Irrelevant

Chapter 1

Zayn sentia-se cansado. Pela primeira vez em tempos, sentia uma coisa ruim em seu peito, um mal pressentimento. Isso era diferente de tudo, o garoto não sabia dizer porque esse tipo de coisa só acontecia com ele. Zayn não conseguia parar de se perguntar: O que eu fiz pra merecer esse tipo de coisa?

De onde estava, sentado em um dos cantos de seu quarto, ele podia escutar os gritos de sua mãe no andar de baixo. Ela estava tão brava. Chorava tanto. E Zayn só queria que ela se acalmasse, ele queria entender melhor o que estava acontecendo. Ele tinha medo que algo acontecesse com sua mãe. Ele não queria perde-la, não conseguia nem pensar sobre algo desse tipo. Ele sentia a vontade de chorar chegando, quando seu pai entrou em seu quarto e foi de encontro até onde ele estava, olhando para o filho, ele balançou a cabeça negativamente e seus lábios em uma linha reta, deixava claro que qual fosse sua decisão, não voltaria atrás.

"Ele é o meu filho! Você não pode fazer isso comigo!" Sua mãe entrou no quarto também, logo atrás de seu pai, seus olhos inchados e as lágrimas ainda escorrendo por suas bochechas vermelhas. "Não pode vende-lo como se ele não fosse nada, depois de tudo o que eu fiz para cria-lo. Você não tem esse direito." A mulher gritou, estava alterada, não conseguia aceitar aquilo de maneira alguma. Zayn se pegou chorando, seu coração doía tanto.

"Ele também é o meu filho, e por culpa desse garoto somos tão ferrados." O homem disse, fazendo pouco caso. "O vendi mesmo, e faria de novo." 

"Eu não vou deixar que você entregue meu filho para um estranho!" 

"Isso é o que vamos ver." E antes que Zayn pudesse fazer qualquer coisa para evitar, sua mãe estava caída no chão frio e duro, desmaiada. 

"Mãe! Mamãe, acorde!" O garoto chorou. Tentou ir até a mãe, mas o homem o pegou pelos cabelos, arrastando-o para fora do quarto, o levando para o andar de baixo. 

Lá fora, um carro estava parado em frente a casa. Antes de apagar, o último pensamento de Zayn foi que ainda pudesse ver sua mãe um dia. E foi também, que quem quer que tenha o comprado, não o machucasse tanto quanto seu próprio pai o machucou.