Um velho vasculhava em seus pergaminhos, tinha certeza que aquele era o momento certo do alinhamento. O suor escorria em sua testa, era grande o calor e havia muitos pergaminhos e o lugar era fechado, somente o velho possuía a chave da grande Torre da Profecia.
---- Mestre! trouxe mais cera de luz, como o Senhor ordenou! disse o servo.
Respondeu o velho Mestre:
---- Espalhe as ceras de luz em lugares estratégicos para que a iluminação seja maior! Apontando com o dedo para conduzir o local ao servo.
---- Mestre, o Senhor Jonas Vainuzes não quer entregar sua filha para o sacrifício ao deus Aton e... ham...é... o Henri está montando à guarda para o combate! disse o servo trêmulo enquanto acendia as ceras de luz.
---- Quantos homens temos pra guarda montada do Vilarejo. Perguntou o Mestre.
---- Contei trinta homens dispostos a lutar Mestre.
---- Você sabe que vai acontecer Saimon?
---- Sim, respondeu o servo.
---- Vamos ser trucidados... afirmou o Mestre.
---- É o que temo Mestre.
---- Vamos não há tempo pra lamentações temos que procurar o pergaminho o quanto antes!
---- Sim Mestre, agora mesmo.
O guardante de pergaminhos estava cheio, tava difícil a missão do velho mas não podia desistir só ele poderia evitar um desastre, tinha a certeza que os escolhidos protegeriam o vilarejo dos reinos vizinhos que os humilhava tomando para si nossas jovens virgens em sacrifício aos deuses em troca de semanas de paz. Além disso saqueavam o Vilarejo roubando até nossos grãos.
---- Procure no Guardante de pergaminhos à esquerda. Ordenou ao seu servo, que de imediato o fez.
Pensara de como seria difícil para um pai entregar sua filha virgem para ser usada para satisfazer um desejo de um dos deuses e também de como seria desastroso um confronto com o reino de Zuzan que tem como protetor o deus Aton. Quais argumentos vou dizer pra esta gente para lidar com essa situação, eles estão revoltados e não é por menos. Ah se ao menos tivesse o pergaminho que me deste a localização dos escolhidos.
---- Mestre!!! encontrei Mestre!!! Grita o servo com o pergaminho na mão. O velho se aproxima com um olhar observador e se rende a alegria do servo.
---- De fato Saimon é este.
Ao pegar o pergaminho na mão do servo o velho Mestre abre e ao lê confirma pra seu alívio que realmente é hoje o dia da chegada dos escolhidos e confirmava também a localidade exata deles.
---- Aqui está Saimon a localização exata deles.
O servo acompanha com o dedo indicador do Mestre e lê em voz baixa: ---- Monte Saraveio ao norte.
---- Isto mesmo meu servo!
---- Fica três dias de viagem Mestre.
---- Temos que ir agora Saimon prepare os mantimentos, água e bebida quente. Mandou o Mestre apressadamente, com o pergaminho na mão abrindo a porta para ir de encontro com as escadarias, seu servo o seguia, a Torre da Profecia tem cinco andares e todo percurso passaria pela escadaria.
Enfim chegando ao ultimo degrau o Mestre e seu servo puderam ouvi o barulho ensurdecedor do povo ao lado de fora Torre. Entretanto não havia tempo para o temor, o Mestre deu um suspiro forte se dirigiu ao portão e diz em voz alta.
---- Saimon, abra o portão!
Saimon obedeceu, enquanto abrira percebera que não era mais a figura do Mestre que se apresentara e sim do Patriarca com uma postura irredutível.
Abriu-se o portão e muitas pessoas se encontravam ali com torchas e gritos, o velho Mestre observará tudo com atenção.
---- Patriarca... patriarca.. aos gritos Eduardo da casa Monatén aproxima-se. ---- O Henri quer combate os guardas de Zuzan e provocar uma guerra entre nós.
Como se ouvissem o homem a falar com o Patriarca, aproximou-se Henri, Jonas e outros membros da casa Vainuzes e o Patriarca os observa, o homem da casa Monatén fica em silêncio ao pressentir a presença dos Vainuzes.
---- Não há nada o que discute, temos que tomar a ofensiva os deuses riem de nossa da gente e de nossa fragilidade. Fala Henri tomando a frente de seu pai Jonas e apoiado pela multidão que o acompanhava aos gritos forçando uma legitimação que na verdade eles não possuem.
---- Calem-se!!! esbravejou o grande Patriarca com os olhos a observá-los avermelhados de ira. Por um instante houve silêncio e a multidão ficou perplexa com grito do grande Patriarca. Silêncio esse que foi quebrado por ele mesmo.
---- Por que vem a mim carregados de torchas e enfurecidos como um animal devorador atrás de sua presa!!!
Neste momento a multidão si entre olhavam e cochichavam entre si, no instante em Henri iria levantar a voz, foi interrompido...
---- Basta!!! (Grita ainda mais alto o Patriarca), acaso pensais que sou algum criminoso!!!
---- Não é isso Patriarca. Fala Jonas Vainuzes tentando se explicar, porém o Grande Patriarca o interrompe.
---- Não necessário explicar nada já estou a pá da situação, (e se dirige na frente de Henri e o encara). Só não entendo esse alvoroço, um assunto dessa magnitude deveremos debater no Conselho ou esqueceram das leis do Vilarejo.
---- Sim, confirma o patriarca da casa de Monatén, Josias.
---- Reunirão todos Patriarcas de suas casas e venham comigo ao Salão do Conselho, ordenou o grande Patriarca.
Quando o Patriarca se dirigia ao Salão sentiu uma mão tocar em seu ombro, virou pra saber quem e viu que era Henri.
