Capítulo 4

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-Bernado. -Ele fala com um charme inevitável.

-Obrigada Bernado. -Finjo uma reverência ao abrir porta e saltar do carro.

-Ela não sabe seu nome ? -Ouço a Aly perguntar antes de eu fechar a porta.

Fechei a porta para evitar mais um constrangimento e me dirigi até o meu carro. Quando eu entrei no carro eu senti como se aquele carro no momento fosse o meu único ponto seguro.

Liguei o carro e conectei meu celular ao cabo de carregador que eu deixava no porta-treco. Dirigi até um posto de gasolina que foi o tempo do meu carro se conectar ao celular e eu conseguir ligar para a Karol.

Chamada ---->

-Quê ? - Ela estava com uma voz meio grog.

-Sua looouca. -Falo dando o dinheiro para o frentista abastecer o carro.

-Aaaaaaaah, apareceu a sumida ! -Ela já melhorou a voz.

-Falou a que me largou bêbada numa boate né ? Com uma amiga dessa quem precisa de inimigas ? -Pergunto

-Aaaah querida, eu estava muito ocupada com outras coisas. -Ela fala.

-Me lembra de não beber mais tá ? -Falo ligando o carro, que já estava abastecido.

-Se eu estiver sã o bastante para me lembrar disso, sim ! -Ela fala.

-Vai almoçar onde ? -Pergunto.

-Na casa da porra. -Ela volta com a voz sonolenta.

-Olha eu te conheço o bastante para lhe dizer que a desculpa que você é bipolar não cola tá ? -Pergunto.

-Eu to com preguiça de levantar da cama querida, você quer que eu pense no que eu vou almoçar, sério isso ? -Ela pergunta.

-Então eu vou aí e faço a comida pode ser ? -Pergunto.

-Pode, mas eu não to em casa. -Ela fala.

-Onde cê tá ? -Pergunto.

-Na cama de algum gostoso. -Ela responde.

-To falando sério Karol. -Falo.

-Eu também. -Ela responde.

-Ai que saco Karol. -Reclamo.

-Sério vem me buscar e a gente almoça em algum lugar. -Ela fala.

-Tá, manda o endereço para o meu celular. -Falo.

-Tá. -Ela desliga.

<------ Chamada

Seguindo o GPS fui parar num bairro chique da cidade num condomínio mais chique ainda, a Karol me esperava na portaria.

-Pegou o número dele ? Gente rica assim é bom guardar o contato. -Brinco após abrir a porta para ela entrar no carro.

-Tenha certeza que não foi só o contato que eu peguei. -Ela fala entrando e fechando a porta. -E você, como foi a noite ? -Ela continua.

-Dormi feito pedra, acordei na cama de um gentil e gato desconhecido. -Falo dando a partida em direção ao restaurante mais próximo.

-Sério que não rolou nada ? -Ela pergunta ajeitando o cinto.

-Ele me disse e eu sinto que não. -Falo.

-Que horrível. -Ela fala.

-HORRÍVEL ? Eu poderia sei lá ter morrido Karol, sido estrupada, várias péssimas coisas. -Falo.

-Aí que exagero. -Ela revirou os olhos.

-Você não muda mesmo em ? -Falo me lembrando de antes, irresponsabilidade era pouco para descrever a Karol.

Vivendo Intensamente (Parada Por Tempo Indeterminado)Onde histórias criam vida. Descubra agora