"Ele estava com os amigos antes de nossos olhares se cruzarem. Eu já vinha arrumando esse terreno há muito tempo, dando as minhas indiretas, sabe como é, fazendo minha tática de jogo. E ele correspondia tão bem que simplesmente senti que ele ia dar certo. E bom, deu.
Pra falar a verdade, só chegamos aos finalmente ontem, depois do show da banda dele. Tocaram musicas legais e eu vi como ele gostava de ouvir algo enquanto a gente se pegava, então quando nos encontramos na platéia e uma banda com um estilo selvagem e sensual se apresentava, ele pegou na minha mão e me arrastou pra onde eu presumi que devia ser o camarim. Os amigos dele estavam recolhendo as coisas, guardando os equipamentos em caixas e trocando as camisas suadas, passando toalhas pelo corpo e novos borrifos de perfume.
Confesso que fiquei envergonhada, mas no intimo mil fantasias passavam pela minha mente. Aqueles três garotos, os músculos de fora, jeans preto apertado e a testa brilhante com fios de cabelo grudado. Eu estava ficando excitada e nem era pelo cara ao meu lado.
Mas os amigos dele logo saíram e então ficamos a sós. Tínhamos uma hora até a banda que tocava terminar e eles virem usar o camarim, então rapidamente ele removeu a camisa, os braços em cruz pegando a barra do material que o cobria para revelar o peitoral malhado e cor de caramelo. Ele era definido, e ainda por cima tinha o caminho da glória, além da linha V bem marcada. Eu estava respirando com dificuldade quando ele se aproximou, as mãos grandes no meu quadril e a boca beijando atrás da minha orelha. Minhas pernas viraram gelatina pura, os ossos sumiram e eu tive que me segurar em seus ombros para não cair, um gemido impensado escapando de meus lábios. Uma das mãos dele subiu para minha nuca, deixando um rastro de fogo por culpa da força que ele usou, e então a minha cabeça tombou e meus lábios também começaram a beijar seu pescoço. Ele levantou a cabeça, exibindo-se para mim, e eu fui trilhando um caminho, chegando perto de sua clavícula, beijando uma de suas tatuagens e depois a outra que havia ali. Ele gemeu o meu nome, disse que gostava do modo tímido como eu agia, que gostava da sensação de ser um pecador, e então para completar as verdades de sua sentença, pegou uma de minhas mãos e colocou sobre o volume que havia em sua calça jeans. Meu Deus, ele estava completamente duro e nós estávamos nos beijando a no mínimo cinco minutos.
Enquanto eu tentava parecer tímida abrindo a braguilha de sua calça, ele levou a mão novamente para cima, percorrendo meu corpo e levando a camisa que eu usava junto, as pulseiras que ele tinha dando um contraste com a minha pele quente, causando arrepios.
Lembro que nós nos jogamos pelas paredes, cada vez menos roupa e mais contato, ele puxava a minha perna para envolver seu quadril e me mandava cravar as unhas em sua nuca. Ele gemeu de um jeito tão gostoso quando puxei o cabelo dele que soube que precisava fazer aquilo mais vezes. E eu fiz.
Ele me deitou em cima de uma longa mala, não sei pra que servia aquilo, e se sentou no final, as minhas pernas sobre suas coxas – alias, ele já estava sem a calça, apenas com aquela cueca marota.
Depois disso eu me lembro meramente dele arrastando o fundo da minha calcinha para o lado e enfiando um dedo dentro de mim, enquanto o polegar de sua outra mão acariciava meu clitóris. Meus olhos mal ficavam abertos, mas nos momentos em que conseguia fixá-los no que ele fazia, só conseguia ver as letras JKH que formavam sua tatuagem sumirem e reaparecerem várias vezes conforme o movimento do braço.
— Você já está tão molhada, isso é por minha causa? — ele perguntou com a voz grave e baixa, sua garganta arranhada, os dedos investindo com mais pressão. O dedão dele escorregava pelo meu clitóris com cada vez mais rapidez.
Lembro de ter acenado positivamente com a cabeça, enquanto um som manhoso saia pelos meus lábios e minhas mãos cobriam meus peitos que balançavam com os impulsos que ele causava em meu corpo, apertando os mamilos.
