4-Comida é vida

28 3 0
                                    


No dia seguinte, acordei por volta das 09:00 horas, percebi que estava no banco de trás do carro, mas como? Até que meus olhos acostumaram com a claridade, acabei vendo Michael dirigindo, como eu tinha sono profundo era bem fácil dele me carregar para o banco traseiro.

- Obrigado por terem me acordado viu galera, e bom dia para vocês também. (Disse eu ainda meio sonolento)

- Bom dia. (Todos)

- Bom dia seu dorminhoco, estava tão fofinho por isso não te acordei, desculpa. (Scarlett com o rosto vermelho)

Algumas horas depois estávamos chegando na cidade que queríamos, mas como já esperávamos, estava deserta, sem nenhum sinal de vida por ali, a única diferença é que a cidade não estava totalmente deserta, havia algumas pessoas que estava igual a mãe de Caroline e a mulher que havia me atacado na noite passada, dava para perceber bem que eles estavam fora de si, assim que nos viram dentro do carro, eles logo começaram a vir em nossa direção, um deles acabou perdurando na porta do carro sendo arrastado pela rua por alguns metros, ele ficou pendurado na porta em que Jonas estava, rosnando muito alto, e como ele estava tão perto, deu para perceber que a carne de seu corpo estava com uma aparência podre, aquela carne com um odor tremendo, confesso que não dava para para ficar perto de um deles por muito tempo, pois o cheiro era horrível, ele ficou pendurado por alguns metros sendo arrastado até que Jonas abriu a porta do carro o fazendo cair rodando pela rua quebrando seus braços e pernas, mas mesmo assim ele continuava rastejando como se nada tivesse acontecido.

Alguns quilômetros adentro da cidade, aquilo que já era esperado aconteceu, a gasolina do carro de Michael acabou, nossa sorte que acabou num local que nos parecia tranquilo, continuamos a pé e tivemos que carregar nossas sacolas, mochilas e malas com nossos mantimentos, também não poderíamos deixar nossas roupas e comidas para trás.

Procuramos uma casa bem no centro desse bairro em que estávamos, a que achamos mais segura e a que tinha mais saídas fáceis para a gente escapar caso precisasse, colocamos todas as nossas coisas lá e saímos para dar uma geral no bairro para ter certeza que ali era mais seguro.

Dei a idéia de separarmos em dois grupos de três pessoas, após todos concordarem, um dos grupos foram, eu, Caroline e Jonas e o outro Rosa, Michael e Scarlett, achamos mais seguro cada grupo sempre ir em casas vizinhas, que se algo acontecesse com algum grupo, já que estaríamos em casas vizinhas, seria mais fácil de um grupo ajudar o outro. Fizemos isso durante o dia todo até acabar a última casa desse bairro, voltamos para onde havíamos deixado nossas coisas para tomarmos um banho e comer alguma coisa, enfim ficamos nessa casa por alguns dias fazendo a nossa rotina diária, todo dia fazendo dois grupos e a gente procurava casa por casa, rua por rua para ver se algum deles estavam chegando perto de nós, do bairro ou da casa onde estávamos no momento. É claro, as vezes achávamos um ou outro mas eram abatido com facilidade.

Antes de sair de casa na outra cidade, pegamos tudo aquilo que era comestível, mas óbvio que aquilo não duraria para sempre, já havíamos pegado tudo que dava para comer nas casas que "vasculhamos" pelo bairro em nossas rondas, até que nossa comida infelizmente acabou, e agora o que faríamos? Tínhamos apenas três opções: 1) ficar na casa e esperar aquilo que não sabíamos o que era nos atacar. 2) morrermos de fome ou 3) sair perambulando procurando comida.

Optamos pela terceira opção, o bairro onde estávamos era em uma área nobre da cidade e meio afastada de outro bairros, então teríamos que cortar caminho pela mata para irmos mais rápido, as vezes achávamos algumas árvores frutíferas como pés de manga, laranja ou banana, mas nem todas tinham frutos, andamos durante um dia, cruzamos a mata, e mais alguns bairros, não estávamos preocupados com comida, e sim em achar alguem que pudesse nos ajudar.

O Limite da SobrevivênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora