O PEDIDO

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...

Era terça feira, estava na frente do meu apartamento esperando o motorista de dona Lara, ontem não havia reparado nele por causa da bagunça que eu, Larissa e Max estávamos fazendo no banco de trás, mas ele parecia se divertir com toda aquela agitação. Não demorou nem 5 minutos e ele chegou, fiquei surpreso quando o vi descer e abrir a porta da frente para mim , acho que ninguém nunca tinham feito aquele gesto para mim antes e eu poderia me acostumar muito bem com aquilo.

Sentei no banco do carona já que ele tinha aberto aquela porta, ele conversava comigo enquanto o observava, sua pele era negra, seus olhos eram castanhos, ele aparentava ter uns 35 anos, era alto, bonito e muito simpático sua voz é algo realmente, marcante ela sempre soava calma e sincera. Em algum determinado momento do caminho ficamos quietos, mas logo o motorista, que se chamava Vitor, resolveu voltar a falar.

- Quantos anos você tem Kevin? - perguntou ele demonstrando não estar com assunto.

- Tenho 16 e ...- antes mesmo que eu voltasse a falar ele prosseguiu com o interrogatório.

- Pretende fazer faculdade de que?- falou ele sorrindo.

- Não sei mais, ultimamente ando tendo dúvidas.- disse parecendo confuso, ele simplesmente sorriu.

Ele era legal apenas fazia perguntas demais, o restante do caminho conversamos sobre várias outras coisas e até mesmo sobre Reeh, que de uns tempos para cá passou a ser meu mundo. Chegamos enfim na mansão da senhora Lara, Caio corria novamente de sunga só que dessa vez era pelo jardim, quando me viu veio correndo gritando.

- Kevin mamãe mandou enxerem a piscina de novo só que ela só vai me deixar entrar se for com você ou Renato. - disse ele ofegante enquanto pulava e apostava para os fundos da casa.

- Foi mal Caio não trouxe roupa de banho, mas seu irmão vai entrar com você. - disse sorrindo enquanto ele cruzava os braços parecendo sério.

- Ele não acordou até agora.- disse ele com um bico que me fez querer rolar de tanto rir.

Assim que vi dona Lara apontei para escada que dava acesso ao andar de cima ela piscou para mim e sorriu me dando permissão para ir acorda-lo. Fiz questão de andar na ponta dos pés, estava me sentindo um espião e aquilo me fazia rir sozinho, quando entrei no quarto de Renato lá estava ele deitado de barriga para cima coberto até um pouco acima da cintura, andei cautelosamente em sua direção até chegar na cama onde subi e engatinhei até ficar totalmente em cima do corpo estático de Reeh. O encarei por alguns segundos, pensei comigo mesmo como era impossível ele ser mais perfeito e acabei me enganando quando vi seus gloriosos olhos violeta se abrirem, olhar no fundo daqueles olhos só afirmavam ainda mais a certeza que eu tinha de querer passar o resto da minha vida ao seu lado. Mesmo com a escuridão do quarto ele me olhava de uma maneira séria e aquilo as vezes me preocupava, mas logo aquilo passou ele passou seus braços através do meu corpo me puxando para bem perto dele, deitei em seu peito enquanto o encarava e fizemos isso por um longo período de tempo até que eu comecei a sorrir e ele relaxou, senti uma forte necessidade de beija-lo mesmo assim não fiz apenas aproximei meu rosto do seu roçando meu nariz no dele, em determinado momento comecei a apontar para algumas partes do meu rosto pedindo beijos e toda vez que ele obedecia mudava o local, comecei na bochecha, depois queixo, nariz, testa e enfim boca.

Depois de alguns minutos matando saudade dos seus beijos resolvi o incentivar a levantar, fiquei de pé ao lado da cama e o puxava pelo braço e ele fingia ter voltado a dormi, provavelmente para ver se eu ficava na cama com ele, mas aquilo não colou comigo, abri as janelas e vi ele se esconder embaixo da coberta, comecei a rir enquanto puxava o cobertor de cima dele e quando finalmente consegui tirar fiquei envergonhado ao ver que ele estava apenas de cueca. Desci com a cara vermelha e fui procurar Caio que estava na beira da piscina conversando com o motorista e Aline.

Notas de um amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora