seus cabelos castanhos-claro batia no ombro, seus olhos verdes escuros pareciam mais vivos que nunca. Ela não aparentava ter quarenta e seis anos, eu daria trinta e quatro.

Eu sorri enquanto andava dentro da casa, era bom ver a mesma vizinhança e a casa que eu vivi por treze anos não ter mudado nada a não ser a tintura. Os cômodos eram os mesmos, os quartos também, incluído o meu quarto a única diferença era que precisava de uma faxina boa.

- Fico feliz por ter vindo. - ela me abraça forte quase esmagando os meus pulmões. A questão é que eu vim pelo Abe, pela minha vida até mesmo pelo meu futuro. - Desculpa, por ter mudado a cor das paredes, Hans me obrigou.

- Sem problemas. Falando nele, onde ele esta? - eu pergunto observando o velho quadro sem cor do meu quarto.
- Ele foi buscar o neto no aeroporto. Daqui a pouco eles chegam.