Gêmeas em guerra

📌Capítulo 6

-Quê?

-Quê o que? - Peter pergunta entrando no quarto e se jogando na cama ao meu lado.

Choramingo e me debruço no peito dele olhando para Jennifer.

-Como assim ele? - pergunto.

-Eu não sei. Sei lá, eu acho que sim, mas talvez não... sei lá Hanna, como é que eu vou saber? Sou somente uma adolescente descobrindo o amor... mas eu nem sei se é amor, sabe... sei lá!

Ela tá falando muito sei lá. Tem alguma coisa aí.

Jennifer + nervosismo = palavras repetidas.

-Ah não Jenn. Eu conheço ele a mais tempo! - Choramingo.

-Quem? - pergunta Peter.

-O Sebastian - Jenn diz. - Mas sei que a primeira conversa de vocês foi apenas naquele dia lá.

-O que que tem o Sebastian? - Peter pergunta.

Eu o ignoro.

-Mas eu conheço ele de muito tempo Jenn, nem vem.

-Mas eu conheço o irmão dele!

-Do que vocês estão falando? - Peter pergunta tentando me jogar para o lado e sentar na cama.

-Peter cala a boca! - dissemos juntas. - Sebastian... eu... eu conheço ele a mais tempo que você. Porra Jenn!

Ela abre a boca em inconformação.

-Não fala palavrão tá?

-Falo sim, porcaria.

-Aí mais que caralho Hanna! Eu tenho cara de menina que aguenta palavrão? Peter eu tenho?

-Peter diz pra ela o quanto ela é idiota e ridícula.

-Hã... - Ele começa a falar.

-Você é que é idiota Hanna. Peter, você que conhece ela a mais tempo, ela não é idiota?

-Ei, Peter é meu amigo jamais falaria isso de mim, e sim de você!

-Peter! - Jennifer grita. - Fala aí.

-Hã... olha só, vocês duas estão parecendo umas criancinhas brigando por um garoto. Vocês duas são idiotas.

-Ah Peter, cala a boca. - Jennifer diz.

-Mas...

-É cara. Você não tá ajudando em nada! - Brigo.

-Ahh vocês querem saber? - Peter consegue me derrubar de cima dele e se levanta. - Continuem brigando sozinhas aí, bebezinhas.

Ele levanta irritado e bate a porta depois de passar por ela.

Eu e Jennifer trocamos olhares surpresos.

[... Peter...]

Hanna de repente ficou tão bobinha.
Ela jamais brigaria por um garoto, principalmente se esse garoto for Sebastian.

Me jogo no sofá da sala onde tenho passado um tempo, acho que até estou pensando em pedir o sofá em namoro.

É, ela seria uma boa namorada, não me pediria nada e sempre estaria lá para me apoiar em qualquer situação.

Ouvi alguns passos vindo da escada e olhei rapidamente. Estava tudo escuro e me deu um frio na barriga. Nada de mais, né?

O barulho foi ficando mais alto e não ouvi vozes. Merda, que medo. Me agarrei ao pote de pipoca.

-Quem tá aí? Eu tenho um pote de pipoca caramelizada recém saída do fogo.

Escuto uma risada.