---- Eu vou!!! disse ele contrariando o Patriarca.
---- A reunião é somente para o chefe de cada casa rapaz! disse o Patriarca encarando-o, logo se aproxima Jonas Vainuzes querendo evitar uma discussão.
---- Ele tem minha autorização.
Dessa vez o Patriarca faz um gesto com a mão sinalizando pra que Henri passe a frente, Henri entendeu o gesto e seguiu adiante. No entanto volta seu olhar pra Jonas.
---- É interessante a casa Vainuzes que quando a situação se agrava o patriarca da casa envia seu filho pra tomar decisões em seu lugar.
O Patriarca vira as costas pra Jonas com desprezo pois para o Patriarca o fato de ele ter mandado seu filho em seu lugar é sinal de covardia e ele odiava covardes no seu Vilarejo.
As pessoas não arredavam o pé do local, apesar de não poderem entrar no Salão, sabiam que aquele debate tomariam rumos diferentes pra Vila. No Salão do Conselho era lugar onde os chefes de suas casas teriam voz para debate questões importantes para o Vilarejo que nesse momento eles se tornariam patriarcas de sua casa. Havia 20 casas dentre elas 8 são as mais antigas são às
casa dos Domaténs, Monaténs, Akchins, Atnonins, Vainuzes, Velocinuzes, Valmonuzes e Tolemón respectivamente e as demais casas são: Marmón, Dadvetón, Casiliuns, Casilas, Casistón, Gordóns, Gotetu, Hirum, Hirutê, Zizan, Zuetê e a Balirius.
Dentro do Conselho o Patriarca percebera que Henri não perdera tempo e já procurava formar alianças entre as casas Dadvetón e Casistón.
---- Já está tudo pronto! fala seu servo aproximando-se.
---- Certo acabando a reunião seguiremos viajem... ah... agora toque o sino pra começarmos a reunião.
Toca-se o sino e assim começam a reunião o clima estava pesado com a ameaça de uma guerra e todos aguardavam o que o Patriarca ia dizer.
---- Bem todas as casas estão presentes vamos começa sem demora logo o que se trata. Diz o Grande Patriarca fitando as caras tensas dos Senhores de suas casas e continua falando: ---- Segundo os pergaminhos dos Antigos,... é hoje! o dia da chegada dos escolhidos.
Todos ficam si entre olhando e logo cochichos no salão soam como música. O Patriarca levantar as mãos interrompendo um possível alvoroço.
---- Silêncio... segundo a tradição dos antigos a presença dos escolhidos nos protegeria de toda ação maléfica dos demais reinos e de seus deuses. Podemos nos fortalecer e nos tornarmos um grande reino.
O salão viveu segundos de esperança e alegria, porém nem todos patriarcas de suas destinadas casas acreditavam e alguns diziam isso é lenda... é só um conto Mestre. E começou um pequeno tumulto e Henri Vainuzes levanta-se olha para Patriarca chefe e pedi audiência. O que Ele concede com um aceno de cabeça.
---- Peço aos chefes de suas casas silêncio por favor! Não acredito nessas histórias de escolhidos que vem nos salvar (disse seu discurso encarando o Velho Patriarca), essas historias de esperança e de paz não vão nós ajudar em nada. Precisamos montar uma guarda para proteger toda nossa Vila.
---- Já chega! o que você que provocar uma GUERRA!!! irritado rebate o Patriarca.
---- É preciso encarar a realidade, não podemos viver de sonhos, respondeu Henri.
---- Não temos suporte para uma guerra rapaz, exclama Josias Monatén.
---- Vamos ser trucidados e terminará nossa existência, complementa o Patriarca.
---- Nossa existência... vocês não compreendem é minha irmã que vai ser sacrificada por meses de paz... e depois vai ser a filha de uma de vossas casas a troca de meses de paz... e você fala de existência.. como... se estamos perdendo nossas mulheres vocês não percebem nossas casas estão desaparecendo... e sem luta.
Eh! eh!eh!os patriarcas de suas casas batem palmas e nesse momento o prestígio do Velho Patriarca se desmorona. O Patriarca olha pra Henri e se surpreende com seu poder de persuasão.
---- Então é assim vocês querem guerra, não temos força pra isso e tenho certeza que a chegada dos escolhidos venceremos qualquer obstáculo.Diz o Patriarca.
---- Não estou vendo seus escolhidos... sinceramente não acreditamos que um sonho assim se tornará realidade. As vezes me pergunto por que você se tornou o Grande Patriarca do Vilarejo, e fitou com um olhar ameaçador.
---- Por causa disto, disse o Patriarca estendendo sua mão produzindo entre os dedos uma esfera de fogo e a joga em direção a Henri que se desvia rapidamente, a bola de fogo se choca com a parede e causa um grande estrondo.
Um silêncio toma conta do lugar, todos olham em direção do Grande Patriarca que aparentemente demonstra cansaço pela força que acaba de produzir.
Henry corajosamente rompe o silêncio e diz: ---- É assim que tenta nos proteger atacando - nos... Quem está a favor de lutarmos e defender nosso Vilarejo dos nossos inimigos. reais, tomem coragem e se pronunciem...
----Estou farto da indecisão de vocês... aqueles que querem começar uma guerra fiquem aqui!!! e os que quer a sobrevivência de suas casas me sigam na procura dos escolhidos disse o Grande Patriarca se dirigindo para fora.
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A Terra dos Deuses
Художественная прозаA terra dos deuses é puramente uma obra fictícia cuja história relata as aventuras de cinco jovens estão em um mundo totalmente desconhecido e antiquado e cheio de aventura, segredos e magia.