10° capítulo

134 12 4
                                    

Oii gente desculpas, obrigada por lerem minha obra!!! E meu Deus estou tão feliz por ter 2,52k de leitores, continuem lendo posso demorar de postar mas não vou abandonar vcs e nem meu livro, ah! E ele foi feito com maior amor e carinho para vocês, não esqueçam de votar e comentar por favor!!! Então me desculpem mais uma vez e aqui está o capítulo tão esperado.

Capítulo 10 Laura



LAURA

Lembrar-me de tudo me deixa sufocada e perturbada, respiro fundo e começo a contar.



- Ele era gentil comigo, me dava presente, passeava, para mim aquilo tudo foi normal, afinal era meu tio o que eu poderia esperar... - dou uma pausa, as lembranças invadem minha mente, e aquilo dói. - Malú sempre foi cismada com ele, ela é com todo mundo então para mim era uma bobagem. Malu sempre viajava meu tio também, maior parte do tempo eu ficava sozinha até fazer amizade no colégio com Henrique, gentil me fazia sorrir e tudo mais. Um dia meu tio apareceu no colégio de surpresa e me viu abraçada com Henrique, ele veio até nós como um monstro agrediu meu amigo e saiu me arrastando, gritando que eu pertencia à ele que isso era uma afronta a nossa relação. Fiquei revoltada, bati boca com ele o caminho todo. Quando chegamos no elevador ele deu um sorriso maligno e um olhar louco, me obrigou a ir para sua casa e me bateu, não apenas um tapa mais de tudo que ele via pela frente, tentei lutar mais tudo foi em vão. -contei e chorei percebi que Dona Elisa chorava.

- Como e quando você se livrou dele Laura?- perguntou enxugando as lagrimas.

- Para mim foi uma eternidade, ele ameaçou meu melhor amigo durante o ano letivo inteiro. E quase todo o dia me batia e abusava de mim, mas no último dia ele estava transtornado, invadiu meu apartamento e me agrediu com um chicote, apanhei por meia hora. E graças a Deus, Malú chegou com Henrique e me salvaram. Ela o imobilizou e o amarrou numa cadeira. Depois veio até mim me pediu desculpas, eu não tinha forças para responder. Ela sacou a arma e só não atirou porque Henrique a lembrou que ali não era lugar. Eles ligaram para polícia e para meu pai. Henrique cuidou de mim enquanto ela e meu pai resolviam tudo e meu pai prometeu que iria dar um jeito nele para que eu não prestasse queixa. E desde desse dia nunca mais o vi. Eu nunca me esqueci, nem acho que chegarei a esquecer um, me lembro perfeitamente da maldade no olhar quando ele dizia se eu não fosse dele não seria mais de ninguém. Depois que tudo foi resolvido meu pai me levou para casa da Malu. Eu tentei manter contato com Henrique, mas depois que ele foi embora do país não nos falamos mais. Fiquei um tempo sem voltar para casa, vivia com Malu só meu pai sabia que tinha voltado e inventou uma desculpa para minha mãe durante o tempo que fiquei longe de casa. Além das memorias tenho uma cicatriz nas costas, a que desencadeou tudo essa conversa, Thomaz a viu e me perguntou como consegui essa marca. Não sei o que dizer a ele, tenho tanto medo de perdê-lo. - termino de desabafar, dona Elisa enxuga as lágrimas.

- Minha filha, eu acredito que as verdades podem ferir, mas não tanto quanto as mentiras, não comece seu casamento escondendo coisas de seu marido. E não estou dizendo isso por que ele é meu filho. Você não é culpada pelo que aconteceu, e posso afirmar com toda certeza que o homem que criei não vai te culpar por isso. Ele irá te proteger. - ela diz, tentando me tranquilizar, mas ainda tenho medo de contar ao Thomaz, e toda minha bagagem atrapalhar nossas vidas.

- Vou pensar, meu cérebro me diz que ele merece saber, mas meu coração se fecha com medo de isso trazer consequências terríveis. - digo e ela me abraça.

- Conte quando estiver pronta. - diz me apoiando.

Abrir-me com Dona Elisa fez com que me sentisse mais leve e um pouco humana, dividir aquilo foi doloroso. Thomaz não precisa saber de tudo isso, precisamos ser felizes. O que realmente me preocupa são essas ameaças. Será ele novamente por trás disso? E por que? Não pode ser ele, Malu teria me alertado caso ele tivesse voltado.

Enquanto houver razõesOnde histórias criam vida. Descubra agora