Capítulo 4 - the nigth part 2

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No antigo vilarejo a jovem senhorita Williams se apaixonou perdidamente pelo jovem e espirituoso George. Seus caminhos estavam ligados desde o momento em que nasceram.
Um amor impossível.
Praguejado pelos pais.
Proibido diante da sociedade.

Eram apenas pobres alma condenadas a se amarem.

Lisbella|Williams

— Você está sentindo isso? — o vento batia contra meu rosto. Meus cabelos voam conforme coloco minha cabeça para fora do carro em movimento. As ruas iluminadas na madrugada de Toronto. O sorriso não sai do meu rosto, olho para Justin dirigindo ao meu lado. Ele também sorria.

— Esse vento... - contínuo. — cheira a liberdade.

Ah está brisa da madrugada é coisa de outro mundo. Uma coisa tão simples, mas me faz tão bem, quando entra por minhas narinas e fazem o caminho até meus pulmões e depois voltam fazendo todo o seu ciclo. É fresco.

Depois de sair correndo do racha, surtei porque deixei Julie e Mary lá, sozinhas. Mas Justin me assegurou que Ryan cuidaria da Julie, e Mary  sabe se virar sozinha (de acordo com ele, ela tem muitas amizades por lá) 

— Você fica mais linda assim, sorrindo — disse ele — como se fosse possível ficar mais linda. — a última parte é dita tão baixa que quase não escuto. Como se ele quisesse dizer aquilo para si mesmo e não para mim.

— A cidade, ela é tão linda a noite. — Volto para dentro do carro.

— Você ainda não viu nada. Vou te levar em um lugar.

— Aonde? — pergunto curiosa.

— Surpresa, mas você vai adorar.

A cidade passa diante de meus olhos, é lindo. — as luzes. — enquanto a maioria das pessoas dormem, muitos ainda estão andando pelas ruas, chegando, indo, vindo, partindo. As histórias que devem carregar. O álcool ainda está presente em meu organismo, é como se eu não temesse a nada, deve ser umas três horas da manhã. E o que é melhor, eu não me importo.

— No que está pesando? — Justin me tira dos meus pensamentos.

— Nada de mais, apenas nas histórias que já passaram por essas ruas.

Logo as luzes da cidade perdem espaço para as grandes e antigas árvores, dos dois lados na beira da estrada, são cumpridas, largas, e se juntam no topo, formando um túnel natural. Se antes estava encantada com as luzes, isso me encantou mais, me lembra os romances antigos, onde alguém sempre passava por um desses túneis. É encantador.

-Coloque isto. - ele para o carro e se estende para o banco de trás, de lá tira uma gravata e me entrega. Por que ele tem uma gravata no carro? - É uma surpresa. Não vou te levar para um lugar e te matar, depois esconder o corpo. Se é isso que está pensando.

Justin brinca. Reviro os olhos. Ele coloca a gravata em meu rosto  tampando meus os olhos. Ele liga novamente o carro. Mas não estava pensando isso.

Depois de pouco minutos o carro para novamente. Acho que chegamos, estou curiosa para saber aonde estamos, talvez devesse estar com medo por estar com um garoto que eu  mal conheço. O pior de tudo é que me sinto segura quando estou com ele, e é isso que me apavora.

-Vem! - ele pega em minha mão e me guia para fora do carro. - Preparada?

-Sempre.

Então ele tira a gravata que cobria meus olhos a segundos atrás.

Fico de boca aberta com o que vejo. É lindo. A cidade lá em baixo iluminada. Estamos no topo de um penhasco, tudo parece tão pequeno, como se fosse uma cidade de brinquedo com suas luzinhas de natal acesas. Caminho mais para frente, Justin me acompanha.

LisbellaOnde histórias criam vida. Descubra agora