1 - Amor Eterno Amor

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Eu me chamo Emment, e oque irei relatar brevemente aqui aconteceu faz 2 anos


Tudo aconteceu quando eu estava no intervalo, estava sozinho em uma mesa, quando um aluno chega e se senta ao meu lado também, ele começou a puxar assunto comigo, eu era novo no colégio, estava meio travado, com vergonha de falar, mas mesmo assim respondia ele em algumas coisas. Quando toca o sinal para voltarmos pra sala ele se levanta e sai andando, eu o chamo e digo: - Obrigado. Ele olha de volta para mim e da uma piscada, eu também me levanto e vou para minha sala, pensando nele, no garoto que passou o intervalo todo comigo, sem ao menos me conhecer. Eu não sabia seu nome, no final da aula eu fiquei esperando ele no portão de saída, mas ele não apareceu, eu fiquei pensando nele a noite toda. No outro dia no intervalo eu me sento no mesmo lugar e fico a sua espera, mas eu não o vejo de novo, uma semana já se passou, e ele aparece novamente, e nos podemos nos conhecer melhor, e eu fico sabendo seu nome, que é Marx. Já estávamos no final do ano, faltando apenas uma semana para o fim do ano letivo, um certo dia eu estava como sempre esperando o Marx na frente da escola, bate o sinal e ele não parece, eu não ligo assim de primeira, pois ele as vezes é de chega atrasado mesmo, no final da aula ele não esta me esperando no portão de saída, então eu resolvo passar na casa dele, ver se ele estava por lá, para podermos conversar. Quando eu chego na casa dele eu encontro toda família dele no quintal, estão todos de preto, bem nem todos mais tudo bem, me da um frio na barriga quando eu vejo eles com aquela cor, eu chego direto para mãe dele e pergunto. - O Marx esta? - ela me olha com um semblante triste e me diz. - Ele se acidentou hoje de manha a caminho da escola, e não resistiu ao acidente, morreu na hora. - Dito isso ela começa a chorar. Eu pergunto onde esta o corpo dele, que quero velo, ela me indica a sala, eu largo minha mochila no quintal e saio para dentro da casa, estou na porta da cozinha com a sala e já vejo seu caixão, esta aberto, ao lado esta rodeado de flores, as flor favorita, tulipas, tulipas de varias cores. A cada passo que eu dou em direção de seu caixão sinto meu peito se apertar mais e mais, eu olho para seu rosto e tem alguns cortes, e da de ver uns leves roxos também, provavelmente nem a maquiagem que passaram nele não foi capaz de esconder as marcas. Eu fiquei bem do lado de seu caixão , começo a chorar, eu falo para ele tudo que eu tinha em mente desde que nos conhecemos melhor, sei que ele jamais ira escutar tudo que eu tinha dito, mais sinto um pouco de alivio ao me abrir para ele, mesmo ele neste estado. Mesmo ele dentro daquele caixão não me impediu de abraça-lo, alguns minutos, que mais se pareceram horas que eu estava ali, a mãe dele entra na sala, vai direto ao meu encontro. - Eu sei que esta doendo para você também que o amava em tão pouco tempo, mais mas fique sabendo de uma coisa, ele hoje de manha antes de sair de casa ele conversou comigo, pareci que ele pressentia oque estava para acontecer, ele pediu para mim te dizer que ele te ama, e que ele quer te ver feliz do lado de quem for, e sempre ser feliz não importando oque aconteça. Escutar aquilo foi algo que deixou meu coração ainda mais doido, e ao mesmo tempo feliz, em saber que era algo reciproco entre nos dois, ela me levou ate o quarto dele, eu entrei e fechei a porta, peguei uma cadeira que tinha ali pelo quarto e me sentei nela, fiquei ali olhando para seu quarto, imaginando ele de um lado para o outro cantando e dançando como ele já tinha me dito em uma de nossas conversas, eu acabo adormecendo, ali mesmo, na cadeira, acordei era de madrugada, o caixão ainda estava na sala, eu peguei um papel e uma caneta e escrevi tudo que estava sentindo naquele momento, dobrei-o e pus entre suas mãos, e fui para minha casa. Algumas horas depois eu acordo, me arrumo e saio e direção ao cemitério, para seu enterro, quando chego lá já estão descendo seu caixão, esperei um pouco ate estarei quase fechando seu tumulo e vou ate o mesmo, e jogo um coração que eu o fiz, com flores, tulipas, sua flor preferida, a deixo cair bem por cima de todas as outras. Bem isso aconteceu faz 2 anos, eu ate hoje não amei alguém como amei o Marx. E exatamente hoje faz 2 anos de sua morte, eu todos os dias vou ate seu tumulo conversar com ele sobre oque aconteceu na escola, como sempre fazíamos enquanto ele estava vivo. Ø 11/12/1991 Ø 19/09/2011


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