Bloodstream

1° capítulo

Camila P.O.V's
-e-eu não sei se é uma boa ideia a gente entrar aí gente -disse a menina dos olhos castanhos e se aproximando da amiga
-calma Camz - a amiga disse tentando confortá-la mas logo recebeu um olhar de reprovação vindo da menina
-como calma Sah? A gente tá entrando num hospital psiquiátrico não sei que lá das quantas que tem demônio ai e... ai sei lá Sabrina - ela disse e em um movimento rápido tirou seu celular do bolso olhando as horas e logo viu a porta que não foi muito difícil de ser derrubada deixada no chão pelo Daniel.
-nossa bem discreto você -disse a Lia implicando
-ai Lia não enche -disse revirando os olhos, assim que todos entraram ouviram um estrondo muito alto e ao olhar pra trás viram que a porta estava no mesmo lugar, com os mesmos cadeados causando arrepios em todos, até nos mais corajosos.
-caralho e agora? -disse a loira se aproximando da irmã .
-calma gente não é o fim do mundo - a outra loira disse tentando manter a calma.
-não imagina, a porra da porta só fez um bagulho muito louco e voltou pro lugar, só isso! Nada demais!! -disse a Lauren que ainda não tinha dito nada o trajeto inteiro.
[...]
Depois de tanto procurar eles já repousavam ''tranquilos'' em suas camas, um pouco desconfortáveis mas era a única opção disponível no momento. O silêncio ali não trazia paz a ninguém, era perturbador, desconfortável. Até que um barulho muito forte de uma porta batendo e um grito feminino acordou os demais.
-que porra é isso? -o moreno falou.
-um grito Tyler, já ouviu falar? -a loira implicou.
-ai te fode Sabrina - disse o moreno revirando os olhos arrancando um risinho fraco da loira que logo pegou a lanterna e foi em direção da porta colocando a mão na maçaneta e antes de girar sentiu uma mão sobre a sua e com medo de olhar pra trás ouviu alguém falar no ouvido dela.
-sou eu -o moreno disse.
-nossa Tyler se fode viado. -ela disse se arrepiando ao sentir o hálito quente dele contra a sua orelha. -abre essa merda logo. -ele disse segurando a mão da loira mais forte e girando a maçaneta.
-eu não vou lá nem fodendo socorro. -disse a loira apontando a lanterna para o lado de fora iluminando um pouco o corredor.
-larga de ser frouxa garota. -ele disse e logo tomou a lanterna da mão da loira e puxou-a pela cintura abraçando a menina de lado.
-nossa desculpa ai machão - disse a loira retribuindo o abraço e observando atentamente cada extremidade daquele corredor vazio, que logo foi preenchido com o barulho da porta que bateu do lado deles.
-nós não vamos entrar aí não né? - disse ela abraçando ele mais forte e encarando os números gravados na porta para indicar o quarto.
-ah vamos sim. - disse ele que logo assim abriu a porta revelando uma garotinha sentada de costas no chão e algumas palavras indecifráveis escritas com sangue fresco na parede.
-vamos brincar? -a garotinha disse se virando e revelando um rosto totalmente desfigurado que fez a loira se desvencilhar do abraço e gritar.
-EU QUERO BRINCAR -a menininha gritou com uma voz demoníaca.
-Tyler vamos sair daqui - ela disse e deu dois passos pra trás e a porta se fechou.
-puta merda - ele sussurrou e olhou rapidamente pra garota que tinha um olhar assustado e ao mesmo tempo curioso.
-VOCÊS VÃO BRINCAR COMIGO! -ela gritou com a voz novamente e alguns cortes apareceram na perna da menina que fechou os olhos ao sentir dor e ela ia apertando os olhos quando os cortes iam se aprofundando, abriu os olhos e olhou pra menina que tinha um sorriso frio e diabólico no rosto.
-Eles não gostam de visitas - a menina sussurrou e sumiu e logo em seguida a porta se abriu revelando o corredor.
-eu não vou sair daqui - ela disse andando com dificuldade até a cama.
-nós não vamos sair então. -ele disse e viu uma caixinha de primeiros socorros embaixo da cama e logo a pegou e limpou a perna da menina.
-é engraçado. -ela disse observando ele limpar a perna dela.
-o que? -ele perguntou enquanto enfaixava a perna da menina.
-você ai fazendo esses troços em mim. -ela disse e olhou para a janela tentando não se concentrar muito na dor que sentia.
-tá me chamando de irresponsável? -ele sentou do lado dela fingindo ofendimento.
-é.. tô -ela respondeu e riu fraco.
-nossaaaaaaaaaa -ele disse e deitou.
-só verdades querido. -ela disse e deitou por cima do braço dele se aconchegando ali.
-ai tá bom. -ele disse e começou a mexer no cabelo dela.
-eu amo quando mexem no meu cabelo - ela disse e sorriu.
-amo mexer no seu cabelo.-ele respondeu e continuou mexendo no cabelo dela até ela pegar no sono, e um tempo depois ele dormiu também.