Há exatos dois anos que estou aqui, convivendo com ele, vê-lo todo dia tem se tornado pior. Não consigo mais esconder, por mais que eu tente, cada dia que passa, acostumo-me mais a ser mantida por ele. Eu nunca irei embora se ele continuar. Olhe o que fizestes comigo.
Eu sei que em breve chegarão para me encontrar, mas eu estive aqui por dias. Mas agora, minha síndrome de Estocolmo está em seu quarto. Eu me apaixonei por você.Tudo isso escondido em meus pensamentos, não tenho coragem de contar-lhe. Ele me tem, eu estou acorrentada neste amor. Esse amor insano.
- Querida, acordastes.- o ouvi falar enquanto se aproximava com seu sorriso sínico de todas as manhãs. Murmurei um "sim".
- Anda vadia, estou falando com você.- agarrou forte em meu braço, fazendo-me gemer de dor. Ficaria um hematoma ali.
- D-desculpa.- abaixei a cabeça.
- Olhe pra mim enquanto falo contigo.- ergueu meu queixo depositando um beijo em meus lábios. Ele me guiou para uma pequena sala vazia que estava ocupada apenas por uma silhueta no chão. Era um homem, com cachos.
- Harry.... Harry... Harry... Se divertiu?- perguntou para o homem sentado no chão com seus braços e pernas amarrados.
- Vais pagar caro por isto.- resmungou baixinho, mas ainda audível.
- Veremos. Holly, amor. Pegue.- me entregou uma pistola. Arregalei os olhos olhando aquele objeto. Eu nunca usei um desses. Nem nunca vou querer usá-lo mas, é a minha vida, ou a desse estranho.
- Desculpe.- falei baixinho, permitindo que as lágrimas caíssem.
- Louis, por favor, somos amigos cara.- suplicou Harry.
- Amigos? Quando eu mais precisei, tu me abandonastes, acha que foi fácil ver meu pai morto. E o pior era saber que a culpa era minha?- Louis encarou o garoto com raiva em seus olhos.
- Para tudo se tem um jeito, você não é assim Lou, sabes que não, tu és melhor que isso, deixe-me te ajudar.-
- Um jeito? Achas mesmo que um garoto como eu tem concerto ? Porfavor né, sou um assassino desde criança, abandonado pela mãe que sempre achou que o filho fosse um criminoso, eu era uma criança, não sabia o que estava fazendo. Mas o que eu podia dizer? Nada, afinal, era a palavra de um adulto contra a de uma criança de 11 anos. Eu nunca me perdoei pelo que fiz, mas agora, depois de perder a pessoa que realmente se importava comigo, mato sem dó nem piedade.- ouvir aquilo me fez chorar mais ainda, então, ele era assim por ter matado o próprio pai? Coitadinho.
- Lou, seu pai, quando estava no hospital em seus últimos minutos, me disse que... Lhe perdoava por tudo que você fez, ele me disse que lhe amava, que sempre iria te amar, ele acreditava em você.- disse Harry com os olhos marejados.
- Como... Porquê não me contou isso antes? REALMENTE ACHA QUE DEPOIS DISSO IREI SALVAR SUA VIDA? ESTÁ ENGANADO, FOI UM GRANDE ERRO TERES GUARDADO ISSO DURANTE TANTO TEMPO. DIGA ADEUS STYLES.- indicou que era para eu atirar.
Respirei fundo, encarei os olhos inundados de lágrimas de Harry, suplicando por misericórdia, seu olhar pedindo socorro. Mas afinal, sua vida dependia de mim. Fechei meus olhos e apertei o gatilho, tudo passou em câmera lenta. Louis caindo ensanguentado e Harry se soltando das cordas.
Louis me encarou com a mão no peito tentando estancar seu sangue.
- Me perdoe, porfavor, Louis eu te amava. Mas tu era um monstro. Me perdoe, por ter me apaixonado por você, me perdoe por ter atirado em ti. Apesar do que eu sentia por você, não deveria deixá-lo falar mais alto, fiz o que julguei ser o certo. Lou, você era um monstro, mas eu te amava com todas as minhas forças . - me ajoelhei ao seu lado segurando sua outra mão. O ajudei a estancar seu sangue enquanto Harry buscava por ajuda.
- H-h-holly. E-eu f..- tentou falar algo, mas sua dor parecia insuportável.- fiz, e-eu fiz tudo isso por você... Eu amo-te.- essas foram sua últimas palavras até seus olhos se fecharem por completo, a tensão em sua mão se suavizou, sua respiração desacelerar parando por completo.
Esse era o fim? Ele morrera, eu o matei. Matei o cara pelo qual eu fui apaixonada, matei minha síndrome de Estocolmo. Procurei pela arma que eu havia usado, a encarei, depois encarei Louis, eu não podia fazer isso. Certifiquei-me de que ainda havia munição . Harry me encarou sem entender muito bem, mas assim que percebeu o que eu estava presentes a fazer correu em minha direção, sem pensar duas vezes fechei os olhos e apertei o gatilho. A dor invadia meu corpo queimando tudo lentamente, fui de encontro ao chão caindo ao lado de Louis. Se eu não podia tê-lo aqui, o encontraria na eternidade. A escuridão tomou conta de tudo.---//---
Sinto algo latejar dentro de minha cabeça. Abro meus olhos lentamente e vejo que estou em um lugar totalmente branco. De repente sinto que estou caindo, até procurar por todo ar em meus pulmões. Fecho meus olhos e quando os abro o cenário muda. Estou em uma cama de hospital com médicos em minha volta falando coisas que não entendo.
- Ela acordou.- diz minha, mãe ?
- Finalmente.- meu pai exclama.
- Onde está o Louis?- pergunto me ajeitando na cama.
- Louis? Que Louis menina? Seu psicólogo ? Acho que ele está bem. Ao contrário de você. - diz minha mãe quase gritando, o que fez minha cabeça latejar mais ainda.
- Han? Como assim? Onde eu to? Eu não tinha sido sequestrada?- questionei.
- Filha, a única coisa que lhe aconteceu foi que começastes a ter alucinações muito fortes então a levamos para o melhor psicólogo do país, você o contou tudo, inclusive tudo de ter sido sequestrada e estar apaixonada por seu sequestrador. Ele achou melhor interna-lá. Não sabemos como, mas seu estado alucinógeno foi tão grande que tu entrou em coma durante dois anos, e só agora acordou, os médicos queriam desligar tuas máquinas, mas sempre tive a esperança de ver seus olhos amendoados brilhando novamente.- declarou minha mãe agora chorando.
Meu Deus. Eu perdi meus aniversários de 16 e 17 anos? Eu estava completamente alucinada.--//---
Bom esse foi outro imagine espero que tenham gostado, comentem, e VOTEEEEMM. Beijoos.
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Stockholm Syndrome ||L.T||
FanfictionDe quem é essa sombra que me mantém refém por dias? Me apaixonar por você não era uma opção. Mas há coisas que não escolhemos, como amar. Eu me mantive refém de você, por anos. E agora, tudo isso acabou? O que nós somos? Por quê tudo isso?