Foi tudo muito rápido em seguida. Minhas coxas abaixaram, agora sem as dele de apoio, e ficaram abertas, cada uma de um lado da mala. Ele retirou as mãos e me puxou para a ponta da mala, minha bunda sendo segurada por ele, que apertava as nádegas com uma vontade que eu não entendia.
— Eu sempre fui mais bunda do que peitos, sabe, e a sua é tão gostosa — ele disse, sugando o ar e apertando as nádegas de novo, de um jeito que fez com que minhas pernas se abrissem mais ainda.
E então a língua dele estava em mim. Primeiro em beijos pelo interior da minha coxa, depois ele soprou o hálito frio na minha fenda, e por ultimo, enquanto me olhava nos olhos, passou a língua de baixo para cima, lentamente, me desafiando a continuar olhando-o fazer aquilo. Mas eu não aguentei, quando ele passou a língua de cima para baixo, eu revirei os olhos e deixei a cabeça se apoiar, o teto com tom amarelado pela lâmpada entrando em meu foco.
Tinha certeza que em breve eu iria explodir de prazer, e aconteceu segundos antes de ele decidir que era hora de me comer de verdade, o que acarretou na minha impossibilidade de voltar para o topo da mala e deixá-lo se sentar de novo.
Aqueles braços enormes me enlaçaram pela cintura e ele nos levantou, me prensando contra a parede. O braço tatuado me segurando por baixo da axila e o outro dando a volta no quadril. Esperava que eu não estivesse tão pesada, mas na hora nem me lembrei disso, ele parecia totalmente capaz, além de querer muito que fosse daquele jeito.
A penetração foi lenta, ambos gemendo a cada centímetro que entrava a mais. Eu tive que posicionar a cabeça do pau dele na minha entrada, ou ele me deixaria cair. Confesso que foi um desses pensamentos que fez a aura do nosso sexo mudar completamente. Em vez de aquele ar pesado e tenso pelo tesão, agora estávamos rindo baixinho e mordendo o lábio inferior um do outro enquanto sorriamos, ele se enfiando em mim num ritmo maravilhoso. O sorriso prazeroso em sua boca carnuda crescia cada vez mais quando eu puxava seu cabelo ou mordia seu pescoço.
E então, depois de um tempo, eu já sensível e ele que estava de barraca armada a tanto tempo, levamos até que um tempo mínimo para gozarmos, ele sendo um cavalheiro e me fazendo ir primeiro, só para depois me ter de joelhos o chupando, deixando que jogasse a porra na minha cara toda.
Foi um timing perfeito, assim que eu terminei de usar alguns produtos da mulher baterista da banda no palco e tirei o cheiro dele da minha, devidamente vestida e ele terminando de afivelar o cinto, pudemos ouvir o vocalista se despedir o publico.
O homem cor de caramelo que tinha me dado o melhor orgasmo da minha vida sorriu, pegou uma mala de baixo, colocou no ombro e estendeu a mão pra mim.
Saímos de lá como se nada tivesse acontecido, como se eu fosse só uma fã que deu a sorte de atrair o interesse de um dos caras da banda."
Lírio estava de boca aberta. Tulipa já um pouco mais conformada, afinal, ela também já tinha fodido com um cara num camarim. A lembrança a fez limpar o canto da boca. Uh, o melhor boquete que ela já deu na vida.
— Bom... — Lírio pigarreou. — Isso sim foi quente.
— Fiquei molhada essa manhã só de lembrar — Rosa admitiu, soltando um sorrisinho sacana.
— Isso é que é vida.
Lírio e Tulipa escreveram suas suspeitas no caderno.
— Sem mais sacanagens, minhas caras, é hora da revelação — Lírio sorriu confiante.
Mal sabiam elas o que as aguardavam a uma folha de distância.
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Guilty Pleasure
ChickLitSão as tuas mãos soalheiras e deliciosas quem me mantêm quente. São as tuas mãos sábias e fogosas que me acendem a mente. São as tuas mãos garbosas e harmoniosas que me fazem subir ao céu. São as tuas mãos autoritárias e decididas que me arrancam o...