Aprendendo uma nova lingua

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        -O que? Como assim?- Eu perguntei.
        -Pega leve com ela Kile, ela não se lembra de nada- Erick se pronunciou.
        Hm... Então o nome dele é Kile...
        -Não! Eu quero saber! Fale o que aconteceu, Kile.
        -Bebeu de mais que nem se lembra não é mesmo? Bom, pois eu a encontrei na biblioteca chorando, ja um pouco bêbada, pois tinha discutido com a sua mãe pois está apaixonada por um dos selecionados e ela não o aprova. Então começamos a discutir pois achei que eu seria escolhido, achei que me amasse, mas não! Você preferiu esse babaca ai- Ele apontou para Henri- à mim! Então você chorou mais e saiu correndo enquanto terminava a garrafa até que perto da escada você trocou os pés e caiu- Erik traduzia tudo para Henri que demonstrava um misto de preocupação e felicidade.
        -Espera, se você viu ela caindo... Porque não chamou os guardas nem nada?
        -Ela merecia.
        Me assustei com o modo que ele falou isso, então me aproximei de Erik e Henri e sussurrei para Erik:
        -Chame os guardas, não o quero mais perto de mim- Ele apenas saiu correndo.
        E ao ver isso, Henri me puxou para mais perto de si e falou para Kile algo incompreensível, mas que pelo seu tom de voz seria 'Não chegue perto' ou algo assim. E como resposta Kile disse:
        -Eu não entendo nada o que você diz! Na verdade, ninguém entende! Deve ser por isso que a Rainha não o quer como genro.- Ele da um passo na nossa direção e nós recuamos dois. Eu estou com muito medo, mas três guardas chegaram, nos quais dois seguraram o patife do Kile pelos braços e o outro olhou para mim.
        -Está tudo bem princesa?
        -Sim, está tudo bem er...-Olhei para a plaquinha que havia em seu uniforme- Leger. Mas o Sr. Kile está me dando medo e o quero fora da minha casa.
        Ele me olhou meio confuso, mas depois olhou para Kile.
        -Seus pais irão ficar decepcionados.
        Um guarda estava passando e Leger o chamou:
        -Ei! John! Chame Carter, Marlee, Maxon e America! É urgente!
        John assentiu com a cabeça e saiu correndo.
        Erik estava me explicando quem eram aquelas pessoas que John foi chamar, eram os pais do kile e os meus pais, eu realmente não queria conhecer a minha mãe...
        Leger se aproximou de mim .
        -Tem certeza que está tudo bem? Você nunca me chama de Leger nem se refere às pessoas por Sr. ou Sra..
        Eu ia responder mas Erik foi mais rápido.
        -Ela perdeu a memória.
        Leger olhou meio surpresa para mim.
        -Sendo assim...- Ele se apoiou com um joelho no chão e pegou minha mão.- Soldado Aspen Leger ao seu dispor Alteza.- Ele depositou um beijo em minha mão, se levantou e colocou as mãos nos meus ombros- Além de melhor amigo nas horas vagas.
        Eu sorri e escutei o barulho de passos apressados se aproximando, me virei na direção do barulho e vi uma loira, uma ruiva, um loiro, um moreno e John correndo. Estranhamente eu sabia que a ruiva e o loiro eram meus pais, ela pois havia percebido que meus cabelos eram ruivos, como os dela e ele por estar de mãos dadas com ela.
        Quando o olhar da ruiva se encontrou com o meu ela tomou a frente de todos e veio na minha direção, me abraçou e me tirou dos braços protetores de Henri.
        -O que houve aqui Aspen?- Achei que tivesse sido minha mãe mas foi a loira, mãe de Kile, que falou.
        -Aparentemente o kile estava sendo grosso e assustando a Ead e ela não o quer mais aqui.
        -E esses dois? O que fazem aqui?- A loira novamente perguntou.
        -Nós estávamos saindo da enfermeira com a princesa.- Erik respondeu.
        -Enfermaria?- Minha mãe perguntou- O que houve?
        Erik explicou tudo para minha mãe, desde quando me encontrou ao pé da escada até o importuno do Kile.
        -Marlee, você é minha melhor amiga, eu te amo muito, mas isso eu não posso aturar! Seu filho não a ajudou quando ela caiu e ainda por cima vem amedrontá-la!
        -Se acalme, querida- Meu pai falou tentando acalmá-la.
        -Não sou sua querida- Minha mãe falou.
        -É América, entendo que o que ele fez não é certo, mas não precisa pirar.
        -Ta, mas aqui ele não fica.- Então ela se dirigiu aos guardas- Levem-no para o quarto para que ele arrume suas coisas!
        Ela se virou para Henri e Erik.
        -Obrigada por protegerem ela. -Então ela falou diretamente para Henri- Me enganei ao pensar que você não seria um bom pretendente para ela por causa da barreira da comunicação, mas vejo que eu estava errada.- Ela me soltou e Henri me abraçou novamente.- Vocês podem ficar juntos se o que sentem um pelo outro é verdadeiro.- Henri sorriu alegremente quando Erik traduziu para ele o que minha mãe falava.
        De repente, parece que o tempo parou, ninguém se mexia e, do nada, vi toda minha vida como se fosse um filme, a minha infância, a seleção, principalmente os meus sentimentos pelo Henri. É como se a aceitação da minha mãe tivesse feito com que eu me lembrasse de tudo.
        Quando as coisas voltaram ao normal e falo animada:
        -Eu... Eu recuperei a memória!
        Todos ficaram felizes, muitos abraços e tals mas o que a minha mãe falou a pouco, fica se repetindo na minha cabeça
        -Mãe, aquilo que você falou sobre mim e o Henri... É sério?
        -Sim, mas com uma condição: Vocês terão que aprender o idioma um do outro antes do casamento.

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⏰ Última atualização: Dec 03, 2015 ⏰

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