Daryl dormiu junto comigo no quarto, umas quatro horas de sono leve.
O frio chegava. A neve também. Parecia que iríamos ficar por ali certo tempo. Não desejava isto. Soube por Carl que Eugene mentiu a respeito de saber um antídoto para a "cura zumbi". Rio. Nunca me engananou com aquele cabelo esquisito e palavras desconhecidas. Ridículo, mas é o que acontece.
Todos já de pé, eu e Daryl ainda permanecemos na cama.
_ Eu tenho que ir. Você pode ficar.
_ Não. _ faço biquinho. _ fica.
_ Seu pai precisa de ajuda, amor.
Quando se refere ao meu pai. Me lembro das palavras frias de ontem. Ele nota a minha tristeza.
_ Devo saber de algo?
_ Não. Se tiver, papai lhe contará.
_ Então tem alguma coisa. _ Daryl encosta na cabeceira da cama. _ Me diz.
Subo por cima dele. Ficamos cara a cara. Afasto com a mão algumas mechas rebeldes de seu cabelo dos olhos.
_ Tivemos uma conversa nada agradável ontem.
_ Imaginei.
_ Ele não facilita as coisas. Acabei dizendo besteira.
_ Rick é uma boa pessoa. Só quer proteger você, sua irmã e seu irmão. A nós.
_ Eu sei. Bom, vamos levantar.
Ia saindo de cima, quando sinto sua mão calejada puxando o meu braço.
_ não tão rápido.
A voz levemente rouca sussurrava em meu ouvido. O beijei intensamente, fazendo todo meu corpo queimar.
Mas na porta alguém bateu. Atrapalhando o clima.
Era Beth.
_ Daryl. O Rick está chamando. _ virou o rosto rapidamente.
Não estávamos indecentes. Vestia a camisa e jaqueta do Daryl e, ele, estava sem.
Revirei os olhos.
_ Vai lá. Depois continuamos. _ o beijei.
_ Preciso da camiseta. _ sorri.
_ Claro.
Deslizo delicadamente meus dedos pelo zíper da jaqueta.
_ Toma. _ digo jogando sobre ele.
_ Preciso da camiseta, ela é importante.
Emito uma risada. Desaboto a camiseta com mangas cortadas, faço de forma calma. Fitando seus olhos azuis - que estavam focados em mim - não havia mais nada por baixo. O frio deixou meus mamilos arrepiados. E novamente jogo sobre ele.
_ Pode ir agora.
Ele me olha. Fica parado lá. Quando aproximo para beija-lo, outra pessoa bate na porta.
Pulo na cama, cobrindo meu corpo com o cobertor remendado. Estava semi-nua.
Era papai.
_ Daryl, a Beth não veio até aqui?
Sua expressão mudou. Chegou despreocupado, agora era uma mistura de tenso e vergonha. Dando o resultado de constrangimento.
_ Veio. _ terminou de vestir a camiseta, logo colocando a jaqueta. _ vamos.
A besta foi apanhada. Daryl saiu e papai falou algo em seu ouvido. Ele se foi, mas papai, ficou.
_ Vocês... usaram proteção?
_ Está sendo evasivo. _ me enrolo na coberta, saio da cama apanhando minhas roupas no chão.
_ Não. Estou cuidando de você.
_ Não sou criança, pai. _ sento na cama e coloco minha calça.
_ É, é sim. Mimada para piorar tudo.
Jogo a coberta p'ro lado, de costas visto meu sutiã.
_ Olha, a gente não fez nada. Só dormimos. _ coloco minha blusa. _ e temos proteção. Enquanto a isso, não se preocupe.
Entreolha a janela. Sentando Na cadeira de couro antiga.
_ Enquanto a isso... Rose, o que houve lá no hospital? Beth me falou algumas coisas.
_ Nada demais. Tive que engolir muita coisa. Pai, papai, me desculpe pelas coisas idiotas que disse.
_ Eu não quero me intrometer assim, na sua vida... tem razão já não é tão criança.
_ Eu não sou criança.
Ele balança a cabeça de forma inconformada.
_ Claro. _ se levantou. _ saía e tome café. Depois quero que venha comigo e Daryl para uma busca por suprimentos.
_ Tudo bem. _ digo.
Quando papai saí fecha a porta. Fico ali, sozinha. Com meus pensamentos.
Até uma mulher aparecer debaixo da cama.
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The Walking Dead: Algo para temer [CONCLUÍDA]
Fanfiction"Queria parar ali e chorar, só que tomei uma decisão útil: correr e garantir minha sobrevivência."