Cristal
— Ops? Só isso que vai dizer? — me olha sorrindo.
Canalha! Não perde por esperar!
— Ah Cris, qual é? Vai dizer que preferia que o Steph dormisse com a Alexia? — arqueia uma sobrancelha.
Não, claro que não, mas eu acho que se o quarto é meu, eu quem deveria decidir o que acontece com ele. — pego a sacola de sua mão e vou até a cozinha tomar um dos comprimidos — Você está muito abusado sabia?
— Eu abusado? Imagina! Só adiantei algo que você provavelmente faria. — diz me seguindo até a cozinha.
Paro em frente aos armários sem saber em qual estão os copos. Frank advinha o que estou procurando e vai até um dos armários.
— Aqui. — abre uma das portas e pega um copo.
— Obrigada. — tomo o remédio e volto pra sala. — É... Eu queria muito tomar um banho, será que você pode me arrumar uma toalha? — viro pra traz para olha-lo e quase caio ao esbarrar nele. Frank estava próximo...
Próximo até demais.
— Desculpe. — me segura e me firma de novo no chão — Senta aí, vou pegar uma toalha no meu quarto.
Ele vai para o corredor e eu me sento para esperar. Noto algumas fotos dos meninos na mesinha atrás do sofá e me viro para olhar, há muitas fotos de crianças e algumas deles na adolescência, consigo identificar as fotos de Frank quando criança, pois, dos três, ele é o único de cabelos negros. Tenho que admitir que ele era muito fofo quando criança.
— Essa aí é a minha mãe. — Frank diz sentando ao meu lado no sofá e apontando para a mulher ao seu lado na foto. Ponho a mão no coração pelo susto que levei, nem havia percebido que ele já tinha voltado.
— Ela é muito bonita. — viro para ele com o sorriso debochado que ele tanto gosta de usar comigo — Escuta, por que você não herdou sua beleza?
— Engraçadinha. — aperta minha bochecha. Ok, isso foi estranho! — Eu sei que você me acha lindo.
— Sonha Frank, sonha bastante. — Pego a toalha da mão dele e vou para o corredor procurar o banheiro. Ele ri.
— Primeira porta da esquerda. Tem sacola lá dentro pra colocar no enfaixe, procura em uma das gavetas da pia. — grita da sala.
— Tá, obrigada.
Tiro a roupa e procuro a sacola pra pôr no pé. Começo a tomar banho, e está indo tudo certo, até eu escorregar e cair no chão.
— AI! Só pode ser brincadeira mesmo! — olho para o teto — Pô Deus, está de sacanagem comigo é?
Tento levantar, mas meu pé resolve voltar a doer e não consigo me mexer muito. E agora como é que eu vou sair daqui?
— FRANK! — grito. Infelizmente vou ter que chamá-lo. Ainda bem que o banheiro é box, assim ele não me vê pelada. Espero uns minutos e nada — FRANK! — grito de novo. Dessa vez ele escuta.
— Cristal, me chamou? — ouço sua voz do outro lado da porta.
— Bem, é que... Caí no banheiro. — ele começa a rir — Não ouse dar risada que eu acabo com você quando sair daqui! — ele para — Muito bem. Você vai entrar aqui, pegar a toalha em cima da pia e jogar ela por cima, depois vai entrar aqui no box e me ajudar a levantar.
— E o que eu ganho com isso? — ele entra no banheiro e fica parado do outro lado do box.
— Bem, o chuveiro está ligado, então você vai ganhar uma conta de água caríssima se me deixar aqui. Eu não me importo de esperar seus primos chegarem, mas não acho que você vá querer me deixar aqui a noite toda, vai? — digo o desafiando.
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O Idiota do Corredor (Em Revisão)
Подростковая литератураMorando em São Francisco para estudar, Cristal Fox estava acostumada com sua vida monótona. Ela não esperava encontrar um amor, nem o que isso traria. Para Frank Lambrini tudo sempre foi do seu gosto: trabalho, faculdade, amigos e festas. Ele não...