Capítulo 1 - Ansioso

191 17 1
                                    

Acordei com a música irritante do despertador do meu celular. Passei minha mão ao lado do travesseiro, pegando o celular e quase sendo cegado pela luminosidade do aparelho. Deslizei o dedo pela tela do celular para desligar o despertador o mais rápido possível.

Olhei a hora e marcava seis e uma da manhã. Enfiei minha cara no travesseiro, soltando um resmungo inteligível. Com muita preguiça, me sentei na cama, passando a mão nos meus cachos bagunçados, forcei meus olhos a ficarem abertos com os dedos e então me levantei da cama devagar.

Saí do meu quarto cambaleando de sono e bati com força a cara na porta do banheiro.

Hadrian: Droga! - disse com os olhos semiabertos e coloquei a mão na testa.

Abri a porta, a fechando logo em seguida com certa força e me apoiei colocando as mãos na pia, me encarando no espelho. Cara inchada, cabelo bagunçando, algumas espinhas e a testa com um local avermelhado. Que maravilha!

Primeiro dia de aula e vou aparecer com a testa roxa. Parabéns Hadrian!

Fui para o box, e comecei a tirar minha roupa, iniciando logo o meu banho. Admito que estou ansioso e nervoso hoje. Primeiro dia de aula sempre tem aquele toque de novidade, pessoas novas, novos amigos, novas ficantes, tudo novo. Quer dizer, quase tudo.

Peguei minha toalha que estava pendurada e comecei a enxugar meu corpo, deixando por último meus cabelos, que tanto minha namorada e as garotas gostam. Já me disseram que pareço com Harry Styles por causa do meu cabelo, mas sei que não tenho nada haver com ele.

Enrolei a toalha em minha cintura e saí do banheiro, deixando que algumas gotas de água molhassem o chão. Tranquei a porta do quarto e segui para meu guarda-roupa. Vesti uma cueca nova - sei lá, tenho essa mania de usar cueca nova no primeiro dia de aula -, meias e a calça. Fui até minha cama e peguei meu celular que começava a vibrar, mostrando várias notificações. Bufei e o joguei novamente na cama.

Peguei a camisa da farda pendurada no cabide e a vesti, dobrando duas vezes a ponta das mangas. Calcei meus tênis e fiquei em pé no meio do quarto, tentando me lembrar onde guardei a mochila.

Sim, durante a manhã meu raciocínio fica lento.

Lembrei que estava junto com os materiais, me virei de costas e fui até minha cômoda e peguei a mochila. Estiquei ela e a sacudi, colocando dentro um caderno e duas canetas. Peguei minha identidade, dinheiro, fones e coloquei em um bolso separado da mochila.

Coloquei a mochila em cima da cama e fui até a cômoda novamente, pegando um pente e penteei meus cabelos que estavam quase chegando no ombro. Não vou enxuga-los, irei deixar secar naturalmente. Passei o desodorante e o perfume, coloquei meu celular no bolso e a mochila no ombro, procurei o carregador e o encontrei debaixo da cama.

Saí do quarto andando devagar indo para a sala e liguei a televisão, jogando a mochila no sofá. Passava o jornal local da manhã e o apresentador falava como estava o trânsito na cidade, revirei os olhos e caminhei para a cozinha. Vi a xícara de minha mãe no escorredor e deduzi que ela teve que sair mais cedo.

Preparei dois sanduíches e uma grande xícara de café para mim, fui para a sala e me joguei no sofá assistindo ao noticiário. Tirei meu celular do bolso e conectei o carregador nele, e na tomada acima do sofá. Desbloqueio a tela do celular com uma foto minha e da minha namorada e, comecei a olhar minhas redes sociais.

Estou muito ansioso esse ano, como nunca fiquei nos outros. Tomara que o meu nervosismo valha a pena, e o destino me traga uma surpresa que compense. Pensei enquanto comia.


Por Favor, Me Ame!Onde histórias criam vida. Descubra agora