41. A tristeza, a dor, o termino e o fim?

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Desci, tomei um banho rápido e fui correndo pra faculdade. Consegui chegar antes do intervalo, mas a Dj não me perdoou.

Dinah: O que deu em você, Laur? Pô, nosso trabalho!

Lauren: Desculpa, Dj! Eu não passei bem à noite e meu celular acabou não despertando!

Dinah: Parece que você passou a noite no Talibã! Deus o livre, sua aparência está péssima!

Eu só pude rir do que ela tinha dito. Ri de mim também, do nariz de palhaço que a Camila estava me botando!

No horário do meu almoço, tentei novamente falar com ela, mas não me atendia. Liguei pra Paulinha e pedi pra ela tentar, ver se ela atendia. Nada feito, ela não estava atendendo ninguém. Decidi então ligar em casa e falar com a minha mãe.

Lauren: Mãe, cadê a Camila? Eu queria falar com ela!

Mãe: Filha, a Camila tá ensaiando e pediu pra não ser interrompida.

Lauren: O Alê tá aí com ela?

Mãe: Tá sim, filha.

Lauren: Tudo bem, mãe. Eu falo com ela depois então.

"O que tá acontecendo? CARALEO!"

Tomei um remédio para dores musculares e fui trabalhar. Não fiz absolutamente nada! Não porque não queria, mas sim porque não conseguia! A Mani me deu um desconto, a Paula deve ter comentado algo com ela.

Naquele dia, não consegui contato com ela novamente. Nem por celular, nem por mensagens, nem pela porta. Ela simplesmente estava me ignorando e eu ao menos sabia o porquê de tudo aquilo.

Até no final de semana estava tudo bem. Nosso namoro estava evoluindo cada dia mais e de repente surge um buraco enorme nos separando e eu nem sabia o motivo.

A Camila se fechou em sua fortaleza e negou o meu acesso, como se estivesse me descartando. Não sabia mais o que imaginar. A semana foi passando e eu não tive mais notícias da garota pela qual eu era totalmente apaixonada.

A gente vivia na mesma casa, mas desde aquela segunda-feira eu não consegui mais olhar pra ela. Uma bailarina trancada em sua caixinha de música.

Minha mãe também não tinha notícias. Sempre que eu chegava do serviço, Alê já tinha ido embora e a cobertura já havia sido tomada por um silêncio perturbador.

Era sexta-feira e eu estava disposta a falar com a camz naquele dia. Mesmo que tivesse que derrubar a porta daquele estúdio. Mas tive uma ideia melhor.
Depois da faculdade, conversei com Normani e disse que não poderia ir ao serviço naquele dia por problemas particulares. Ela não negou, já imaginando o que era.

Fui pra casa e entrei na surdina, sem que ninguém me visse. Subi ao terceiro andar e pude ouvir os ruídos vindo do estúdio. Não conseguia ouvir a música, pois o lugar era dotado de uma acústica especial. Me sentei no chão e fiquei ali, esperando o momento certo. Antes do relógio marcar 5 e meia da tarde, ouvi barulhos perto da porta e me levantei. Encostei na parede e fiquei ali, quieta, esperando. De repente ela se abriu para o Alê sair.

Num movimento rápido, empurrei o garoto e a porta, entrando no estúdio. Bati com força e a tranquei. Quando me virei, a Camila estava ali, estática, me olhando. Com uma aparência abatida e olheiras debaixo dos olhos, tentava manter a compostura.

Camila: O que você tá fazendo aqui, Lauren?

Lauren: Eu é que pergunto, Camila! O que você está fazendo comigo? Fazem cinco dias que você não fala e se eu não invadisse o seu estúdio você iria continuar sem falar. Até quando?

Entre Amigas?Onde histórias criam vida. Descubra agora