Capítulo 20

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     Ethan

- Não consigo entender cara.- desabafo com a pessoa mais improvável, mas que sempre esteve ao meu lado: Loic.

- Olha Ethan, o sexo foi bom?- ele pergunta, dando mais um gole na cerveja.

O bar está ficando vazio e somos os únicos que não param de pedir bebidas, eu whisky e ele cerveja. Viro mais uma dose e olho para ele com uma cara de nojo pela conclusão que sei que vai chegar.

- A questão não é o sexo.- digo antes que ele fale alguma merda que me fará espancá-lo.

- Só estou perguntando porque, se o sexo foi bom, pode relaxar que ela vai voltar. Eu te conheço, todas voltam se arrastando, mais cedo ou mais tarde. Então, curte a bebida aí, só se passaram 3 horas desde que tudo aconteceu. Ela daqui a pouco esfria a cabeça.- ele disse despreocupado.

- O problema não é ela. Eu sei que ela me perdoaria.- ele franze as sobrancelhas e me encara estático.

- Olhe só você, esperando que ela te perdoe...- ele ri profundamente.- Veja só quem foi domado.

- Cala a boca.- fico irritado e ele se encolhe na cadeira.- O problema é aquele merda do Johnny. Se ele não fosse tão imbecil de ficar fingindo que tinha namorada pra fazer ciúmes, talvez ela ainda estivesse dormindo do meu lado, depois do melhor sexo de minha vida.

- Nossa você realmente está bêbado pra falar um troço desses alto.- o barman comenta enquanto seca os copos. Loic segura uma risada.

- Valeu cara.- agradeço o sarcasmo do barman.

- Sou Grant.- ele estende a mão e eu o cumprimento, faz o mesmo logo após com Loic.- Agora vamos ver seu caso: a mulher brigou contigo porque um imbecil resolveu brincar de ator? e você que está na merda?

- Sim, mas o imbecil é o melhor amigo dela.- retruquei.

- Está fudido então.- Grant ri e me entrga mais uma dose.- Minha mulher sai mais com o melhor amigo do que comigo, e olha que somos casados.- ele ri, e eu não consigo entender como pode achar graça numa coisa desse nível.

Dou mais um gole no whisky. Estou desolado, não sei o que fazer ou para onde ir. Estou sem rumo. Ela me guiava. Meu desejo por ela, por sentir sua pele colada a minha, por ouvir as batidas de seu coração junto as minhas, me mantinha vivo. Me dava objetivo para continuar tentando entender sua mente complexa.

Depois que conquistei sua confiança, depois que a fiz feliz, a fiz sentir prazer, após tudo, ainda não compreendo o que ela quer de mim.

O que espera que eu faça, Anna?

Quem eu menos esperavaOnde histórias criam vida. Descubra agora