Fiz uma poesia especialmente para Amelia e Peter, mas vou tirar umas partes por elas serem spoilers.
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Amelia Kassey's Pov
Seattle,
24 de Dezembro.Quando Peter foi visitar meus pais, não contamos o detalhe que os fariam proibir nosso namoro. E ainda bem que escondemos esse pequeno detalhe ou eu não estaria tão feliz hoje. Amanhã, no Natal iremos juntar as duas famílias para todos nós nos conhecermos melhor. O.K., essa é a desculpa que todos dão. Só espero que ninguém fique bêbado. Principalmente Miguel, Nathan e meu pai. Já vi o três bêbados então é melhor que todos fiquem sóbrios. Minha família eu e Peter estamos indo agora mesmo para a Carolina do Norte, onde está a família Evans. Não demorou tanto para que chegássemos lá. Desembarcamos. Eu e minha mãe fomos comprar chocolates quentes enquanto esperávamos Peter e meu pai pegarem as malas.
- Você está feliz com ele, Mia? - minha mãe perguntou de repente.
- Sim. Ele me faz bem. E não mente.
- Mia o que escondemos de você era para sua segurança, entenda.
- Não precisamos falar sobre isso, precisamos?
- Já que não quer...
- Obrigada.
- E como vai com John?
- Muito bem. Não é tão ruim ser amiga do ex-namorado.
- Ele tinha quantos anos quando saiu de Seattle?
- Dezesseis. Ou dezessete. Não lembro. Mas agora ele está com dezenove. O tempo passou rápido. Parece que foi ontem que recebi a notícia dele estar fora de Seattle.
- Você já tinha quinze anos na época que ele foi embora?
- Também não lembro. Acho que eu já tinha dezesseis.
- Por que estamos falando sobre isso?
- Por que não temos mais nada sobre o que falar. A não ser que queira falar sobre como estou ansiosa para ver os Evans.
- Já conhece a família de Peter?
- Conheci durante minhas férias. Nos encontramos lá por acaso... - agora vamos mudar de assunto!
- E descobriram que você e Peter moram em Seattle...
- É... - para minha sorte, eles chegar no exato momento que minha mãe ia fazer outra pergunta.
- Pronto. Já pegamos tudo - meu pai disse e olhou para a "bandeja" de chocolate quentes - ainda estão quentes?
- Sim - entreguei a eles os copos.
- Obrigado - disse Peter e beijou minha bochecha.
- Por nada - sorri.
- Vamos pegar um táxi? - meu pai perguntou.
- Não, o motorista dos meus pais já estão chegando. Vamos esperar pouco tempo.* * *
A casa era enorme. Uma mansão. Eu não sabia que os pais de Peter eram tão ricos. Quase colei meus lábios para não ficar de boca aberta. Havia um estacionamento onde estavam nove carros, sendo um deles uma limousine preta, e ainda tinha espaço para muitos outros carros.
- Peter, só uma pergunta... com o que seus pais trabalham? - indaguei extremamente curiosa.
- Meu pai é dono de uma empresa fabricante de instrumentos musicais e minha mãe montou uma empresa de moda alguns meses depois do casamento. Quarenta e cinco por cento do dinheiro que vai para eles é doado a instituições de caridade. No Natal eles levam instrumentos e roupas para orfanatos. Quando minha mãe tinha dezenove anos ela adotou um casal de gêmeos. Mas eles disseram que gostariam de procurar os pais biológicos se possível. Eles estavam vivos, então os gêmeos ficaram com os pais verdadeiros. Desde adolescente ela ajuda o orfanato onde os gêmeos estavam e isso a fez construir uma empresa de moda para poder reformar alguns prédios que sejam orfanatos e asilos.
- Belo ato da sua mãe Peter - mamãe elogio.
- Você pretende seguir o exemplo deles? - indagou meu pai.
- Como primogênito, eu herdaria a empresa dos instrumentos, mas resolvi passá-la para Nathan e Miguel. Eu quero seguir o exemplo deles como professor, espalhando conhecimentos, não apenas sobre inglês, mas quero ajudar pessoas carentes também. Sei tocar alguns instrumentos, então eu gostaria de visitar alguns orfanatos e casas de recuperação durante o Natal.
- Eu posso ir com você? - perguntei.
- Claro, Mia - ele disse sorrindo - mas você tem que estar preparada. São cenas muito... são cenas que nos fazem acordar para a realidade. Você quer mesmo ir?
- Sim - afirmei.
- Tem certeza filha? - papai indagou.
- Claro - respondi com um sorriso - sempre quis fazer coisas assim.
Meus pais retribuíram o sorriso. Logo chegamos na entrada da mansão.
- Sejam bem-vindos ao meu lar - Peter abriu as portas que davam numa sala gigante.
De um lado havia uma lareira e em cima dela uma televisão. Havia sofás na cor tabaco. Uma escada em espiral enorme. O.K., talvez não tão grande mas que me cansava só de olhar, cansava.
Tudo tinha enfeites de Natal. Krysthal Evans entrou na sala. O cabelo castanho ia até seus ombros e uma franja charmosa estava próxima de seus olhos castanhos levemente esverdeados. Desde que a conheci, a admirei. Ela é elegante, calma e equilibrada. Parece as vezes uma mulher dos anos noventa, mas isso não é ruim. Krysthal nunca deixa de ser encantadora. Não me surpreendo que o casamento dela dure até hoje. Ela com certeza é uma mulher que James Evans não consegue enjoar. Praticamente não os conheço e mesmo assim, lá no fundo tenho certeza de que não houve casos extraconjugais da parte dele ou dela. Ou isso ou eles são ótimos atores.
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New Life, New Love
RomancePeter Evans: professor de Inglês. Viúvo. Peter vai para Seattle recomeçar sua vida sem imaginar que poderia se apaixonar por uma de suas alunas. Amélia Kassey: 17 anos, estudante da Van Creveld High School. Tímida e muito sensível, porém, difícil d...